Capítulo 10 - Love is in simple jokes

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– oh Michael, é tão bom ouvir isso vindo de você...

Feliz e receosa. Era assim que eu me sentia; as sensações eram tão boas que seriam capazes de molhar meu rosto com lágrimas quentes e acolhedoras fazendo um trajeto até molhar os ombros largos do homem que, provavelmente, estarei sentindo algo por ele. Algo forte e inesquecível, nunca acontecido outra vez comigo.

– acho que estou me apaixonando. – conclui baixinho escondida entre os braços dele. – por você... – senti seu corpo endurecer.

– e você acha certo? – franzi o cenho – quer dizer, seu namorado... Você tem um namorado!

Michael me empurrou e coçou a nuca.

– eu não gosto mais dele. Assim, é... gosto sim... – ele me olhos de olhos esbugalhados – como amigo. – expliquei

– mas você ainda esta com ele, ainda está por baixo da asa dele! – estava começando a alterar-se, e isso não é bom.

– ei, ei. Eu não o amo mais, irei acabar tudo com Jacob! – me aproximei de Michael e segurei seu rosto entre minhas mãos – eu... eu apenas gosto de ti. – digo espalhando "beijinhos" por todo seu rosto para tentar desmanchar aquela face de darão implantada em um rosto angelical esculpido por Deuses.

As mãos grandes de Michael corria por minha cintura fazendo-me desmanchar por completo em seus braços, nossos lábios agora estavam conectados como cola em papel, grudados um no outro. Sua língua habilidosa mantinha uma guerra com a minha, o gosto metálico já se era quase possível sentir. Fomos separados pelo ar que nos faltava.

– oh deus, você é tão boa nisso... – suspirou de olhos fechados, parecia fazer o mesmo que eu...apreciar o momento único que acontecia entre nós.

– em que?

– em beijar, amar... – me abraçou – em me beijar, me amar! – ele olhou no fundo dos meus olhos e sorrio. – eu a amo!

Não pude conter o sorriso e a lágrima que escorreu pela minha bochecha, outro alguém já havia medito tais palavras, mas não com tamanha intensidade, com tamanha sinceridade! Posso até dizer que o dia mais feliz da minha vida é hoje, ao lado dele eu sei que vou ser feliz.

As horas se passaram e fomos dormir, a noite toda não foi capaz de nos satisfazer... a lua é testemunha de que nosso amor é inexplicável ao nível de sermos insaciáveis. Quando acordamos o sol estava ardente, não era mais hora do café da manhã, era almoço e não sabíamos o que íamos comer.

Até o Michael ter a grande ideia de ir pescar peixes e alguns frutos do mar...!

– com o que vamos pescar? – indaguei olhando-o puxar uma madeira semelhante à uma lança pontiaguda.

– com isso. – levantou o pedaço de pau – e sozinho.

– eu não vou? – cruzei os braços

– eu vou. Você não. – mas que absurdo!

– então tá! – digo virando as costas e sumindo pelas areias da praia.

Ora, se aquele velho babão, ignorante... gostoso, lindo... me recompus assim que passei a sentir lampejos entre minhas pernas, aquele cara não me deixa sossegada nem em pensamentos! Que droga, quando menos espero a imagem de momentos prazerosos esta passando como faísca na minha mente, isso me deixa louca por ele! Mas voltando de onde parei... se Michael pensa mesmo que irei ficar parada sem fazer absolutamente nada, ele esta muito enganado!

Já com instrumentos necessários para uma pesca em mãos, virei-me e comtemplei o mar calmo diante de meus olhos. Michael se encontrava posicionado sobre uma pedra segurando seu criativo anzol sem mexer um músculo se quer, parecia atento as águas silenciosas... pensando na burrada que fez ao me dispensar da pescaria talvez... mais ao lado outra rocha ainda maior fez-me aproximar e sentar-se na mesma, tudo estava calmo.

O silêncio não espanta os peixes, e além do mais, é agradável.

O barulho por certas vezes se torna repugnante, assusta todos que estiverem próximo, inclusive eu:

– ah minha nossa senhora das pernas finas!!! Não tem compaixão pelos meus nervos? – indaguei com a mão no peito.

– o que faz aqui, Emy? – parecia visivelmente bravo, acho que não fiz a coisa certa... – não vê que está espantando os peixes com toda essa gritaria?

Ah, eu devo ficar e mostrar pra esse crápula que eu sei pescar!

– quem gritou foi você, até me assustou, agora deixe-me fazer meu trabalho! – ouvi sua sonora gargalhada repleta de deboche em si ecoar pelo oceano como encanto de sereia prestes a enfeitiçar algum pirata, vulgo eu.

Michael, por fim, calou sua boca e o silêncio novamente prevaleceu no lugar. Era estranhamente bom virar meu rosto e dar de cara justamente com a imagem tão bela quanto uma paisagem; a correnteza do vendo soprava seus cabelos – e ele parecia gostar –, Michael cantarolava algo inaudível para qualquer ouvido, apenas para si próprio... parecia um anjo, sim? Só faltaram as asas.

Um impulso muito forte me fez quase cair n'água e fugir das distrações, puxei a ripa para cima e o cipó amarrado como anzol veio sem nada. Balbuciei palavrar sujas e cocei a nuca já cansada de tanto permanecer sentada ali.

– os peixes parecem não gostar de mim! – comentei bicuda.

– claro, você não sabe conquista-los, não é uma boa pescadora! – disse convicto como se houvesse fisgado pelo menos um.

– e você fala muito e age menos! Não tem nem um peixe aí! – apontei para a pedra.

– então vou agir mais e falar menos desta vez! – piscou o olho. Eu sei o que ele está tentando fazer, ele quer me conquistar e deixar-me distraída... mas não vai conseguir...

Abri meus olhos e tudo estava turvo, a água queimava meus olhos como fogo esquenta ferro, a areia abaixo da superfície relava em meus joelhos e cotovelos, meu cabelos agora estavam molhados, minhas roupas boiavam junto de meu corpo assim que Jackson me empurrou água à baixo. Levantei a cabeça ne direcionei meu olhar nele; divertia-se com a situação, gostava de me ver daquele jeito, gostava de me pregar peças... ria como criança secando as lágrimas risonhas que caia de seus olhos. Mal vi o momento que cai.

– seu... seu... – bufei.

– seu o que? – completou dando os primeiros passos para adentrar a água.

– seu indigente, ignorante sádico, arrogante... e, e... estúpido, insuportável! – despejei o conjunto de ofensas na sua frente vendo-o me olhar adoravelmente despreocupado. Ele sorriu.

– eu estava apenas brincando, Emily. – confessou chegando mais perto.

– você sempre brinca... brinca demais.

– é meu jeito de dizer que te amo, lhe irritando! – selou nossos lábios em um beijo repleto de desculpas e paixão. – minha garota!

Vê-lo e ouvi-lo era meu mais prazeroso trabalho durante esses dias, era inevitável não ceder a seus caprichos, era inevitável não ama-lo.

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⏰ Last updated: Jun 06, 2018 ⏰

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Fanfic: "Merry Me?" (+18)Where stories live. Discover now