Automedicação

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O que é automedicação, causas e quais são as consequências?

Seja por conta própria ou por indicação, o simples ato de tomar remédios sem recomendação médica pode ser mais prejudicial à saúde do que se imagina. Isso porque os perigos da automedicação vão além do agravamento da doença, já que o uso inadequado de medicamentos pode causar até mesmo a morte.

É bastante comum ter em casa um estoque de comprimidos e pílulas para amenizar as dores mais diversas. Porém, o alívio dos sintomas após a automedicação nem sempre significa que houve um tratamento adequado. E muito menos que o problema foi resolvido, pois a prática pode estar mascarando problemas mais sérios. Entenda como o uso indevido de medicamentos pode afetar a saúde e saiba como se proteger dos perigos da automedicação!

O que é automedicação?

A automedicação se caracteriza pela prática de tomar remédios, sem a avaliação prévia de um profissional de saúde. Nessas situações, a pessoa tende a medicar-se por conta própria ou por indicação de amigos, familiares e conhecidos. Tal hábito geralmente está relacionado à intenção do paciente em aliviar algum sintoma.

O que é o uso indiscriminado de medicamentos?

Apesar de possuir relação com a automedicação, o uso indiscriminado de medicamentos se refere a um conceito diferente. Essa prática diz respeito ao consumo excessivo e frequente de remédios, inclusive quando há prescrição médica. Nesses casos, é bastante comum que o paciente não respeite a dosagem recomendada, bem como os intervalos de uso.

Automedicação no Brasil

O Brasil é recordista mundial em automedicação. De acordo com pesquisa de 2016 feita pelo Instituto de Ciência Tecnologia e Qualidade (ICTQ), 72% dos brasileiros se medicam por conta própria. Além do uso inadequado, muitos têm o hábito de aumentar as dosagens para obter alívio mais acelerado. Outro dado relevante mostra que 40% da população faz o autodiagnóstico por meio da internet.

Surpreendentemente, a edição anterior da mesma pesquisa, realizada em 2014, também apontou que quanto maior o grau de escolaridade, maior é a prática da automedicação pelos brasileiros. Já em relação ao gênero, os dados são bastante próximos: 76,7% dos homens e 75,1% das mulheres têm o hábito de se automedicar.

Uma das alternativas para auxiliar no combate ao uso indevido de medicamentos seria promover a venda fracionada. Isso favoreceria o acesso aos remédios, aumentaria as chances de adesão ao tratamento e, ainda mais importante, evitaria o desperdício. Atualmente tal proposta está em análise no senado, por meio do projeto de lei nº 98/2017.

Casos de intoxicação

Em relação à intoxicação por uso de medicamentos, os números também podem ser bastante assustadores. De acordo com o Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas, cerca de 30 mil casos de internação são registrados por ano no Brasil, sendo as crianças as maiores vítimas – menores de 5 anos de idade representam uma parcela de aproximadamente 35% dessa estatística.

Tipos de uso irracional de medicamentos

A automedicação é apenas um dos tipos de uso irracional de medicamentos. Dentre as outras formas estão:

Uso abusivo de medicamentos (polimedicação);Uso excessivo por via de administração inadequada (injetável ao invés de oral);Uso do medicamento como forma exclusiva de cura para doenças (medicalização);Uso inadequado de antimicrobianos, tanto em doses incorretas quanto em infecções não-bacterianas;Prescrição em desacordo com as normas clínicas.

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