12 | Não pensei que te veria aqui

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— K-Kihyun? — Hyunwoo estava pálido como um fantasma. Pensou que tivesse deixado Kihyun em Incheon, junto com tudo pelo o que já passaram.

Claro que o que Hyunwoo fez era errado. Ele sabia. Mas o efeito da bebida naquela noite o fez perder os sentidos — e ele se odiava por isso.

Changkyun olhou para o moreno e depois para Kihyun, que tinha algumas lágrimas borrando sua visão.

— Vai matar aula logo no primeiro dia, Son? — Yugyeom brincou e o puxou pela orelha — ah, se sua mãe descobre que você ia matar aula para jogar basquete — o mais alto levou Hyunwoo para a sala novamente, dando sermão o caminho todo.

Changkyun limpou a lágrima de Kihyun com o polegar e o de fios rosados abaixou o olhar.

— Kyu — sussurrou-o, e o menor o abraçou — já passou.

Lim tentava o acalmar, mas Kihyun insistia em chorar — claro que não queria chorar por Hyunwoo. O que eles tiveram foi há tanto tempo. E agora Kihyun — que havia se fechado para qualquer sentimento — finalmente se apaixonou por Changkyun, no primeiro momento.

— Kyu — Changkyun o chamou outra vez. Kihyun fungou e murmurou um "hum" — o que acha de matarmos aula?

Kihyun riu.

— Justo no primeiro dia?

— Você me prometeu — Changkyun fez bico e Kihyun sorriu sem mostrar os dentes.

— Eu não conheço Seoul.

— Então o destino de nossa escapada fica por minha conta — Changkyun falou e estendeu a mão para que Yoo a pegasse.

O de fios rosados deixou que Changkyun o guiasse. Estar com ele o dava um branco na mente, seu coração disparava com o sorriso mais simples, sentia-se especial na presença de Lim.
Deixaram o colégio em meio à risadas e ao medo de serem pegos. Mas aquela era uma sensação única. Não só para Changkyun, mas para Kihyun também.
O de fios de mel levou Kihyun para uma cafeteria que gostava muito. Lá, pediu dois Americano e sentou-se ao lado do amado, o encarando profundamente. Kihyun escondeu o rosto com as mãos pequeninas e Changkyun achou aquilo amável: beijou cada dedo para depois retirar as mãos dele de seu belo rosto.
Ao olhar a mão direita de Kihyun, notou que ele tinha uma pintinha em seu indicador.

— Seus dedos são tão bonitinhos — disse Changkyun — olha só, você tem uma pintinha aqui!

Kihyun enrubesceu e Changkyun beijou sua bochecha.
A garota que o atendeu trouxe os pedidos e os pôs em cima da mesa. Changkyun estendeu o copo para o menor, que o pegou e sentiu o cheiro amargo do café.

— Saúde — murmurou Kihyun.

— Saúde.

Kihyun deu o primeiro gole. Pensou que seria terrível o gosto, mas até que era bem gostoso — ainda mais com a presença de Changkyun.

— Chang — Kihyun o chamou — me desculpe por mais cedo.

— Está se desculpando por chorar?

— Eu chorei por outro homem.

— Kyu — Changkyun tocou sua mão — você já gostou daquele homem uma vez. É normal estar triste.

— M-Mas...

— Mas? — Changkyun incentivou-o a continuar.

— M-Mas eu queria que entendesse que eu g-gosto de você agora, e-e... — Changkyun achou fofo a forma como ele se embolou com as palavras. Depositou um singelo beijo na palma de sua mão e sorriu para ele.

— Eu também gosto de você, Kyu.

Kihyun bebeu outro gole do Americano, sentindo-se ficar cada vez mais quente. Lim controlou a risada e apreciou Kihyun por bons minutos, não se importando com o mundo em volta deles.

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QUE FOFOS

AQUARELLA 「 Changki 」Onde histórias criam vida. Descubra agora