Alice narrando

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Alice: Eu tô pouco me fodendo se o morro vai ter guerra ou não. Eu quero você, eu sempre quis você, você tá me trocando por um morro? Você lembra o que me prometeu quando nos casamos? Que independente de qualquer coisa, eu sempre seria a primeira opção na sua vida, mas você tá me colocando como segunda

Coronel: Não é isso meu amor, pelo amor de Deus, é temporário. Nada vai mudar. A nossa casa continua sendo nossa, minha mulher sempre vai ser você. Eu quero que pensem que não estamos juntos pela sua segurança também, deixa ela ter o status que ela quer - me levantei e encarei o mesmo

Alice: A favela vai continuar como tá, a casa vai continuar como tá, mas, eu não serei mais sua mulher. Se você não é homem de me largar, eu sou mulher de te largar. Eu estou saindo da sua vida, eu não vou ser sua mulher, sua amante, amiga, caralho a quatro - ele se aproximou de mim

Coronel: Meu amor, é temporário. Custa você entender, nada vai mudar. Eu não vou aceitar, me escuta, é temporário. O seu padrão de vida vai continuar, tudo. Nada vai mudar - me aproximei mais do mesmo

Alice: Tudo já mudou, e eu não te quero mais. Eu não quero e nunca quis nada de você. Eu só queria você, somente isso. - empurrei o mesmo e ia descer quando ele me virou pra ele

Coronel: O que você tá querendo dizer? - eu não queria, mas pra quem já teve tudo, ter que dividir ou mendigar amor, carinho o homem. Eu não queria e nem iria aceitar isso

Alice: Eu estou saindo da sua vida, Lucas. Estou te deixando - puxei meu braço e desci.

Lucas narrando

Eu tentei entrar em contato com a Alice na sexta, mas nada da mesma me atender, adiei o baile pra não ter que apresentar a Bruna, mas a mesma já estava me tonteando. Tive que realizar o baile no sábado, mas o que eu não esperava e por pura ironia do destino é Alice aparecer na hora. Meu mundo caiu, tudo tinha se tornado um nada, fui atrás dela, mas me passaram a visão que ela tinha sido levada pela Larissa e o LC pra casa da tia dela. Fui voando pra lá, apesar, de todos estarem me crucificando eu tava fazendo o certo.
Há um ano eu comecei a receber ameaças, tem muita gente querendo tomar o meu morro. Preferi deixar baixo e nem com o Noronha eu comentei, dobrei a segurança da favela e da Alice sem ela saber. Até da tia e as primas eu coloquei uma segurança legal, nada passava batido. Comecei a criar alianças com diversas favelas, até mesmo pra sondar. O Noronha tava me achando ambicioso, mas eu só queria manter a segurança da minha mulher. O que eu não esperava era que em um ano eu não tivesse descoberto nada.
Eu esperava que ela fosse me largar, mas eu não sabia que ia doer tanto. Quando ela falou alto e claro que estava me deixando não tive reaça, fiquei parado, tentando buscar forças e coragem de ir atrás dela e a prender em casa e dizer que ela sempre seria minha. Que nunca eu iria aceitar ela me largar, mas não, eu fiquei parado, parecendo um palhaço, eu não consegui me mexer, só martelava na minha mente as últimas palavras dela, e eu não podia, eu não tinha direito de fazer nada. Fiquei um tempo parado em pé quando o Noronha subiu

Noronha: Coronel - Sai do transe e algo despertou em mim. Eu precisava matar

Coronel: Já achou a dona da porra do face de fofoca? - ele me encarou como se estivesse em dúvida

Noronha: você tá bem? - Não, mas eu não ia demonstrar fraqueza nesse momento. A Alice vai voltar pra mim, no momento certo, vou dar o tempo dela. Aí dela se ela se envolver com alguém, eu mato o caro

Coronel: Achou ou não? - ele assentiu - Leva pro SPA, vamos agilizar - disse saindo e deixando ele lá. O SPA é onde rola as torturas do morro.

CriptonitaDonde viven las historias. Descúbrelo ahora