— Eu estou preso nesta casa. Eu não posso sair daqui.
— E estás a pensar que eu vou acreditar nisso?
— Eu não estou mesmo à espera que acredites. Mas é verdade.
— E consegues prová-lo?
Ele não disse nada e apenas se aproximou de uma parede e atravessou-a. Espera lá... ele acabou de atravessar uma parede!
— Ok. Afinal o que és tu?
Ele voltou a atravessar a parede para o lado onde eu estava.
— Não sei muito bem.
— Estás a brincar comigo? Sei lá, diz-me pelo menos o teu nome.
— Chamo-me Xiumin. Eu até sei mais ou menos o que eu sou. Mas posso te dizer que eu não sou humano.
— Pois... eu acho que um humano não faz isso que acabaste de fazer. E eu não sei se hei de ficar com medo ou maravilhada.
— Não fiques com medo. Não te vou fazer mal.
— E como é que eu vou acreditar nisso?
— Ok. Eu sou um espírito que está preso nesta casa há anos. Nunca ninguém me viu.
— Eu não sei se estás a brincar comigo ou se és um fugitivo de um hospício.
— Acho que um maluco, mesmo sendo maluco, não pode fazer aquilo que eu fiz, certo?
— Talvez... então mas se nunca ninguém te viu... porque é que eu te vejo?
— Não sei muito bem. Mas acho que deves ter alguma coisa de especial. Não é suposto as pessoas me verem.
— Olha, então mas o que é que é suposto fazer contigo?
— Nada. Eu vivo nesta casa. Simples. Vou continuar aqui.
— E se eu não quiser?
— Mas tu não mandas. Além disso, eu não consigo sair desta casa, por mais que quisesse sair daqui.
— Porquê?
— Eu não te vou dizer isso agora.
— Quer dizer, contas-me isto tudo, dizes que talvez eu tenha algo de especial e agora vais deixar metade da história para contar?
— Porque é que não tens medo de mim?
— Porque é que havia de ter?
— Não sei... eu não sou humano afinal. Pensei que terias medo de mim.
— Tu já foste humano?
— Sim... mas eu não quero lembrar-me de como fiquei assim.
— OK...
Ficámos um tempo a olhar nos olhos um do outro, à espera que alguém dissesse alguma coisa, mas eu estava sem palavras. Até que a porta da frente é aberta.
— Esconde-te! — mas ele não se mexeu — estás parvo? É o meu pai!
— Relaxa. Já vais ver.
O meu pai entra na sala e pousa as coisas em cima da mesa.
— Estavas a falar sozinha?
— Na... estava.
— Não sabia que fazias isso. A tua mãe também fazia muito isso quando estava nervosa — sorri com o que ele disse. Adoro quando ele me compara com a minha mãe.
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My Sweet Ghost | Xiumin
FanfictionO que farias se te mudasses para uma casa onde vive um espírito? Alex nunca pensou ficar tão ligada a um ser sobrenatural. ✅ CONCLUIDA ➼ copyright © xisweet 2018 | todos os direitos reservados