✖️ Capítulo 12 ✖️

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Tomei banho, vesti-me, lavei os dentes, fui buscar a minha mala ao quarto e fui em direção à porta para ir embora.

Vais sair?

Sim...

Vais fazer o quê?

Depois eu conto-te tudo.

E o teu pai? Ele não estava de folga hoje?

Estava... mas mandou-me mensagem a dizer que afinal tinha que ir trabalhar.

Não fiques assim. Ele vai compensar-te. Tenho a certeza.

Não quero pensar nisso agora. Até logo.

Xau.

Sorri e fui então embora. Chamei um táxi e fui para o local onde tinha combinado com o Connor.

Sim, eu ia-me encontrar com o Connor. Nós falámos e eu decidi que queria que nos encontrássemos para que eu tomasse uma decisão sobre nós.

Mas eu acho que já tenho a minha decisão tomada.

Entrei então na pastelaria onde ele me tinha convidado para tomar o pequeno-almoço. E ele já lá estava. Aproximei-me dele e sorri.

Estava com medo que não viesses.

Porquê? Eu disse que vinha não foi?

Ele assentiu com a cabeça e sorriu. Puxou uma das cadeiras e eu sentei-me nela. Agradeci-lhe e ele sentou-se na minha frente.

Pedi-mos o nosso pequeno-almoço e logo o empregado nos trouxe. Durante isso não foi dita qualquer palavra.

Estava um pouco triste de as coisas estarem assim entre nós.

Ele antecipou-se e acabou por tocar logo no assunto e ser direto. Como eu gosto.

Eu não quero que isto continue assim entre nós. E eu vou ser muito direto. Eu gosto muito de ti e eu só queria saber a decisão que tomaste. Por mais que essa decisão possa nos distanciar mais ainda.

Ainda bem que vais tão direto ao assunto. Gosto que sejas assim. E isso vai ajudar muito.

Ajudar em quê?

No que possamos ser no futuro.

— Se gostas que eu seja direto, sê tu também.

Eu acredito em ti.

Ele olhou para mim com os olhos bem abertos e depois sorriu. Passou a mão pela minha bochecha e falou.

Estás mesmo a falar a sério?

Sim...

Então ele puxou-me para si e abraçou-me.

Vamos dar uma volta?

Onde?

Onde tu queiras ir. Um sítio bonito.

Deixei o dinheiro em cima da mesa pagando o dele, mesmo ele não querendo e fomos a pé para o sítio pois eu tinha um em mente.

Mas mesmo antes de sair, ele sussurrou no meu ouvido.

Obrigado por acreditares em mim.

Sorri e fomos então para o sítio que tinha pensado. Tinha lá estado depois... enfim... daquilo que aconteceu com o Connor e a Yura. Ajudou-me a pensar e acalmar. E sabia que isto seria o sítio perfeito para estarmos um pouco sozinhos e juntos.

Não sabia se ele queria assumir alguma coisa ou apenas queria deixar isto apenas como uma coisa do momento.

O facto é que eu queria mesmo alguma coisa séria e ele também me disse que está apaixonado por mim. Acho que já é alguma coisa, não?

Isto é lindo...

Ele olhou tudo o que estava à nossa volta com um brilho nos olhos. Era cheio de plantas, principalmente flores, árvores cheias de fruto e muita relva bastante verde, com um lago com água muito transparente.

Isto é perfeito para...

Para?

Nada... não é nada.

Ele esticou a mão e eu não percebi à primeira. Mas logo percebi. Sorri e envolvi a minha mãe na sua. Ele sorriu também e puxou para perto do rio.

Sentamos-nos na relva ainda de mãos dadas e ficámos calados durante algum tempo.

Já conhecias isto?

Sim. Vim para aqui quando... quando te vi com a Yura na sexta-feira.

Desculpa... desculpa ter-te feito sentir dessa maneira. Eu nunca te quis, não quero nem nunca te vou querer magoar.

Eu sei... eu acredito em ti. Mas também não ia acreditar numa pessoa como a Yura.

Era demasiado evidente. Pensei que nunca mais me irias querer ver.

Eu não gosto de julgar as pessoas antes de as ouvir.

Obrigado. Mais uma vez.

Ele sorriu e pediu permissão para alguma coisa. Não entendi mas depois ele apontou para o meu colo. Logo entendi e deixei-o deitar lá.

Ele logo se deitou e comecei a passar a minha mão nos seus cabelos. Como eles eram macios. E cheiravam bem. Ele logo sorriu e fechou os olhos.

Estás a gostar?

Muito.

Sorri e olhei para o lago. Estava tão perdida na beleza daquele lugar que não percebi que ele se tinha levantado e logo senti os seus lábios na minha bochecha.

O que é que estás a fazer?

Queria chamar a tua atenção. Parecia que estavas a sonhar acordada.

E estava.

Comigo?

Talvez...

Ele ia-se aproximando cada vez mais de mim. Passou a mão pela minha bochecha e pelo meu pescoço e logo a deixou no meu cabelo. Encostou então as nossas festas, roçando os nossos narizes.

Ele estava um pouco receoso com a minha reação e eu acabei por eu tomar a iniciativa. Beijei-o. Ele paralisou mas logo se deixou ir. O beijo era calmo, muito calmo. Era uma sensação nova.

Nunca tinha beijado uma pessoa a sério e estava a ser maravilhoso.

2 horas depois.

Entrei em casa feliz. Muito feliz.

Mas a minha felicidade se foi um pouco quando percebi que o meu pai ainda não estava em casa.

Respirei fundo e sacudi a cabeça para não pensar mais nisso.

Então? Já me podes dizer o que foste fazer para estares tão feliz?

Sim.

Sentei-me ao lado dele e ele endireitou-se no sofá, ficando de frente para mim.

Eu fui ter com o Connor.

E então? Como é que ficaram as coisas?

Eu perdoei-o. Depois fomos para o sítio onde tu foste ter comigo da outra vez, beijamos-nos e ele pediu-me em namoro. Foi... maravilhoso. Ele é maravilhoso.

Eu gosto de te ver feliz. E se ele te faz feliz, eu só espero que continuem bem. E que continuem juntos.

Obrigada. Eu adoro-te.

Abracei-o. Ele ficou surpreso mas logo também rodeou o meu corpo com os seus braços.

Parte da minha felicidade deve-se a ti.

My Sweet Ghost | XiuminWhere stories live. Discover now