✖️ Capítulo 25 ✖️

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Alex

As aulas passaram demasiado devagar para aquilo que eu realmente queria.

Estava ansiosa, é verdade, e isso também não passou despercebido pelo Connor, que não me deixava em paz enquanto não soubesse o que havia de errado comigo.

Felizmente, consegui escapar novamente com a desculpa de que estava perdida já matéria e, consequentemente, o mesmo voltou a oferecer-se para me ajudar. Tinha que aceitar.

Vi hoje a Yura a falar, digamos, tentar seduzir o Connor no intervalo grande, mas ele a ignorou.

Sorri ainda vi aquela cena mas, ao mesmo tempo, fez-me deprimir um pouco.

Ele gosta mesmo de mim, tem feito tudo por mim e eu sinto que o estou a enganar... não quero mesmo magoa-lo.

Esta tarde resolve-se tudo, se Deus quiser.

Depois de almoçar em um café perto da escola, mandei uma mensagem ao meu pai a dizer que iria ficar a estudar com o Connor na biblioteca.

Não gosto de mentir, muito menos ao meu pai, mas pelo menos não lhe disse que iria para casa do Connor, que era a minha ideia original.

Chamei um táxi e mostrei-lhe a morada que estava no cartão e o mesmo arrancou para lá. Assim como o carro, viajei pelos meus pensamentos enquanto não chegava ao destino.

Quando lá chegamos, paguei ao motorista e saí do carro. O mesmo arrancou de volta pelo mesmo caminho e eu virei-me para a pequena casa, tradicionalmente coreana.

Há alguns anos que não via uma casa destas.

Aproximei-me do que eu pensei ser a entrada da mesma. Toquei à campainha e logo uma voz me atendeu. Disse que estava ali para uma sessão e deu-me autorização para entrar.

A porta abriu automaticamente e eu entrei então para dentro da casa. Tal como por fora, a casa era igualmente tradicionalmente coreana, por isso a minha primeira reação foi retirar as minhas sapatilhas.

— Pode vir comigo, por favor.

Assutei-me quando ouvi a voz de uma mulher atrás de mim. Assentiu e segui entao atrás da mulher. Rececionista talvez.

Abriu uma das portas do corredor e fez-me sinal para que eu pudesse entrar. E assim o fiz.

Fiquei impressionada com aquele cômodo. Tinha as cores vermelha, branca e laranja por todo lado, Budhas também. O cheiro a intenso a insenso era leve mas bom.

— Pode-se sentar, querida.

Ouvi a porta fechar-se e suspirei. Onde é que eu me vim meter?

Sentei-me na almofada que estava à volta da pequena mesa no meio da "sala". Fiquei ali poucos mais de cinco minutos sozinha até que, da porta de onde entrei, entra uma mulher bem mais velha que eu, talvez da idade do meu pai.

Tinha cabelos longos pretos, presos num rolo atrás da sua cabeça e não me surpreendi quando reparei no seu vestuário exageradamente tipicamente coreano.

Espera, não era "mestre"?

— Deves estar a perguntar-te porque é que está à tua frente uma mulher e não um homem, não é?

My Sweet Ghost | XiuminDove le storie prendono vita. Scoprilo ora