cap.7

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  Começamos a caminhar, e fiquei curiosa com a sua perna.
O que será que tinha acontecido?
Então resolvi perguntar.
_ O que ouve com seu joelho?

_ Caí desajeitadamente. E então mais um monte de homens caíram em sima de mim. Coisas que acontecem em um jogo.

_ Jogo?

_ Eu jogava futebol.
Mas ganhamos a partida.

_ Que bom. Deve ter valido a pena.

_ Na época parecia o bastante.

_ Antes de você se der conta do tamanho do estrago?
Você vê? A Paty vivi tento me convencer a praticar esportes. Continuo dizendo a ela o quanto é perigoso.

_ Tênis é ruim para os cotovelos.
Digo rindo...
_ Vamos, isso não vai doer muito. Prometo.
E a acompanho para fora, na pista que contorna o lago.
_ Você pôs designer têxtil, como trabalhos, o que faz exatamente?

Olho para ele, tentando identificar se ele estava sendo sarcástico..
_ Sou designer....uma artista, não uma tecelã. Não uso tear, e sim minha imaginação e um computador.

_ Oh! Usa computador. Péssimo para as costas. E quando não está em frente ao computados?

_ Passo muito tempo a procura de materiais adequados.

_ Você quer dizer fazendo compras?

_ Um pouco mais difícil. Tenho que buscar as texturas certas dos tecidos, formatos de contas, lantejoulas, faixas. Queima muitas calorias.

_ Então você toma um lanche para se recuperar.

_ E aí....
Digo ignorando seu comentário.
_ Quando tenho todos os materiais, que preciso, começo a criar o desenho que fiz.

_ E isso envolve o quê, exatamente? Costurar?

_ Sim, além do computador, sou craque na máquina de costura.
Fui sarcástica mesmo.

_ Não estou querendo ofender. Só estou tentando identificar seu estilo de vida.

_ Sedentário.

_ Nesse caso quero que você caminhe, de agora em diante.

_ Aonde? Até mesmo para o trabalho?

_ É longe? Você pode dividir, metade de carro e o resto a pé. Uns doía km estaria bom.

_ Todos os dias?
Pergunto, tentando não rir.

_ Todos os dias. Como. Você mesmo observou não temos muito tempo. Acha que consegue?

Difícil! Da minha porta dos fundos até o meu estúdio não tem nem dez metros.
_ Isso será um pouco complicado. Não sei se consigo.

_ Se seu objetivo e sério, temos que tentar. Agora vamos andar.
Falo isso e aumento o ritmo.

_ E as fotografias?
Pergunto, na esperança de parar um pouco.

_ Vou tirar do outro lado do lago.

_ Do outro lado?

  Tive que aumentar meus passos para acompanha lo. Pra que estou fazendo isso mesmo? Pra impressionar um homem, que provavelmente nem vai me notar. Estou louca com certeza.
Uma dor forte me fez parar.
_ Pronto.
Falo sem folego.
_ Você conseguiu, estou destruída. Amenos que queira me carregar de volta, terá de parar agora.

_ por que não falou antes?
Peguei em seu cotovelo, indireitando o corpo.

_ Você não deveria notar?

_ Sim, mas você não deu sinais de cansaço.
Faço ela continuar a andar devagar, para manter os músculos aquecido. Pego em seu pulso e checo os seus batimentos cardíacos.
_ Nada bem, mas vamos melhorar isso.

_ O quê?

_ Sua resistência física.

_ Oh.
A resistência dele era incrível, ele estava tranquilo, enquanto eu estou destruída.

_ Certo. Sua pulsação regularizou, daqui por diante você dita o ritmo, mas lembre se uma caminhada lenta não vai deixa lá em forma. Você terá que se esforçar um pouco.

_ Quanto é esse pouco?

_ Bem, você deve ser capas de falar enquanto caminha.

_ Então, Jairo, a quanto tempo você trabalha aqui?

_ Aqui? Este é meu primeiro dia. Por isso me teve só pra  você.

_ Que sorte. O que você fazia antes de vir pra cá?

_ Você não está rápida o bastantes.
Desconverso....

_ Mais rápido do que isso e não serei capaz de falar.

_ Nesse passo não chegaremos antes do anoitecer. E quando eu disse " falar", não quis dizer que era para iniciar uma conversa. Quero você atinja isso na próxima semana.

_ Sonhe!

_ É o seu sonho. Apenas estou ajudando a transformar em realidade.
Acelero o meu passo, pra encerrar a conversa.

Doce DesejoWhere stories live. Discover now