cap.17

5.1K 540 6
                                    

_ Como vão as coisas?

  Gina liga de Los Angeles, para verificar meu progresso.
_ Se eu te disser que não como um sanduíche desde que Jairo se mudou pra cá, isso te dá uma idéia de como estou sofrendo?

_ Estou impressionada. Como ele conseguiu esta proeza?

_ Sendo cruel. Ele é totalmente distraído das necessidades de uma mulher.

_ Distraído? Acho bom você repensar no que constitui "necessidade de uma mulher".
Entendo isto e ele lhe fará mais feliz que o mair cheeseburguer do mundo.

_ Duvido.
Me despeço de Paty.

Fico pensando nas palavras de Paty, acabo me lembrando do meu lapso....
  Mas a culpa é do Jairo, depois do incidente da bicicleta ele ficou totalmente distante. Não tirou mais a camisa na cozinha, apenas batia na porta do meu quarto, de manhã, para me chamar. Então quando chegou o dia da  medição, que eu esperei ansiosa, ele deu uma desculpa qualquer me passando para uma assistente.
  Ele parecia estar fugindo de mim. E quanto mais ele se afasta, mais eu o desejo, estou tão sensível a ele que basta a presença dele pra eu me arrepiar toda..... Talvez ele percebeu, por isso não quis me medir....
  Mas pelo menos, demonstrou piedade, me oferecendo carona pra casa.
  Mas não se mostrou disposto a conversar, por isso fiquei calada também. Se ele tivesse puxado assunto, eu não teria visto a lanchonete no caminho.

_ Vou trocar de roupa. Se quiser trabalhar, vou comprar o jantar.

_ Obrigada.
Todos estes exercícios podem fazer bem pro meu corpo, mas não pra minha criatividade.

_ Quer algo especial?

_ Qualquer coisa, exceto frango.
Vou trabalhar.
  Digo indo pra porta. Quando vejo ele ir pro quarto, me contenho pra não correr, pego a bicicleta e corro para a lanchonete.

_ Batatas fritas? Refrigerante? Temos o especial do dia....

_ Não, obrigada.
Tenho que voltar antes que Jairo, perceba minha volta.
  Pego meu sanduíche, pago e vou pra rua. Ignorando o frio sento num banco. Com os olhos fechados, prestes a dar uma bela dentada, sinto um toque em meus ombros, arrasada viro.

_ Você é tão previsível, Vivian.
Tiro o sanduíche de suas mãos, e jogo no lixo.

_ Como me descobriu?

_ Você estava tensa, como a corda de um violão, está noite.

_ Então você soube que eu viria buscar o paraíso aqui.

_ Você parecia um cão faminto quando passamos por essa lanchonete mas cedo. Você não está com fome. Não de comida.
  Coloco minhas mãos nos bolsos para não agarrar ela aqui mesmo.
_ você teve uma semana ótima.

_ Não perdi nenhum peso.

_ Esqueça seu peso. Você vai emagrecer, mas só se continuar com a dieta. Está andando mais ereta, parecendo mais forte, mais magra. Uma semana atrás não seria capaz de pegar a bicicleta para vir buscar calorias.

_ A uma semana eu não tinha uma bicicleta.

_ Você nem está sem fôlego.

_ Porque você tem auê dizer isto? Agora não sinto só fome, sinto culpa também.

_ E deveria sentir mesmo. Só notei que fui ao estúdio convidar você para jantar fora esta noite.

_ jantar fora? De dieta?

_ É o estágio dois do meu plano. Uma lição de como comer fora sem se exceder nas calorias.

_ Oh.

_ Exatamente. Lá estava eu, cheio de boas intenções, e lá estava você sumida.

_ Eu precisava.... Eu queria....

_ Sim?

  Que você me notasse, me tocasse. Mas não podia expor meus pensamentos.
_ Acho que devo ser muito fraca.

_ patética.
Concordo com ela, completamente sério.

_ Decepsionei você. Sinto muito. Depois de todo seu empenho, você não merece isso.

_ Não, Vivian, depois de todo seu empenho, você não merece isso.
Francamente, te acho interessante do feito que é. Mas minha opinião não importa. Tiago Vieira é o seu alvo. E se as fofocas são verdadeiras, ele gosta de mulheres pele osso.

_ Mas não estou.....

_ O quê?

_ Pele e osso.

_ Não.

_ E nunca vou ficar.

_ É pouco provável. Vou pra casa Vivian.

  Como assim, ele vai embora, só por um deslize..... Nem cheguei a comer.

_ Devo por a bicicleta na cherockee? Ou posso confiar que vai pra casa?

Ufa! Ele quia dizer minha casa.
_ Você pode confiar em mim. Se bem que....acho que prefiro uma carona. Por favor.....
  Então, por um impulso, quando ele abriu a porta w encostou a mão em meu cotovelo, me viro, e com uma ousadia que nem eu sabia que tinha.
_ Não mereço uma compensação? Pelo sanduíche que não comi?

_ Compensação? O que nem em mente?
Antes que ela responda, me a próximo tocando seus lábios com o polegar e depois com a língua.
_ Isto?
Não esperei resposta, e pego seu rosto com as mãos, passo a língua em seus lábio inferior, enquanto a pressionou contra o metal do carro. Ela agarrou meus ombros enquanto minhas pernas separam as suas.
  Um assovio seguido por palavras rudes de encorajamento, de algum garotos que estavam passando, fizeram o beijo parar prematuramente.

_ Hum, isso é bom.

_ Tem certeza?

_ Absoluta. Foi....uma oferta especial.

  Depois de fechar a porta, guardou a bicicleta. Quando sentou atrás do volante, estava novamente distante. Enquanto eu estou destruída. Respiro fundo.
_ Suponho que o convite para jantar esteja fora de cogitação, depois de minha fraqueza?

_ Pão e agua pra você.

_ Isso não é justo. Nem comi o sanduíche.
  Vejo Jairo sorrir.

_ Suponho que poderia passar margarina light no seu pão. E talvez uma taça de vinho ao invés de água.

_ Sem comida? Subiria direto pra minha cabeça.
  Então tentando a sorte mais uma vez.
_ Poderíamos voltar a lanchonete e pegar algo. Acho que as batatas fritas iriam bem no dia de hoje.

_ Seria mais do que você merece, se eu levasse em conta sua palavra.
Dou risada.
_ Você conhece aquele restaurante italiano perto da catedral?

_ Não tenho condições de comer num lugar caro cimo aquele.

_ Você trabalhou duro essa semana. Se você vai relaxar, merece algo melhor que um cheeseburguer.

_ Mereço?.... Mereço.

Doce DesejoМесто, где живут истории. Откройте их для себя