Capítulo 1

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Jungkook era filho do grande empresário Jeon, e por ser o único herdeiro, o pai do jovem havia insistido, ordenado para ser mais preciso, que Jungkook começasse seu aprendizado para um dia assumir a empresa JJK. Por isso para Jungkook, aquele era o primeiro dia no inferno. Não entendam mal, não é como se Jungkook não quisesse assumir a empresa de seu pai, é só que... ele tinha o gênio forte e se estressava fácil com tudo e todos, não é que ele fosse um louco pronto para atacar, aquilo apenas fazia parte do ser um lobo jovem, a verdade era que Jungkook admirava a capacidade do pai de se controlar e impedir o lobo de sair.

-Você vai me acompanhar durante o ano. – O senhor Jeon dizia ao filho. – E no final faremos uma festa memorável para anunciarmos sua posse como novo presidente da empresa.

-Se já está tudo certo, então por que eu preciso passar por todo esse estresse? – O jovem rebate.

-Porque quero que você aprenda a não só controlar uma empresa, mas também o seu gene. – O senhor rebate. – Quero que você seja respeitado e não temido pelos funcionários e quero ter certeza de que você não afundará a empresa e nem nos exporá em de seus ataques.

Jungkook bufou, mas não tinha como argumentar com seu pai, ele estava certo em suas preocupações. Mas teimoso do jeito que era, Jungkook estava determinado a provar ao pai que ele podia se controlar.

...

Naquele dia começou, o inferno de Jungkook, e vocês, acham que ele conseguiu se controlar por quanto tempo? Um dia? Dois? Três? Uma semana? Um mês? Pois eu digo, ele não durou nem cinco minutos. Na primeira reunião do dia o senhor Jeon teve que adia-la, pois seu filho já tremia violentamente ao seu lado.

-Cacete Jungkook. – O senhor Jeon exclama assim que ficou a sós com o filho. – Você precisa se controlar.

-Você não se estressa com esses babacas engravatados? – Jungkook profere respirando fundo diversas vezes.

-Não interessa o que eu sinto e sim como eu ajo. -O senhor Jeon rebate. – Você precisa se controlar.

-Você fala como se nunca tivesse passado por isso. – Jungkook diz irritado.

...

No final da primeira semana Jungkook estava com uma conta de 8 pias quebradas, 15 vidros rachados, 2 espelhos esmurrados e 3 pedidos de demissão.

-Assim não vai dar.

O senhor Jeon praticamente gritava pelo estacionamento da empresa. Jungkook apenas seguia quieto atrás, ele sabia que tinha errado e feio.

-Entra logo. – O senhor Jeon exclama após destrancar o carro.

Mal o jovem havia entrado no carro, seu pai já dava a partida.

-Para onde estamos indo? – Jungkook indaga após perceber que o caminho que o pai fazia não era o que levada para casa.

-Você precisa controlar esses seus acessos e eu só conheço um lugar que possa te ajudar. – O senhor Jeon fala sem tirar os olhos da estrada.

Quase vinte minutos depois o carro para e ao olhar pela janela Jungkook vê uma pequena loja de artefatos específicos.

-Serio? – Jungkook exclama, mas o senhor Jeon já havia saído do carro.

Jungkook seguiu o pai e juntos eles entraram na loja.

Um pequeno sino na porta anunciou a chegada deles e uma jovem moça apareceu por uma pesada cortina vermelha. Ela estava com um avental preto marcado por coloridas manchas.

-Olá, como posso ajuda-los? – Ela indaga em um tom calmo, mas alegre.

-Oi, a Nona está? – Jungkook viu seu pai se aproximar do balcão onde a jovem se encontrava.

-Oh, ela morreu faz alguns meses. – A jovem atendente diz com um pesar que fez o coração de Jungkook apertar. – Meu nome é S/n, sou neta dela.

-Muito prazer. – O senhor Jeon estende a mão para a jovem que aceita a apertando de leve. – Sinto muito por sua perda.

-Tudo bem. – A atendente rapidamente retorna ao seu semblante alegre. – Nós acreditamos que a morte é só uma passagem, ela está com a Deusa agora. Mas como posso ajuda-los?

-Eu sou um cliente antigo de sua vó.

-O lobo raivoso. – S/n diz ligeira.

O senhor Jeon ri.

-Isso. Este aqui é o meu filho. – O senhor Jeon gesticula para que Jungkook se aproximasse. – E ele passa pelo mesmo problema, por um acaso a Nona não deixou nenhuma poção calmante?

-Se deixou, provavelmente, foi para o ralo. – A jovem responde. – Sabe, as poções perdem a utilidade depois que o bruxo que a fez morre, mas para a sua sorte senhor eu recentemente produzi uma. A receita é um pouco diferente do original, mas servira para o mesmo propósito.

-Diferente quanto?

-Hum... espera um pouco. – S/n sumiu debaixo do balcão e voltou alguns segundos depois com um pequeno frasco roxo nas mãos. – Na receita original usava-se pó de fada, mas como a Ordem as declarou como espécie a ser protegida, tive que substituir esse ingrediente.

-E o que você usou no lugar? – O senhor Jeon questiona enquanto abria o frasco.

-Essência de baunilhia. – S/n responde de forma simples. – A verdade é que o pó de fada só servia para dar um gosto a poção, não tem nenhum efeito direto nos efeitos.

O senhor Jeon franze o nariz ao inalar o conteúdo do frasco e rapidamente passa para o filho. Pode parecer loucura, mas imediatamente após sentir o cheiro foi como se uma paz tomasse conta de Jungkook o acalmando no ato.

O senhor Jeon que analisava atentamente a reação do filho sorri e se vira para a vendedora.

-Eu vou levar. – Jeon diz. – O preço continua o mesmo?

-Na verdade está um pouco mais barato. – S/n fala. -Eu compro a essência no mercado dos humanos então... 500 reais senhor.

Jungkook parece sair do transe e observa o pai tirar a carteira e pagar a jovem.

-Muito obrigado. – O senhor Jeon diz enquanto guiava o filho para a porta.

-Foi um prazer, voltem sempre. – A jovem responde acenando.

Uma vez dentro do carro o efeito parece se esvair e Jungkook pode finalmente dizer:

-Bruxos? Serio pai?

-Funciona, e é isso que importa.

The Witch and The BeastWhere stories live. Discover now