Capítulo 37°

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*Lívia*

"Essas alegrias violentas, têm fins violentos [...]". Shakespeare já dizia, tolos eram aqueles, como eu, que fingiam não acreditar. Axel e eu estávamos felizes demais, nós amando demais, tudo demais, com certeza era um preságio de que algo aconteceria. Engolir o caroço em minha garganta tentando não chorar, olhando para o rosto do homem que eu amava, sendo que naquele minuto uma total desconhecida afirmava que ele era seu marido.

- Live...

Ele me chamou com seu olhar preocupado, amoroso. Ah eu não ia simplesmente aceitar alguém afirmando que Axel era seu, afirmar que aquele olhar apaixonado não era meu. Encarei a loira com raiva.

- Quem é você?

- Raquel Axel, esposa dele.

Axel rosnou na direção dela, o aperto contra mim se tornou mais forte, possessivo, soube imediatamente que ela estava preparado para lutar. Meu coração se regozijo.

- Você não é nada minha.

- Claro que sou James.

- Não me chame assim... - Ele grunhiu, então me olhou. - Ela não é nada pra mim, você é Live, é tudo...

Concordei querendo agarrar ele e esconder, tirar da frente daquela mulher, que encarava tudo com frieza, devolvi esse olhar.

- Não tem direito algum de estar aqui ou exigir algo de Axel...

Ela sacudiu a cabeça em negativa quando estendeu um papel que tirou de dentro da bolsa, visivelmente caríssima, franzi o cenho, mas peguei. Olhei para Axel que estava sério. Abrir o envelope tirando de lá o que era um ordem judicial de tutela, e lá estava a foto de Axel, junto com seu nome completo: James Joson Axel. A encarei confusa, era um mandato de tutela.

- O que é isso?

Perguntei e ela sorriu como se houvesse ganhado o melhor prêmio.

- James está sendo tutelado por mim, eu sou a responsável legal por ele.

Não! Isso não podia ser verdade. Sacudi a cabeça, olhei para Axel, seu olhar estava profundamente sério e preocupado.

- Live, o que isso significa?

O abracei, escondendo o rosto em seu peito, não querendo por aquilo em palavras. Ele me abraçou de volta, suas mãos acariciando minhas costas, me envolvendo em seu calor, só queria que aquilo nunca mais acabasse.

- O que você mostrou para ela? O que significa?

Axel rosnou na direção daquela mulher, apertei meus braços ao seu redor.

- Que você é meu!

Todo o corpo dele tensionou, seu aperto em mim ficou ainda mais estreito, como se não fosse nunca me soltar e eu queria isso.

- Não, eu sou da Live.

Quis chorar ao ouvir ele dizer aquilo, sim, droga, sim. Axel era meu!

- Você é casado comigo James, tenho direitos...

Meu temperamento finalmente quebrou ao ouvir ela dizer aquilo, tirei meu rosto do peito de Axel, então a encarei demostrando toda a raiva que eu sentia naquele momento.

- Ao inferno com a porra desses direitos, ele não é seu objeto!

- Nem seu!

- Não, realmente não, porque ele é na verdade meu companheiro.

ForgottenWhere stories live. Discover now