Capítulo 48°

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*Lívia*

- O que?

Ele me abraçou escondendo o rosto em meu pescoço. Deus! O que tinham feito para que pensasse isso?

- Não quero acordar desse sonho para viver sem você.

Desabei em lágrimas ali.

- Axel, não, por favor, abra os olhos eu estou aqui. O que quer que te disseram é mentira, eu estou aqui, com você, viva!

Suas mãos subiram pela minhas costas me mantendo colada a ele como se precisasse de mais contato.

- Lívia...

- Abra os olhos meu amor, eu estou realmente aqui.

Com certo custo ele levantou seu rosto e muito lentamente abriu os olhos. Demorou alguns segundos para as ires de lindos olhos cinzas se fixarem no meu rosto, porém quando o fez, eu vi somente amor refletido ali.

- Lívia!

Axel me abraçou, como se pudesse ainda mais firme, enquanto seus lábios quentes cobriram os meus. Foi como voltar para a casa depois de um dia longo e frio, porém ali, agora, estava tudo bem. A potência do seu beijo me deixava instável, eu busquei retribuir, sorrindo aos ronronados baixos que ele soltava. Somente o que nos separou foi a falta de ar, eu estava ofegante, Axel também.

- Lívia... Lívia...

Ele dizia meu nome em uma ladainha, tocandoh-me, beijando cada pedaço da minha face. Eu sorrir sentindo lágrimas descerem.

- Eu pensei que tinha perdido você!

Acariciei seus cabelos sacudindo a cabeça enquanto olhei em seus olhos cinzas que tanto senti falta.

- Nunca, eu estou aqui.

Sua mão subiu acariciando minha bochecha, os olhos dele estavam transbordando de carinho, mas claro alívio também.

- Doeu tanto pensar que estava morta.

Chorei e o abracei.

- Sinto muito meu amor, mas acabou.

- Ah Lívia você é tudo pra mim.

Senti seus beijos. Deslizei as mãos em sua costas afagando.

- Você também é... Senti tanto sua falta, tanta.

Ele se afastou e pegou meu rosto em suas mãos me dando um beijo profundo. Sua barba arranhava de maneira delicioso. Eu sentia tanto prazer, tanto amor, que quase doía em meu peito.

- Eu estava com saudades, com medo por você.

- O que aquela víbora te falou sobre mim para acreditar que eu estava morta?

Passei a mão pela sua bochecha vendo sinais de cansaço nele. Mas ainda sim era tão lindo que me deixava sem fôlego.

- Eu ouvir sua voz, quando tentei fugir, você gritava... Tanto... Parecia que estava sendo ferida, eu estava drogado, não conseguia ir te procurar... Então você gritou uma última vez e então silêncio. Ela disse que você estava morta e eu só pude acreditar, foi a pior sensação da minha vida, quis morrer ali.

Meu peito se retorcia de dor. Abracei com força beijando seu rosto e imaginando como deve ter sido perturbador aquilo.

- Axel, amor, sinto tanto, isso foi uma armação. Tem tecnologia hoje para usar a voz de alguém e modificar para o que deseja. Eu dei muitas entrevista, então deve ter sido fácil para ela conseguir minha voz.

ForgottenWhere stories live. Discover now