Capítulo 13 - Que seja eterno enquanto dure

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A cerimônia já tinha acabado. Todos aqueles que conheciam a bela Lysa Morgan, já tinham ido embora, mas Gregory e Eduardo ficaram ali, sentados na grama verde, próximos às outras lápides, vendo a sua amada sendo enterrada.

Elliot ficou com eles por um tempo, mas depois decidiu ir embora. Mesmo que estivesse sentido com a morte de Lysa, não era para tanto.

Naquele dia, até mesmo o céu estava mais cinzento que de costume, até mesmo os pássaros haviam parado de cantar.

Cada um dos garotos comprou uma garrafa de cerveja e começaram a beber juntos. Eles estavam muito tristes para fazer algo, a não ser olhar para aquela lápide e chorar, lembrar do passado.

- Se lembra daquela vez que a gente viajou? – perguntou Gregory.

- Como esquecer, cara? – falou ele quase sorrindo – Eu nunca a tinha visto tão feliz quanto naquele dia.

- É. Admito. Nunca tinha visto ela tão feliz.

Os olhos dos dois estavam tão vermelhos...

- Ela no fundo era uma boa pessoa, não é? Tipo. Apesar das coisas que ela já fez... Ela se mostrou mais madura durante esses dois anos?

Gregory tomou um bom gole, sorriu e falou:

- Você não tem noção do quanto. Ela realmente virou outra pessoa. Tão mais amigável, amável, Sabe? Eu realmente passei a amá-la.

- É. Sei como é. Eu acho.

Gregory recebeu uma mensagem. A olhou e depois apagou.

Os dois terminaram a metade da garrafa em um único gole.

- Já vamos para casa? – perguntou Eduardo.

- Não posso. Vou passar em um lugar antes...

Eduardo olhou feio para ele. Se levantou e foi embora cambaleando.

- X –

- Elliot! – gritou Johanna assim que viu o seu amigo no corredor indo para o seu quarto.

- Oi, Johanna. – respondeu ele.

- Preciso falar com você.

Ele assentiu com a cabeça e os dois entraram no quarto. Ele estava vazio. Apenas ele e ela.

- Espero que você não surte com o que eu vou falar agora. Uma coisa muito louca aconteceu.

- O que exatamente? – perguntou ele curioso.

- Sabe a Gabriela?

- O que tem ela?

Johanna abriu um sorriso tão grande, que ficou estampado na sua cara o que tinha ocorrido. Elliot fez uma cara de assustado e Não.... Ela balançou tantas vezes a cabeça positivamente que ele ficou surpreso de que ela não tivesse quebrado o pescoço.

- Ela foi tão doce... Foi maravilhosa... Eu lhe falei que ela ficava olhando para mim! Eu lhe falei! Estamos namorando. Então... Tire o olho.

- Como assim, namorando?

- Namorando, Elliot. Sim, publicamente. Não tenho medo desse povinho.

Johanna jogou seus cabelos azuis para trás.

Elliot abaixou a cabeça pensativamente.

- O que foi? – perguntou ela.

Ela o fitou e ele falou:

- Eu amo um garoto.

Ela arregalou os olhos começou a rir desesperadamente.

- Como assim, Elliot?

Pássaros EstranhosWhere stories live. Discover now