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"É bom sentirem oque você está sentindo, talvez assim eles te entendam." 💭

Cole.

Hoje eu acordei extremamente animado, mas para não acabar com este momento prefiro não questionar.
Talvez seja efeito do dia de ontem, muita risada e sorvete, eu sabia que a Hailee era mais divertida do que parecia. Nós nos encontramos na entrada da escola, e ficamos conversando até bater o sinal nos chamando para entrar nas salas.

A minha primeira aula era de Biologia, então fui para o laboratório e passei fucking duas aulas tentando decifrar oque o professor explicava lá na frente. Hoje era o dia em que eu e Lee não tínhamos nenhuma aula juntos, á não ser a última, que se eu não me engano... Merda! Tínhamos um trabalho para entregar.

Dessa vez eu vou usar a desculpa do cachorro que comeu meu trabalho, sempre funciona.

- Oi! - ela disse despejando seus materiais na mesa e sentando em minha frente com um enorme sorriso.

- Olá de novo. - respondo sorrindo também. - já cansei de ver sua cara hoje.

A mesma não ri da minha tentativa de ser irônico, apenas me encara, olhando fixamente para o meu rosto.

- Você me dá medo. - digo arrancando um sorriso dela.

- Que pessoa no mundo teria medo de uma criatura como eu? Impossível.

- Idiota.

- Fez o trabalho? - ela disse se mexendo em sua bolsa.

- Ah você sabe, eu tenho um cachorro que adora comer meus trabalhos de geografia. - minha melhor desculpa de todas até agora.

- Sei, existem muitos desses, que comem trabalhos sabe? - ela diz entrando na minha e rindo junto comigo.

- Ei, espera! - falei a fazendo parar de rir. - tem algo aqui, na sua bochecha.

Chego mais perto dela que parece estremecer com a minha aproximação, pego uma canetinha e risco o seu rosto.

- Você não fez isso. - ela disse fechando os olhos com força.

- Oque, isso? - risco o outro lado da sua bochecha.

- Seu idiota! - ela disse pegando uma canetinha rosa começando a me riscar, nós estávamos rindo e se riscando, como dois retardados do 1° ano.

- Ficou lindo, minha obra de arte. - ela disse tirando uma foto de mim, no pior estado possível, por estar rabiscado de canetinha rosa.

- Você não sabe brincar. - digo fechando a cara e encostando na parede.

- Você não sabe brincar. - ela disse numa imitação perfeita. - Nenezão.

Enfim o professor adentrou a sala, e todos foram para os seus respectivos lugares, terminar ou buscar os trabalhos que no caso eu não fiz.

- As apresentações serão em ordem alfabética, com as duplas. - professor.

Isso era o ruim do meu nome, eu era a terceira letra do alfabeto, sempre entre os primeiros.

NERDOnde histórias criam vida. Descubra agora