Capítulo 3

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No primeiro momento eu não pensei na possibilidade de acontecer nada comigo,sei que é perigoso falar com estranhos,mas não achei que o Samuel iria ficar parado na estrada,esperando alguém passar para cometer algum crime,como ele poderia saber que eu passaria por ali?

Não acho que ele seria capaz de algo do tipo,pobre ele aparentava não ser e nada valioso conseguiria de mim,só se for o meu carro...

Fiquei pensando nos possíveis crimes que ele poderia ter cometido.Normalmente as mulheres pensam se o cara é casado,noivo ou tem namorada,até mesmo se tem pinta de gay,mas minhocas passaram na minha cabeça para desconfiar dele.

-Estamos muito longe? - Perguntou me arrancando dos pensamentos esquisitos.

-Não muito, rapidinho chegaremos. -Digo.

-Desculpa ter te incomodado, tentei pegar um táxi,mas estava impossível naquela rua,a sorte foi você ter passado e me reconhecido. - Confirmei com a cabeça - Bom para mim,você poderia ter pensado se sou um assassino ou que poderia te assaltar. - Ele falou tranquilo,eu arregalei os olhos e dei um sorriso forçado e sem graça.

-Você pensou isso? - Perguntou franzindo as sobrancelhas.

-Tá legal,confesso que passou pela minha cabeça você já foi no restaurante e aparentou ser um cara fechado,não falava muito e acabou que te encontrei parado na rua,o que queria que eu pensasse? - Confesso logo de vez o que eu estava achando dessa história.

-Você tem razão, seria preocupante mesmo você dar carona para qualquer estranho,espero mesmo que você não faça isso. - Disse.

-Chegamos. - Paro o carro na garagem da minha casa,retiro o cinto e ele faz o mesmo.

Resolvo me tranquilizar em relação a algum mau que ele possa me fazer.
Olho de canto, espiando ele.É um homem muito bonito e atraente, achei que ele seria desses seres bonitões,metidos a garanhões, arrogantes e tal,mas ele é bem tranquilo,bem na dele.
Gostei.

Deve ter na faixa dos trinta anos e observei que não tinha nenhum sinal de aliança.

Abro a porta e ligo as luzes,ele entra observando tudo.

-Vou pegar o carregador, fique a vontade. - Indico o sofá e subo na direção do meu quarto.

Coloco minhas coisas em uma cadeira e pego o carregador ,retiro meu sapato e volto para a sala descalça.

-Aqui está,se quiser pode usar o fixo para ligar para o reboque e pedir um táxi. - Entrego o carregador para ele.

-Obrigado. Onde tem tomada?

Mostro para ele o local e observo ele encaixar o carregador na tomada e no celular.

-Acho que vou ligar para o reboque e para um amigo,ver se ele pode me encontrar.

-Certo,quer algo para beber? - Pergunto.

-Água mesmo,por favor. - Diz e se vira para falar com quem quer que seja no telefone.

Vou para a cozinha,também estava precisando de água para aliviar o nervoso de estar com um homem tão gostoso na minha sala.

Bebo alguns goles,depois pego um copo e encho de água.

- É cara,já estou ligando meu celular para dar uma carga nele,vou te mandar o endereço por mensagem e te espero. - Encosto no sofá, Samuel se vira para mim e dá um sorriso.

Termina a ligação e senta no sofá, ofereço o copo d'água para ele que bebi em seguida e me estende de volta.

- Me fala seu endereço, vou passar para um amigo vir me buscar,o Carlos que estava comigo hoje lá no restaurante,você se recorda?

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