Meu celular vibrou logo em seguida, com uma mensagem do Charles dizendo que seria uma pena não poder aproveitar muito tempo comigo e que era para eu me divertir. Sorri e contraí o celular em meu peito.
Desliguei a tela do celular, subi para o quarto do Mauro e o vi saindo com os cabelos molhados. Vestia uma camisa e uma bermuda simples sem estampas.
- Olha isso.
- Isso o que? - Balançou a cabeça assim que se aproximou e seus longos cabelos acastanhados respingaram todo o excesso de água em cima de mim.
- Banho adiantado. - Contrariu seus ombros dando uma risada.
- Mauro! - Disse furiosa e me aproximei dele o empurrando na cama. - Não faça isso. - Dei um sorriso.
- Você briga comigo, e depois sorri? - Ironizou enquanto se sentava.
- Claro. Apesar de você ser bem chato as vezes, você é meu melhor amigo.
Me encostou de lado contornando seus braços sobre mim e me abraçou. Retribuí passando a mão em seu peitoral em forma de carinho.
Entrei no banheiro e tomei um banho quente assim que nos soltamos. Para aproveitar da sua riqueza, deixei a banheira bem cheia e com um dos melhores sabonetes líquidos que havia por perto. O aroma incendiava o banheiro e eu fazia questão de fechar os olhos e sentir todo aquele cheiro de pétalas de rosas envolvendo flores doces e não tão doces.
Saí do banheiro de pijama esfregando a toalha em meus cabelos enxarcados. Toda a poeira da fazenda e toda a terra ao seu redor, principalmente na estrada onde muitos carros passavam levantando ar de terra tivera deixado meu cabelo seco e sujo. Aproveitei para hidratá-lo enquanto desfrutava da enorme banheira.
- Tem secador?
- Tenho cara de mulherzinha? - Franziu a testa demonstrando seu sarcasmo enquanto pegava alguns lençóis no seu armário que, era colado na parede.
- Tem secador, ou não? - Perguntei mais uma vez após o estrondoso tapa que dei em seu braço.
- Ai! Não tenho. Vê com o Dylan, talvez ele tenha. - Disse abafando o tapa esfregando sua mão.
Apesar do tapa, nós dois rimos da situação.
- Deixa quieto. - Disse na intensão de não encarar o Dylan.
- É só um secador, não vai cair um braço você ir ver se ele tem.
Se eu dissesse algo contra seu argumento, eu poderia me entregar e ele saberia das coisas que aconteceram. Então me rendi e fui.
Saí do quarto do Mauro e fui até o quarto do Dylan. Como o Mauro me apresentou a casa, eu sabia mais ou menos onde ficava. Errei umas duas vezes, mas achei. Bati na porta e ele abriu.
- Resolveu aparecer? - Ironizou apoiando seu braço na parede, como se estivesse fazendo algum tipo de charme.
- Tem secador de cabelo? - Ignorei o que ele acabara de dizer e fui direto ao ponto.
- Ter, eu tenho. Mas ele não sai do meu quarto.
- E porque não?
- Precaução de fugir de estragos.
- Se for esse o caso, esquece minha pergunta.
- Pode secar, só brinquei. Mas com uma condição.
- Qual? - Franzi a testa.
- Você secar aqui, ao invés de levá-lo para lá. - Seus olhos percorreram dos meus pés até minha cabeça. Meu cabelo estava ondulado e alguns fios rebeldes mesmo molhados insistiam em ficar caídos no meu rosto.
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INESPERADO AMOR [CONCLUÍDO]
RomanceTalvez um grande romance, talvez um grande drama ou talvez uma comédia de leve. Talvez você se surpreenda ou talvez você fique encantado. Talvez você goste de uns personagens e talvez odeie outros. Mas quais tipos de histórias não envolvem tantos se...