CAPÍTULO 15

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Meu celular vibrou logo em seguida, com uma mensagem do Charles dizendo que seria uma pena não poder aproveitar muito tempo comigo e que era para eu me divertir. Sorri e contraí o celular em meu peito.

Desliguei a tela do celular, subi para o quarto do Mauro e o vi saindo com os cabelos molhados. Vestia uma camisa e uma bermuda simples sem estampas.

- Olha isso.

- Isso o que? - Balançou a cabeça assim que se aproximou e seus longos cabelos acastanhados respingaram todo o excesso de água em cima de mim.

- Banho adiantado. - Contrariu seus ombros dando uma risada.

- Mauro! - Disse furiosa e me aproximei dele o empurrando na cama. - Não faça isso. - Dei um sorriso.

- Você briga comigo, e depois sorri? - Ironizou enquanto se sentava.

- Claro. Apesar de você ser bem chato as vezes, você é meu melhor amigo.

Me encostou de lado contornando seus braços sobre mim e me abraçou. Retribuí passando a mão em seu peitoral em forma de carinho.

Entrei no banheiro e tomei um banho quente assim que nos soltamos. Para aproveitar da sua riqueza, deixei a banheira bem cheia e com um dos melhores sabonetes líquidos que havia por perto. O aroma incendiava o banheiro e eu fazia questão de fechar os olhos e sentir todo aquele cheiro de pétalas de rosas envolvendo flores doces e não tão doces.

Saí do banheiro de pijama esfregando a toalha em meus cabelos enxarcados. Toda a poeira da fazenda e toda a terra ao seu redor, principalmente na estrada onde muitos carros passavam levantando ar de terra tivera deixado meu cabelo seco e sujo. Aproveitei para hidratá-lo enquanto desfrutava da enorme banheira.

- Tem secador?

- Tenho cara de mulherzinha? - Franziu a testa demonstrando seu sarcasmo enquanto pegava alguns lençóis no seu armário que, era colado na parede.

- Tem secador, ou não? - Perguntei mais uma vez após o estrondoso tapa que dei em seu braço.

- Ai! Não tenho. Vê com o Dylan, talvez ele tenha. - Disse abafando o tapa esfregando sua mão.

Apesar do tapa, nós dois rimos da situação.

- Deixa quieto. - Disse na intensão de não encarar o Dylan.

- É só um secador, não vai cair um braço você ir ver se ele tem.

Se eu dissesse algo contra seu argumento, eu poderia me entregar e ele saberia das coisas que aconteceram. Então me rendi e fui.

Saí do quarto do Mauro e fui até o quarto do Dylan. Como o Mauro me apresentou a casa, eu sabia mais ou menos onde ficava. Errei umas duas vezes, mas achei. Bati na porta e ele abriu.

- Resolveu aparecer? - Ironizou apoiando seu braço na parede, como se estivesse fazendo algum tipo de charme.

- Tem secador de cabelo? - Ignorei o que ele acabara de dizer e fui direto ao ponto.

- Ter, eu tenho. Mas ele não sai do meu quarto.

- E porque não?

- Precaução de fugir de estragos.

- Se for esse o caso, esquece minha pergunta.

- Pode secar, só brinquei. Mas com uma condição.

- Qual? - Franzi a testa.

- Você secar aqui, ao invés de levá-lo para lá. - Seus olhos percorreram dos meus pés até minha cabeça. Meu cabelo estava ondulado e alguns fios rebeldes mesmo molhados insistiam em ficar caídos no meu rosto.

INESPERADO AMOR [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora