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Jae-hyun estava escorado no batente da porta, observando Alicia encarar com o semblante sério, a radiografia. O cabelo dela estava preso em uma trança de lado, o que a deixava fofa mesmo com o cenho franzido.

- O que uma médica tão bonita está fazendo com essa cara emburrada? - ele perguntou fazendo-a dar um pequeno pulo por conta do susto. - Oh, desculpe.

Ele segurou o braço da menina, por instinto.

- Está tudo bem. - ela disse se soltando delicadamente. - Estou esperando Cho-hee chegar com o oncologista e ele me dizer que eu estou errada.

Jae-hyun não precisava mais de nenhuma palavra para entender o que ela queria dizer. Seu tempo como médico ainda era curto, mas suficiente para fazê-lo perceber que sem dúvidas, a pior parte da profissão, era dar notícias como aquela.

Ele pegou a radiografia e analisou.

- Porque não pediu uma endoscopia digestiva? - ele questiona.

- A paciente está grávida. - Ele ouve a resposta seguida de um longo suspiro da menina.

- Quantos anos ela tem?

- Vinte e seis.

- Onde ela está agora?

- Na sala de espera. - ela diz. - Ela está no soro.

Jae-hyun arqueou as sobrancelhas.

- Porque?

- Ela chegou aqui pálida e quase desmaiando. - Alicia explica.

O médico apenas assentiu e não continuou com as perguntas devido a chegada da enfermeira com o médico especialista.

A notícia que Alicia não queria ouvir, infelizmente chegou aos seus ouvidos. A moça tinha sim um tumor no estômago, e maligno.

Alicia pediu ao doutor Jung, oncologista que a ajurara, que a deixasse contar para a paciente, que de primeiro foi atendida por ela.

- Tem certeza que quer fazer isso? -
Jae-hyun perguntou.

Alicia não sabia como iria contar a moça, mas tinha que fazer isso. Ela era uma médica, fazia parte da profissão.

- Tenho. - ela disse decidida. - Tenho sim.

Ela se levantou e pediu que Cho-hee buscasse a paciente na sala de espera, enquanto ela ia para o consultório organizar os resultados dos exames. Quando pensou em disistir, e pedir à outro médico que desse a notícia, ouviu uma batida na porta.

- Com licença, doutora.

- Ah, pode entrar.

A moça se sentou, alisando a barriga de grávida. Alicia quis chorar.

- Estou com o resultado dos exames, - ela informou. - precisamos conversar sobre isso Srta. Kim.

A face da Kim mudou de esperançosa, para aflita.

- Doutora, há algum problema com meu bebê? - a moça pergunta com a voz embargada.

- Não, o seu bebê está bem. - a doutora juntou as mãos sobre a mesa. - Mas você não está.

Ela foi direta.

- Desculpe, não vejo outra forma de te dizer isso, mas você tem um tumor no estômago.

A mulher, que estava aflita, passou a ficar desesperada.

- Eu vou morrer... - a voz dela soou fraca.

- Não. Não vou deixar. - a médica disse convicta. - Vou te encaminhar para o melhor oncologista desse hospital e nós vamos te ajudar. Acredite em mim, o Dr. Jung é muito capaz.

O choro fazia a garganta da Kim doer. As lágrimas escorriam sem freio pelo rosto e a dor em sua cabeça chegara com uma velocidade absurda.

- Doutora, não importa o que aconteça comigo, salve meu filho, por favor. - O coração de Alicia doia por ter que ouvir aquela súplica desesperada.

- Não se preocupe, os dois ficarão bem. Eu prometo.

***

A cabeça de Alicia latejava. Mas tinha que aguentar, ainda restavam oito horas de plantão para ela.

Estava sentada na lanchonete do hospital, tomando apenas um café, quando seu telefone vibrou no bolso do jaleco. Foi impossível segurar o sorriso quando leu o nome de Chanyeol em destaque na tela.

Desde o quase encontro, no terraço do dormitório, a aproximação dos dois aconteceu rapidamente. Ela se sentia leve na presença do menino, e ele sentia o coração ser preenchido cada vez mais pela inglesa.

Ele estava fora de Seul, mas em algum lugar da Coréia, já que sua folga havia acabado e as atividades com o EXO voltaram a todo vapor.

CH: "Bom dia!"

AL: "Não acredito que acordou agora Chan. São 2 p.m"

CH: "Cheguei no hotel era dia. O show foi intenso. "

AL: "Pelo menos você poder dormir. "

CH: "Como está indo no hospital?"

Alicia ponderou se deveria contar à ele ou não sua tristeza que sentia pela grávida com câncer. Lembrou de uma das conversas que tivera com o Park, na qual ele dissera que ela podia compartilhar suas preocupações com ele. E foi o que ela fez.

AL: "Uma paciente grávida está com câncer no estômago. Prometi a ela que ficaria bem, mas não sei posso cumprir isso."

CH: "Você é ótima no que faz. Acredito em você."

Alicia riu, de nervoso.

AL: "Se isso era pra servir de incentivo, você falhou."

AL: "Enfim, quando você volta?"

CH: "Depois de amanhã. está com saudades?"

Mesmo longe, ela não pode deixar de se sentir envergonhada com a mensagem do menino. Antes de ele sair da cidade, eles só se viram poucas quatro ou cinco vezes. Em um mês.

AL: "Se eu disser que sim, você vai se achar muito?"

Ela enviou a mensagem com um sorriso no rosto.

CH: "Vou me sentir honrado."

Alicia teria respondido, se não tivesse sido puxada por uma enfermeira desconhecida até uma das salas de cirurgia.

Ela não sabia o que estava acontecendo e qual era o problema, mesmo assim auxiliou o médico atendente de acordo com o que ele pedia. A cirurgia durou duas horas, isso significava que ainda restavam por volta de seis horas até que ela pudesse ir para casa.

Aproveitou seu tempo restante para visitar pacientes que estavam internados. Ela se sentia bem em ver que a maioria estava melhorando, e levava como um incentivo para fazer um trabalho ainda melhor, aqueles que ainda não estavam bem.

- Dra. Ray, você já pode ir embora agora. - ala enfermeira que estava no balcão disse, quando viu Alicia passar.

- Sim, estou indo. - avisou. - Até mais.

A médica foi até o consultório e pegou suas coisas coisas, incluindo o telefone que tinha três mensagens não lidas de Chanyeol.

CH: "Acredito que o fato de não ter me respondido significa que precisaram de você."

"Mas queria que você soubesse de uma coisa."

"Estou sentindo sua falta agora."

Diamond 》Park Chanyeol 《 Nơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ