Capítulo 16

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Jennie

   Eu tinha passado a tarde inteira sem ver Gipsy, depois que ele levou Flirt para o hospital ele foi direto para os portões trabalhar, então acabei passando o dia inteiro com as fêmeas e depois resolvi ir para casa preparar um jantar para nós dois. Resolvi preparar algo que a gente pudesse fazer durar a noite inteira, por isso liguei para o refeitório de Homeland e pedi que me entregassem um pouco de carne picada e pãezinhos, assim poderia fazer um fondue. Separei as frutas que seriam usadas para a parte de chocolate e fui pondo o álcool no lugar certo. Agora só precisaria esperar entregarem o que pedi. 

Fui para meu quarto e tomei um banho demorado, depois sentei de frente para o espelho e fui definindo meus cachos com muita paciência. Escuto a campainha tocar e faço uma careta pensando em como atenderei alguém com minhas mãos cheias de creme.

-Deixa na cozinha! -grito e escuto a porta da sala abrir. Escuto caixas sendo deixadas em cima da bancada e depois passos seguindo na direção do meu quarto. -Quem é? -pergunto já olhando ao redor pensando no que eu poderia usar como arma para me proteger.

-Sou eu. -escuto e vejo a cabeça de Flirt aparecendo na porta do meu quarto.

-Hey, tudo bem? Pensei que você estivesse na segurança. -digo voltando a atenção para meu cabelo.

-Era para eu estar, mas depois que descobriram essa droga de chip na minha cabeça, me reduziram de segurança para entregador de comida. Dizem que é menos estresse e assim não teria problemas. -responde irritado e rio.

-Sinto muito, espero que nada pior venha desse chip.

-Também espero, mas Trisha diz que ele está quase sumindo, que dentro de dois meses ele já terá dissolvido todo e nada de errado acontecerá, eu acho. É melhor eu ir antes que Gipsy chegue e me mate por estar dentro do seu quarto.

   Nos despedimos e volto a me arrumar, agora pondo minha maquiagem. Assim que estou toda pronta volto para a cozinha terminar de arrumar tudo. O relógio mostrava ser 19 horas, então em alguns minutos Gipsy estaria chegando. Abro a garrafa de vinho e respiro fundo me sentando na cadeira.

   Os minutos vão passando até eu escutar a porta da frente se abrir. Gipsy entra com toda sua beleza e não posso fazer muito além de respirar fundo. Um Nova Espécie já é naturalmente gostoso, mas agora um Nova Espécie com uniforme de segurança chega a um nível que é melhor nunca mais usar calcinha.

-Fêmea...-ele sussurra olhando para mim e sorrio erguendo a taça de vinho.

-Um jantar para nós dois. -digo e ele vem em minha direção, me dando um beijo que já me faz ficar com vontade de desistir de todo o jantar e pular para a parte que importa.

-Flirt veio aqui? -ele ergue a cabeça farejando o ar e rosna.

-Ele que entregou as coisas. Está bem triste de ter sido rebaixado de segurança para entregador de alimentos para um lugar que só tem 200 habitantes.

   Ele se senta na cadeira e explico à ele como funciona o fondue.

-Cuidado para o óleo quente não espirrar em você! -aviso quando o vejo espetar a carne e colocar no óleo.

-Parece que dá muito trabalho comer isso. -ele diz bebendo um pouco do vinho e rio.

-É para dar trabalho, nós que temos que preparar.

Enquanto nossas carnes estão sendo feitas começamos a conversar sobre como foi nosso dia. Gipsy havia dito que hoje os portões principais estavam agitados e que ele tinha achado pegadas de sapatos diferente do meu na trilha em que tinhamos nos conhecido.

-Pensei que ninguém soubesse que existia aquela trilha e que uma das guaritas ficava lá.

-Pensávamos a mesma coisa. Não conseguímos achar nada nas câmeras, é como se a pessoa soubesse se esconder. Tentamos farejar algo, mas só sentimos um cheiro forte de perfume que irritou nosso olfato, nada que ajudasse muito.

-Acha que pode ser algo perigoso? -pergunto tirando minha carne do óleo e soprando antes de comer.

-Justice pediu para que colocássemos câmeras nas árvores também. E ele disse que pode ser algo ligado à Flirt, já que essa movimentação toda aconteceu exatamente no dia que levamos ele ao hospital. Pode ser coincidência, não tem como eles saberem o que está acontecendo aqui dentro, mas nunca se sabe.

   Continuamos comendo e rio toda vez que sem querer espirrava um pouco de óleo dele e Gipsy parecia querer destruir tudo.

-Isso é muito perigoso, pode te machucar. -ele diz esfregando seu  braço e reviro os olhos.

-Passei a vida inteira comendo isso, estou viva até hoje. Pare de reclamar e termine as carnes enquanto eu arrumo a parte de chocolate.

-Hmm... Prefiro o chocolate em outro lugar. -ele brinca e mordo o lábio enquanto colocava os potinhos de fruta em cima da mesa e tirava a panelinha de óleo quente e trocava pelo chocolate derretido.

-Pois eu deixei um pouquinho separado exatamente para isso. -beijo sua bochecha e ele rosna tentando me agarrar, mas me afasto rapidamente.

   Pego um pedaço de banana, mergulhando no chocolate e ponho na boca.

-Você é impossível. Espero que saiba o que está a sua espera. -ele diz e me inclino sobre a mesa, pego uma colher, enfio no chocolate e depois levo à boca.

-Hmm, tão delicioso! -digo e vejo seu corpo tensionar. Ele logo se levanta e vem em minha direção. Seus braços passam ao redor de minha cintura e ele me levanta.

   Pego um pouco do chocolate e passo de sua bochecha até seus lábios.

-Dá vontade de te comer todinho. -digo lambendo seus lábios e suas bochechas. Ele se senta na cadeira, me deixando no seu colo e pega um pouco do chocolate e passa pelo decote do meu vestido e começa a chupar minha pele.

-Hmm... Eu sabia que você seria deliciosa com chocolate. -ele puxa o decote do meu vestido, mostrando meus seios e começa a lambe-los.

   Meu corpo estava inteiro arrepiado, todo lugar que as mãos de Gipsy passavam eu gemia e me encostava mais nele. Estávamos tão concentrados um no outro que nem escutamos os primeiros toques do celular de Gipsy.

-Deixa tocar. -ele diz mordendo meu pescoço.

-Pode ser importante, atenda. -peço com muita dificuldade e afasto seus lábios de mim. Ele rosna irritado e pega o celular, fazendo quase um escândalo para atender.

   Fico acariciando seu rosto, vendo suas feições mudarem de irritado, para confuso e depois assustado. Ele desliga o celular e o encaro.

-O que houve? Quem era? -pergunto com nervosismo.

-Justice. Ouça Jennie, pegue algumas roupas e vá para o dormitório feminino e fique lá até que eu te busque.

-O que está acontecendo?! - pergunto me levantando de seu colo e vejo ele arrumando seu uniforme.

-Por favor, faça o que eu digo. Breeze te explicará.

   Ele simplesmente me dá um rapido selinho e sai de casa ne deixando completamente perdida.







E então, o que deve ter acontecido? Espero que tenham gostado, não esqueçam de comentar e votar! Beijooos

Novas Espécies - GipsyOnde histórias criam vida. Descubra agora