CAPÍTULO SEIS

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Senhor, me dê forças para aguentar a mãe dos meus filhos em todos esses meses e anos

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Senhor, me dê forças para aguentar a mãe dos meus filhos em todos esses meses e anos. Amém.

Eu faço essa oração diversas vezes em minha cabeça, enquanto eu lavo as louças.

Anna ficou o jantar todo emburrada, ela comeu feito um homem depois de um dia inteiro de trabalho sem comer nada.

Ela não deu atenção para Rapha, apenas conversou com Marco, não foi nem meia dúzia de palavras, mas pelo menos disse alguma coisa no jantar.

Nesse momento, ela está encostada na porta da cozinha, me observando lavar as louças. Nem para ajudar ela se ofereceu.

— Que tal me dar uma mãozinha aqui? — indago a olhando.

— Nem um pé — abre um sorriso. — Bom, vou tomar um banho bem quentinho agora. Irei usar uma camisa e uma cueca sua. — avisa.

— Por que não me espera? Assim podemos economizar água. — sorrio de lado para ela.

— Talvez eu aceite, mas não vai rolar sexo. —diz.

— E por que não? — a questiono desanimado.

— Por que não estou afim, você só me vê como uma mulher para lhe satisfazer, Enrico? — indaga com as mãos na cintura.

— O que? — deixo as louças de lado, lhe dando total atenção. — Dá onde tirou isso? Claro que não! —passo as mãos pelo meu cabelo. — Sabe que não é assim, não te quero só para isso.

"Olha Anna, eu nunca tive um relacionamento, e nem sei o que é isso. Mas seja lá como for, eu quero ter isso com você. É difícil para mim lidar com tudo isso, é novo, mas sei que não é só eu que sinto isso. Não prometo que irei ficar com você para sempre, por que sou homem, então sei que irei lhe magoar de alguma maneira. Mas também sei que posso te fazer feliz, sei que já amo esses bebês tanto quanto você os ama. Eu fiz minha escolha, e minha escolha foi vocês. E eu vou repetir isso quantas vezes for possível. Não sei como será daqui alguns meses, mas o mais importante é que estarei aqui, estaremos aqui. Tenho meus defeitos, assim como você também tem, mas isso é só um dos problemas que teremos que lidar — suspiro. — Não vejo só sexo em você, vejo mais que isso. Eu a vejo como minha mulher. É louco dizer isso, mas é o que eu sinto nesse momento. Não existe e não vai existir outra mulher. Escolhi vocês."

Ao terminar meu "discurso", vejo Anna cair em prantos. Oh droga, eu a fiz chorar.

— Cazzo Anna, não era para chorar. — digo a abraçando.

— Não são lágrimas de tristeza, não sei por que estou chorando para dizer bem a verdade. Essa droga de hormônios está acabando comigo — diz manhosa. —
Nesse instante estou te achando muito fofo, e isso não é normal. Me diz que isso é por causa dessa gravidez. — chora mais ainda.

ENRICO » Série Irmãos Ambrosio # III Onde as histórias ganham vida. Descobre agora