Capítulo 4 💚

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( Bernado na imagem acima)

Mariana Narrando

- Como é que é?

- Pai, naquela noite que teve a festa que eu sai com o Thomas aconteceu uma coisa comigo...

- Então diga Mariana, o que aconteceu?
—pergunta meu pai impaciente.

Eu digo toda a verdade desde a traição do Thomas com a Rayssa até o Estupro...

- Eu não estou acreditando que você está grávida de um Marginalzinho que você nem conhece.
—diz meu pai irritado.

- Pai eu não tenho culpa, você não percebeu? Eu fui estuprada.
—digo enquanto as minhas lágrimas descem pela minha face.

- Você vai cuidar dessa criança? Ou vai abor...

Eu não acredito que meu pai teve essa idéia!

- É claro que eu vou cuidar e criar essa criança, é Meu Filho, ninguém vai tira-lo de mim, ninguém!
—digo com a minha voz alterada para meu pai

- Eu não estou acreditando Mariana, eu não estou acreditando nisso tudo.
—diz meu pai irritado

- Pois você pode acreditar.

- Pega suas coisas e vai embora daqui.
—diz meu pai

Agora é eu que não acredita no que meu pai tinha dito, ele esta me expulsando de casa? Da minha própria casa?

- Como é que é? Pai, você está me expulsando de casa? E ainda estando grávida, é isso mesmo?

- É isso mesmo Mariana, isso que você ouviu, pega suas coisas e vai embora da minha casa

- Pai essa casa também é minha, eu não tenho para onde ir.

- Eu não vou tomar conta de uma criança que é filha de um pai que você nem sabe quem é

- E quem disse que você vai tomar conta? Ele é meu filho, pode ficar despreocupado quem vai cuidar sou eu, eu sou a mãe. 

- Eu não quero você aqui grávida, pega suas coisas e vai embora

- Pai, é seu neto, sangue do teu sangue que está aqui na minha barriga

- Não importa Mariana, vai embora da minha casa.

Eu o encaro, vou para o meu quarto enquanto minhas lágrimas desciam pelo meu rosto, eu nem sei para onde ir mas vou dar um jeito, eu preciso dar um jeito... Pego minha mala que estava em cima do guarda-Roupa coloco minhas coisas que não era muito, pego meus documentos e o celular reserva que estou usando, arrumo tudo direitinho dou uma última olhada no meu quarto e vou para a porta da sala para sair de casa. Meu pai esta na sala sentado no sofá.

- Pegou tudo?
—ele pergunta sem olhar na minha cara

- Sim.

- Então você já pode ir.

Olho para ele, abro a porta e saio de casa, começo a andar pela rua ainda sem um lugar para ir, caminho até um ponto de ônibus e me sento no banco, não tem ninguém aqui além de mim, fico pensando no que meu pai havia falado e onde eu vou morar agora.

- Onde será que vamos morar hein meu bebezinho? —digo enquanto passo a mão na minha barriga.

Derrepente um carro conhecido para na minha frente, um carro muito lindo de gente rica, vejo um homem descendo... Mas espera eu conheço ele

- Mariana? está tudo bem?
—diz o homem que acaba de descer do carro e parar na minha frente levanto minha cabeça e vejo que é o Bernado, meu chefe.

- Seu Bernado, é... é... Que conhecidencia encontrar você aqui.
—digo sem jeito.

- Eu estava passando por aqui para ir para minha casa e vi você, você estava chorando, está tudo bem?

- Não muito seu Bernado

- Me desculpa a pergunta, mas o que aconteceu?

Eu não sei mas algo me diz que eu posso contar para o Bernado o que havia acontecido... Resolvo então dizer e foi até bom eu ter contado porque foi como um desabafo, o Bernado ouvia cada palavra que eu dizia atentamente.

- Então era por isso que o Thomas estava indo na empresa atrás de você, como ele pôde?
—diz Bernado passando as mãos no cabelo dele, parecendo estar um pouco bravo.

- Pois é, eu não quero mais saber do Thomas, mas o que mais me deixou mal foi o meu pai, ele me expulsou da minha própria casa e ainda disse se eu iria cuidar do meu bebê ou se eu ia abortar...

- Graças a Deus você nem pensou nisso, filho é uma bênção de Deus.
—diz Bernado.

- Sim... Mas agora preciso pensar para onde eu vou, fica tranquilo que eu não vou abandonar meu emprego na sua empresa, eu vou trabalhar direitinho. —diigo ao Bernado.

- Eu sei que vai. E Mariana eu posso te ajudar, eu não vou te deixar aqui, você fica na minha casa até você se estabelecer em algum lugar, e você vai trabalhar normalmente na empresa, você aceita?

Nunca poderia pensar que o Bernado iria fazer isso, talvez ele tenha sido enviado de Deus.

- Mas você não se importa de ser meu chefe e eu morar na sua casa por enquanto? E com que as pessoas vão falar?

- Eu não me importo com o que os outros vão pensar, ou falar, eu sei da verdade e acima de tudo Deus sabe. E eu não vou me importar porque eu sou seu chefe, nossa relação será normal com todo respeito.

Fico pensando por alguns segundos.

- Tudo bem seu Bernado, eu aceito então, mas fica tranquilo eu vou procurar um lugar pra mim e não vou te atrapalhar.
—digo a ele.

- Tá bom. Então vamos?

- Vamos.
—digo já me levantando.

Pego minha mala e sento no banco de trás do carro, ele começa a dirigir e estamos em silêncio um silêncio não muito bom e então me lembro de fazer uma pergunta.

- Onde você mora?

- Daqui uns dez minutos a gente chega.

O silêncio havia voltado novamente fico olhando a cidade pela janela do carro até que volto a falar com ele.

- Seu Bernado ela não vai se importar?

- Ela? Ela quem?
—ele pergunta.

- Sua namorada ou esposa, olha eu não quero arrumar confusão e nem atrapalhar ninguém, acho melhor você parar o carro e eu descer ela não vai gostar disso.
—digo a ele já pensando em descer do carro.

- Eu não tenho esposa nem namorada.
—diz Bernado com os olhos vidrados na rua.

- Ah entendi, eu achei que tinha... Mas me desculpa a pergunta, você mora sozinho?

- Não, eu moro com as pessoas que trabalham na minha casa.

Apenas sorrio fraco e depois de uns cinco minutos ele para o carro.

- Bom chegamos.
—diz Bernado.

Quando eu olho pela Janela tenho uma grande surpresa...

Continua...

... Não perca a Esperança, até no último minuto milagres pode acontecer...

Uma vida com PropósitosWhere stories live. Discover now