Na Embarcação de Durmstrang

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A caminhada até o barco de Durmstrang foi silenciosa em sua maior parte, até que os garotos que o escoltavam começaram a falar em Búlgaro e pareciam zombar dele, mas apenas ignorou aquilo. Ao chegarem em frente ao píer onde se encontrava a embarcação ancorada, Albus abriu a boca admirado com o tamanho da embarcação que do alto do castelo não parecia ser mais que uma simples caravela. Agora tão perto podia ver o quão grande era e poderia tranquilamente compará-lo a um prédio de cinco andares. Olhando em volta, não pode perceber nenhuma porta visível de acesso. Os olhos atentos de Albus encontraram então um pequeno buraco entre a divisão de duas madeiras do casco. O rapaz que estava em frente à escolta enfiou sua varinha dentro da cavidade e recitou algumas palavras que poderia ser em língua de cobra pela pronuncia arrastada. Ele retirou sua varinha e como se não houvesse nada além de uma cortina atravessou o casco.

Albus olhou aquilo receoso e antes de tomar qualquer atitude foi jogado para dentro, quando abriu seus olhos vendo a onde estava, não acreditou no que surgia em sua frente. Estava caído em um chão de mármore e mais frente a ele, uma grande sala com duas escadas adjacentes subindo para outro andar. Ele precisou passar as mãos nos olhos para confirmar que não era uma miragem. Observando melhor os detalhes no centro da sala, havia uma grande pintura do castelo de Durmstrang mostrando ele entre picos nevados e um lago congelado ao fundo.

— Acompanhe-nos senhorr Potterr. — Pediu o mesmo rapaz que começou a caminhar em direção a uma porta a direita de onde estavam. No chão Albus podia perceber que todo o mármore era feito com as cores de Durmstrang e ao chegarem em um corredor extenso, leu sobre uma placa. "Galeria de diretores". Entrou no local rodeado de quadros de todos os diretores de Durmstrang, então Potter foi deixando sozinho pelos jovens que seguiram por portas separadamente..

— Esperre aqui, Karkarroff já vai chegarr.

Albus concordou e como bom curioso que era, começou a analisar os quadros dos diretores que ali estavam. Aquilo deveria se chamar galeria dos horrores pois os diretores tinham aspectos horríveis. E como se os quadros lessem o pensamento de Albus o encararam com caras feias e o xingando em búlgaro.

Albus se surpreendeu e andou alguns passos para trás batendo em outro quadro, nesse estava Igor Karkaroff avô de Breno. Na pintura ele estava em pé ao fundo de um corredor e uma marca nele chamou sua atenção. O símbolo das relíquias da morte estava marcado a fogo em uma das paredes atrás do antigo diretor. Ele levou a mão até a pintura e passou seus dedos sobre a marca, logo então foi surpreendido.

— Sabe oque é essa marrca Potterr? — Pediu Breno escorado em uma das portas, de braços cruzados o observando com calma, usava um tipo de roupa de couro marrom, que detalhava seus músculos dos braços e peitoral.

— Oi Karkaroff, está muito tempo ai? — Pediu abrindo um sorriso e se aproximou dele estendendo sua mão para o cumprimentar.

— Não muito, fiquei apenas o observando. — Ele o cumprimentou com um forte aperto de mão e seguiu até o quadro de seu avô com um olhar nostálgico.

— Senhorr Karkarroff foi morrto pouco depois de fugirr parra a minha cidade natal, porr um dos comensais da morrte de Riddle. Todos os chamavam de covarrde, eu não vejo dessa forrma... Ele foi corrajoso o suficiente parra se arrependerr de todas as maldades que fez...

Albus não sabia muito sobre a história por trás da segunda guerra bruxa, então apenas concordou e lembrando-se da primeira pergunta, respondeu olhando para o maior.

— São as relíquias da morte, não é?

— Sim, elas mesmas... Foram feitas por um dos maiorres brruxos das trrevas do mundo; Gellerrt Grrindelwald. — Respondeu com certo orgulho, por ser de sua escola. — Eu e ele possuímos algo em comum...

Scorbus - Say Something - LIVRO 1Where stories live. Discover now