Capítulo 1

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— Seus pais vão matar a gente, se souberem que estamos te ajudando a fugir Caim!!

— Eles não vão nem saber, aliás estamos bem longe de casa Lissa! Agora me responde uma coisa. Qual foi a última vez que você se divertiu? Ah! e não é todo dia que encontramos algo interessante assim.

— Isso não é da sua conta, só estou dizendo isso porque você é sempre teimoso, seus pais só querem seu bem, e além do mais eu também quero o seu bem.

— Ei, fica quieta olha aquilo ali. Uauu!! ela é igual a mim! Isso é Incrível!!!

— Já é a quarta vez que a gente vem aqui e você diz a mesma coisa, aquilo deve ser apenas algum tipo de magia ou algo assim. Vamos Caim! já está ficando tarde.

— Amanhã nós voltamos aqui, quero continuar vigiando ela, tá na cara que só a gente sabe disso. Quero ver o que mais ela sabe fazer.

Lissa falou revirando os olhos:

— Claro, quem vai vim de tão longe pra ver aqueles truques baratos ali? E como uma pessoa consegue morar em um lugar desses?? Pelo amor né.

— Não são truques. Pelo menos tenho a impressão de que não é. Mas de qualquer forma, não quero estar aqui para descobrir se é ou não um truque!  
Tom falou pensativo.

— Até parece, eu faço coisas muito melhores do que aquilo ali!

Tom riu e disse para Lissa :

— Se está falando da sua comida ela é horrível!.

Enquanto falava fazia uma cara de nojo, mas assim que viu a expressão de Lissa ele rapidamente parou.

— Ei, não ouse falar da minha comida dessa forma!.

Lissa respondeu irritada, com o punho fechado em direção ao rosto de Tom.

Caim interrompeu dizendo:
— Ei vocês, que tal falarem mais baixo?.

Ao dizer isso, mostrou a palma de sua mão que em instantes fez ascender uma pequena chama de fogo, que não surpreendeu Tom e Lissa, mas aquilo soou como uma ameaça. Os dois o olharam e logo em seguida para a garota, assim Caim fez com que a chama sumisse em instantes, da mesma forma que ela apareceu. Por sorte a garota nem se quer viu a luz da chama, no meio da floresta densa.

Ele continuou dizendo:

— Ela vai acabar descobrindo que estamos aqui, e meus planos vão por água a baixo.

— Ele está certo. Mas pensando bem, ir embora é uma boa ideia, meus pais vão querer saber onde a gente fica indo e não vai ser nada legal eles descobrirem sobre essa garota. Sabe lá o que pode acontecer.

— Tem razão, somente a gente pode saber disso, vamos.

Disse Caim com um olhar preocupado.

  Tenho tanto trabalho que não vou conseguir nem dormir direito, mas bem, por hoje é só

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  Tenho tanto trabalho que não vou conseguir nem dormir direito, mas bem, por hoje é só.
  Desde que vim morar aqui na floresta distante da Cidade não paro um segundo se quer para descansar, são tantas encomendas; mesmo assim, não me importo já que isso faz com que me sinta viva, dando vida e cuidando dessas diversas plantas.
  As vezes eu paro para pensar sobre o futuro, se um dia as coisas vão mudar, ou se vai ser sempre assim.
  Se passaram alguns anos e desde então é apenas eu e a natureza.

Sentei em um tronco de árvore e fechei meus olhos, respirei fundo e foi questão de minutos para que eu estivesse novamente lembrando de um sonho, na qual me perseguia, desde quando eu era apenas uma criança.

Meus pais sempre diziam que os sonhos eram mensagens importantes.  Mas que tipo de mensagem assustadora era essa?
No meu sonho acontecia uma guerra e muitas pessoas morriam. Porém, nunca conseguia ver o final, pois sempre acordava assustada.

Abri os olhos e logo aquela visão pertubadora sumiu. Me levantei e fui para casa, deixei as flores lá mesmo, ninguém, absolutamente ninguém sabia que eu morava aqui, sendo assim não via problema algum em deixar as plantas lá.

Depois de tomar um banho e jantar, fui me deitar, com receio de ter aquele sonho de novo, mas estava muito cansada para tentar evitar isso. Aqui na floresta escurecia muito rápido, então sempre vinha para casa mais cedo. Peguei no sono rápido. Horas depois o sonho apareceu, parecia tão real que acordei num susto, estava soando, e meu coração muito acelerado.

— Calma, respira fundo, foi apenas um sonho, apenas um sonho, não é real.

Falei sussurrando para mim mesma, com a intenção de esquecer, mesmo sabendo que era impossível. Me levantei, para tomar um copo de água, era 4:30hrs da manhã, depois  voltei a dormir.

 O dia amanheceu, acordei e tomei o café da manhã, em seguida sai para uma parte da floresta, onde eu sempre praticava minha fitocinese.
 Um poder que permitia dar vida a flores espetaculares.
  Enquanto caminhava até lá, eu ia cantando, minha voz sempre foi delicada e gentil, me inspirava na minha mãe, a voz dela chegava ser angelical quando cantava.

  Assim que fazia as flores, eu vendia na cidade e sobrevivia disso, já que eram plantas raras, isso me permitia lucrar bastante.
  Tinha se passado bastante tempo em  que eu me encontrava ali, era de tarde, quando resolvi fazer mais uma remessa de flores.

A Descendência "Profecia das Sombras" (REVISANDO)Where stories live. Discover now