7

18 3 8
                                    

Dá mais alta e sombria torre de pedra, é que se pode enxergar a beleza do horizonte...

Dá mais alta e sombria torre de pedra, é que se pode enxergar a beleza do horizonte

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

Apenas desviei o olhar e fui até a porta, saí sem falar uma só palavra. Precisava pensar em um jeito de chegar naquela casa. Carros passavam de lá pra cá, deixando rastros de fumaça e poluição pelas ruas movimentadas de Mystery Bay. Atravessei as ruas que davam caminho para minha casa, avistei a mesma ao longe, minha... "Mãe" estava saindo de casa desesperada. Estava indo trabalhar... Talvez. Ela entrou no carro e deu partida, deixando uma nuvem de fumaça preta ao sair do local. Continuei e cheguei na porta de casa, a essa hora meu pai estaria trabalhando. Um leve cheiro de... Morte, percorreu meu nariz... Uma tontura me fez andar um pouco para trás, enjoo logo agora?

Eu: -Argh!- Coloquei a mão na barriga e fechei os olhos ao sentir o líquido amargo subir pela garganta e se jogar para fora. Permaneci lá, olhos fechados, milhões de coisas saindo do meu estômago. Cuspi a última dose daquele sofrimento e abri os olhos que lacrimejavam, devido à agonia que eu acabara de sentir. Fiquei surpreso e um pouco amedrontado ao ver a nojeira ali no chão, por cima tinha uma camada de Sangue... Preto! Me afastei e corri para abrir a porta, mas estava trancada.

Subconsciente: *A porta dos fundos.*

Escutei a voz na minha cabeça e corri para os fundos da casa. A porta estava trancada também, mas a chave estava em cima da porta na brecha entre ela e a parede. Peguei com cautela para ela não cair do lado de dentro e a abri. Ao rodar a maçaneta um outro mal estar me tomou, me recompuz e entrei na casa.
Estava uma bagunça, a mesa de jantar estava com pratos e copos sujos sobre ela, talheres pelo chão com restos de comida, armários abertos, o tapete estava jogado no canto da parede. Corri até meu quarto e abri a porta com a chave, o meu quarto estava totalmente organizado, do jeito que deixei, comparado ao outro cômodo que estava um caos. Ao olhar mais atentamente, vi que a janela estava quebrada fiquei confuso mas fui cumprir meu objetivo ali. Peguei minhas roupas e organizei tudo na mochila, peguei escova dental, toalha, tudo que necessitava para passar um dia em um acampamento. Minha caixa de lâminas estava intacta, nada fora do lugar... Peguei uma tampa de caixa e coloquei para cobrir o buraco na janela, fechei as cortinas e sai do quarto, deixei a mochila no sofá da sala e tranquei novamente a porta. A entrada do quarto dos meus pais estava com uma brecha, andei lentamente até lá, um calafrio me tomou, algo ruim tinha acontecido ali naquela casa, eu conseguia sentir a presença da morte. Coloquei a mão na maçaneta e empurrei a porta, a cama estava desarrumada, o lençol que forrava sua superfície não estava presente, pequenos rastros apagados de sangue habitavam naquele chão amarelado, dava pra deduzir que alguém não havia limpado totalmente. Mas porque teria sangue aqui? Sai daquele quarto o mais rápido possível e peguei a mochila no mesmo ritmo saindo pela porta dos fundos, tranquei-a rapidamente e sai correndo para a casa que tinha acontecido a festa da noite passada. Cheguei na porta e coloquei as mãos nos joelhos para descansar, nesse intervalo escutei susurros vindo de dentro da casa, dava pra escutar certas palavras como... "Jogo" "Letras" "Cabana" "Corpo" "Cautela". Bati na porta e os susurros cessaram. O cara que parecia um Emo, abriu a porta e me encarou.

Talking To The MoonWhere stories live. Discover now