Capítulo 4

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  Meus amores, quero apenas informar, que a questão de palavras informais no capítulo, é intencional. Lembre-se que estamos em uma narrativa em primeira pessoa e é natural, alguns erros de linguagem e até alguns palavrões, isso trará mais desenvoltura e realidade para o texto.

Agora vamos ao capítulo e divirtam-se!❤️

Agora vamos ao capítulo e divirtam-se!❤️

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Em revisão

O amor... há quem diga ser um sentimento mágico e transformador, já outros preferem acreditar, que não passa de uma invenção criada por uma mente carente. Porém eu, esta reles mortal que vos fala, acredita ser um sentimento lindo e puro, que pessoas de almas vazias, jamais serão capazes de senti-lo com plenitude em toda a sua glória.

Augusto

Me encontro em um estado, que me custa acreditar ser mesmo eu. Estou aqui parado, no alto da escada, olhando a família feliz na recepção se preparando para deixar o hospital.

Um sentimento estranho aperta meu peito, me levando a um estado incomum de sensações distintas, que há muito não sentia. Me pergunto o por que de tal sentimento. Já devem ter notado que não sou um homem dado à sentimentalismos.

Escolhi não sentir há bastante tempo e por sorte pude elucidar alguns transtornos. Cristine foi a única mulher em anos, que me fez lembrar de um passado há muito esquecido, lembranças que foram enterradas. Ela me perturba e isso é um fato, que não posso negar. Conheço a mulher menos de 24 horas e sinto como se de repente, uma caixa de fosse rompida em minha cabeça, isso já é o bastante para fazer com que eu mantenha distância dela e isso aconteceu após ver a menina.

— Uma família de comercial de margarina, concorda? — Pedro fala ao se aproximar, se escorando na mureta de vidro ao meu lado.

— De fato, formam uma bela família.— Digo e sinto uma pontada de algo que poderia ser intitulado como ciúmes, mas custo acreditar que seja realmente isso.

— O que foi fera? Qual o problema?— Pedro e eu somos primos e nos conhecemos bem o bastante, para saber quando há algo errado.

— Problema algum, apenas cansado. O dia foi puxado, caso difícil.— Pedro sabe que não digo a verdade, mas também não me contradiz.

A verdade é que ver tal interação entre Cristine, Bruno e a filha, me fez lembrar de tempos em que tudo o que eu quis, era uma família como aquela. Um amor puro, verdadeiro que me tirasse o chão. Desejos esses me foram tirados à muito e hoje eu sei, que tal sentimento não existe. Não passa de uma ilusão, apenas algo criado em uma mente confusa, que pensa precisar de alguém para ser feliz. Hoje sei bem disso, mas há 10 anos infelizmente eu não sabia.

— Descobri algo que pode gostar...— Pedro me tira de pensamentos, um tanto insanos para aquela hora da noite e passo a lhe dar atenção.

— Fala logo Sherlock.— Ironizo querendo saber onde quer chegar.

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