2• Our

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O amor pode surgir de diferentes lugares, diferentes formas. Um dia você pode estar lá, vivendo feliz da mesma forma monótona de sempre, até encontrar alguém especial e sua vida sai dos eixos. Suas mãos suam, suas pernas tremem, borboletas tocam polca no seu estômago. Você começa a fazer de tudo para agrada-lo. Cada simples sorriso te faz perder todos os sentidos. Você percebe então, que "gostar" é muito simples para definir o que sente. Você percebe que passou dos limites quando não consegue mais se imaginar longe da pessoa amada, desejando toca-la, observá-la, desfrutar de sua companhia. Céus, até casamento e filhos parece se tornar agradável! Mas então, em uma manhã infeliz na qual nada parece estar a seu favor, as crianças não brincam mais nas ruas, os pássaros não cantam, a vizinha fofoqueira não está na calçada; as coisas mudam. Você não sente mais todo aquele fogo do início, ou simplesmente está cansado de todos os obstáculos que são colocados para atrapalhar os futuros passos do jovem casal. Sempre há algo para testar o amor entre os dois, e talvez esse algo coloque tudo para baixo. Não souberam lutar para viverem juntos, ou simplesmente não era para ser.

Durante anos Harry e Louis tiveram que provar vosso amor constantemente. Tomaram decisões que poderiam colocar tudo a perder, mas lutaram. Lutaram por sua felicidade, por seu amor. E finalmente, poderiam realizar mais um sonho; iriam casar, unir-se em matrimônio. Com o passar dos anos, eles ainda tinham fé em Deus, mesmo existindo um ser maior ou não, aquilo era importante para eles.

Para um dia de outono, o clima em Rye estava reconfortante. Uma brisa gelada mas, alguns raios solares aqueciam.
A cidade estava ficando mais vazia que o costume, graças às famílias que iriam visitar ou se mudar para regiões mais próximas da capital.

O casal não poderia agradecer mais. A cerimônia matrimonial seria discreta, teria apenas o olhar dos convidados.

Harry passava as mãos pelas madeixas, ansioso. Em troca, recebeu um beliscão de Gemma.

Ele estava na casa de Liam, sendo preparado por sua mãe e sua irmã, para o casamento. O seu casamento.

Anne ajeitava os últimos detalhes do terno de última linha, enquanto Gemma tentava dar um jeito nos fios rebeldes de Harry.
Em poucas horas, ele seria um homem casado. A ideia de poder chamar Louis de marido enchia seu coração de alegria.

Assim como o dia em que fez o pedido.

14 de maio de 1943

Naquela tarde, Johannah havia ido visitar o filho e, pelo cair da noite, voltou para a capital inglesa. Depois de cozinhar, o casal pôde descansar na cama espaçosa.

— Harreh — Louis sussurrou, tocando o maxilar do mais novo. Ele não cansava de admirar aquele rosto que parecia ter sido esculpido por anjos. Os traços marcados o davam um ar sério, que era quebrado por seu sorriso bobo e o olhar brincalhão.

— Hm? — se remexeu na cama.

— Eu tenho uma coisa para lhe falar.

— Eu também.

Ambos estavam tensos e desconfortáveis, e se perguntavam quem teria a iniciativa de falar ou correr e enfiar o rosto no vaso sanitário.

Um término? Uma bronca? Louis poderia sentir seu coração quase saindo para fora. O sorriso genuíno  que Harry ofereceu foi o bastante para acalma-lo.

— Eu vou te perguntar uma coisa, e exijo que seja completamente verdadeiro com sua resposta — Harry pediu sem jeito, suspirando e tomando iniciativa — Você já pensou em casar, em ser meu marido? Eu sei que já vivemos como casados, mas você gostaria de oficializar? Olha senão quiser tudo bem, e-eu posso fingir que essa conversa nunca aconteceu, e-

The end next to him • LS Shortfic • Onde histórias criam vida. Descubra agora