#7: Emergência

1.8K 273 45
                                    

A primeira prova final havia acabado de ser entregue por Louis para a professora e ele estava tremendo. O sorriso que a senhora lhe direcionou não ajudou em nada porque o jovem ainda queria chorar até não haver mais água em seu corpo. Enquanto caminhava até o apartamento para permanecer recluso até a próxima prova, seu celular começa a vibrar incessantemente em seu bolso, indicando  que alguma pessoa estava prestes a irritá-lo. Soltando um longo suspiro de impaciência, ele pega o celular e atende a ligação.

– Alô, quem deseja perturbar minha pessoa? – seu tom não era para ser debochado mas foi isso que foi entendido do outro lado da linha.

– Ah mas você me respeita garoto – a voz de sua mãe soa no ouvido dele e com isso um sorriso aparece em seu rosto. Se não fosse Johannah ele até se irritaria com a pessoa estar fazendo ele conversar no telefone bem no meio da rua, mas por ser a pessoa que sempre lhe amou ele poderia fazer esse sacrifício esbanjando felicidade. – Não te criei pra ser despeitado assim não viu?

– Na verdade esse sempre foi o seu plano, Querida, não precisa fingir... – ele entra na brincadeira que sua mãe começou. Viu alguns colegas de uma das aulas e acenou enquanto ainda caminhava para seu cômodo. A felicidade que ele parecia emanar somente por falar com a mãe era perceptível.

– Eu deveria ter me preparado para tanto deboche... Mas e aí, como foi a prova? – ela parecia animada para a resposta do filho.

– Eu sabia todas as perguntas mãe – deu para ouvir pela ligação quando Jay começou a dar pulinhos de felicidade. O sucesso do filho nas provas era algo muito importante para ela e isso só serviu para deixar o garoto culpado, não que isso fosse capaz de impedi-lo no presente momento. Quando ouviu ela se acalmar e retornar ao “normal”, ele continuou – Só não sabia nenhuma das respostas...

O som da ligação sendo desligada bruscamente arrancou uma alta gargalhada do rapaz, que se encontrava subindo as escadas para seu apartamento. Mesmo tendo que parar no meio do lance de escadas para recuperar o fôlego perdido durante o período longo em que riu da reação da mãe, ele ainda esperava por outra ligação da mulher provavelmente gritando sobre ele ser um péssimo filho que não respeita a felicidade da mãe. Então quando seu telefone voltou a vibrar incessantemente, ele pegou o mais rápido possível e atendeu sem olhar para a tela, com medo da mãe passar mais tempo gritando e alegando ter um filho lerdo.

– Mas você não tem educação mesmo não né mãe, eu juro que não te criei assim viu... – o rapaz fala, já esperando o surto que sua mãe daria pela palhaçada de antes e pelo deboche de agora.

– Olha eu não sou sua mãe e se eu falasse nem que fosse só um pouquinho assim com a minha ela me deixaria de castigo até meu filhos entrarem na faculdade – a voz de Harold foi escutada e isso causou um arrepio em Louis. O garoto estreitou os olhos diante do comentário extremamente irritante – Mas tanto faz porque o assunto não é esse e eu espero que você não estrague tudo do aniversário ao ficar de castigo

A voz do garoto estava levemente mais aguda que o primeiro contato e isso fez Louis perceber que provavelmente estava conversando com um adolescente. Ele bufou indignado ao raciocinar o quão intrometido o garoto estava sendo em sua vida. Louis estranhamente não conseguia conter a necessidade de nutrir algum sentimento relevante por Harold então ele escolhia canalizar isso em sentimentos negativos, perdendo o tempo de contato com o garoto ao se aborrecer com cada barulho que o outro emitia.

– O que você quer H? – ele sentia que falar o nome todo lhe causaria um arrepio e isso o irritava, por isso optava por não proferir essa palavra mais do que o necessário. Parecia que as duas pessoas nas quais ele falou ao telefone cativavam sentimentos profundos no rapaz e isso era estranho se pensarmos que eles nunca se conheceram propriamente.

– A festa é em 10 dias e a surpresa ainda não está pronta. Isso é um problemão e como você está numa das cidades mais importantes do mundo, trate de dar um jeito nisso rápido porque eu realmente espero que você resolva isso... – em seguida o adolescente desligou a ligação, deixando Louis sozinho com um grande problema em mãos.

Seu dia foi horrível: uma prova horrível, uma piada horrível e uma ligação com um adolescente mandão e horrível. Por esses e outros motivos tudo o que Louis mais queria era girar a chave na fechadura, desabar na cama (apesar do tapete felpudo que cobre o chão do quarto também fosse uma ótima opção para só desabar e chorar) e ignorar o mundo inteiro por algumas horas.

Assim que chegou em casa, abriu a porta e assim que viu sua cama parece que entrou em êxtase. Jogou-se entre as várias anotações que estavam ali e resolvei fechar os olhos enquanto se preparava mentalmente para organizar aquela bagunça. Ele não percebera que havia dormido até ouvir batidas na porta do pequeno apartamento. Levantou coçando os olhos, irritado com o pensamento de Gemma novamente ter esquecido a chave e por isso se achar no direito de perturba-lo o acordando.

– Não me apresse senão vou te deixar congelando aí por mais alguns minutos... – Louis fala, pegando um copo de água na mini geladeira enquanto volta a andar vagarosamente em direção à porta. Incrivelmente não era sua colega de quarto esquecida  e estabanada mas sim Niall Horan com um fofo nariz vermelhinho de frio e vestígios da neve rala que havia caído sobre si durante o caminho. Louis não havia reparado que estava nevando mas isso poderia ser explicado pelo extenso período de inconsciência que ele estava (e continuaria a estar caso o loiro não batesse em sua porta). Um pequeno sorriso apareceu em seu rosto ao ver o amigo, percebendo o quão fofa era sua carinha de “acabei de acordar” mesmo que ela também tenha um traço de “tô puto de raiva e posso te dar um socão por ter me acordado".

Esse momento pareceu derreter um pouco mais a barreira que Louis havia criado contra uma proximidade mais significativa em relação a eles e isso foi bom: conversar sozinho com o falso loiro antes de toda a confusão era sempre uma experiência boa para o moreno e ele meio que sentia falta dessa proximidade, mesmo que agora ele esteja sempre cauteloso perto do amigo.

– Espero que não cumpra o que disse e me deixe entrar... Eu odiaria falar tudo o que está preso em minha garganta no corredor do dormitório da Universidade.

Os olhos de Louis se arregalaram um pouco e nesse exato momento ele percebeu: Agora ele não tinha somente uma emergência em mãos mas sim duas e ele não se encontrava preparado para lidar nem tentar resolver qualquer uma das duas.

Oioi meus anjos! Voltei rápido não?? Enfim eu entendo se acharem esse capítulo meio ruinzinho (desculpem-me por mais uma vez acabar o capítulo com um belo "gostinho de quero mais") então me digam se vocês gostaram e o que vocês esperam dos próximos capítulos porque eu juro que me alegro muito com cada um dos comentários...
O

brigada por lerem até aqui (eu sei o quão chato é ter que ler tudo isso) e saibam que eu amo vocês que lêem (amo um pouquinho mais quem comenta e vem surtar comigo porém amo todos quase igualmente)...
Até o próximo capítulo anjos!

P.S.: Parabéns para o meu docinho de mel que é Maluzinha heymyfuckingdear, esse capítulo meio pombo foi dedicado a você porém você merece um que tivesse um smut fodão (eu não sei escrever smut então o presente vai ser esse mesmo). Saiba que você é minha inspiração mesmo que quase 2 anos mais nova que eu!!

Wrong (Larry) *Editando*Onde histórias criam vida. Descubra agora