– Jay, você é ótimo!
Estou animada. Estamos treinando faz meia hora e James já se mostrou um jogador incrível. Quanta sorte eu tive?
– Eu disse – sorri convicto. – Tem lugar pra guardar o troféu?
– Eu não pensei sobre isso – digo lançando a bolinha para ele iniciar o jogo. – O Harry quer tanto esse troféu, acho que meio que já é dele...
– Não, não, não... – James caminha até mim. – É assim que perdedores se convencem, Liv. Coloque na cabeça que não é uma perdedora e então você vai colocar medo nos outros e acabar ganhando mesmo.
– Medo? – solto um riso frouxo. – Não é o que Harry coloca nas pessoas. Meio que é até o oposto...
– Ah, é? – James sorri. – E há quanto tempo você está afim dele?
Jay caminha de volta para seu lado da mesa e arremessa em minha direção a bolinha logo após a pergunta. Vejo a bolinha passar rápido por mim mas não me movimento para acerta-la.
Minha mente trabalha devagar. Se eu negar estar afim do Harry, provavelmente James rirá. Mas, se eu lhe disser a verdade... Honestamente, não sei qual seria sua reação.
– Eu gosto dele – revelo. – Quero dizer, é ótimo trabalhar com ele.
– É só uma admiração profissional? – questiona.
– Isso! – concordo. – Você definitivamente achou as palavras certas.
– Sei... – murmura James, balançando a cabeça e rindo.
Para minha alegria, ele não diz mais nada e se move a procura da bolinha.
– Achou? – pergunto percebendo a demora dele para voltar à mesa.
– Sim – afirma. – Mas não alcanço...
– Deixa eu ver... – me aproximo, me inclino e acho a bolinha que está debaixo de uma poltrona encostada na parede. – Meu braço é mais fino, acho que dá para pegar.
Me deito no chão e começo a tatear com a mão o espaço embaixo da poltrona e consigo alcançar a bolinha, puxo meu braço mas... Droga! Não, não, não...
– Jay?
– Oi? – ele está deitado no chão ao meu lado e me encara.
– Meu braço ficou preso.
– O quê? Como?
– Não sei – digo já com o tom de preocupação na voz. – Tenho medo de puxar e me cortar.
– Tenta – ele insiste.
– Não posso machucar meu braço, James. É minha ferramenta de trabalho.
– Okay! – ele se levanta. – Eu vou tentar erguer ela. Puxa o braço rápido!
Concordo com a cabeça e James tenta erguer a poltrona fazendo toda a força. Seria mais fácil se ele pudesse apenas arrasta-la ou se ela não fosse tão grande e, meu Deus, ela é pesada só de olhar.
– Agora! – ele grita e quando a poltrona se levanta um pouquinho puxo rapidamente o braço.
– Sã e salvo! – me levanto comemorando e olhando para o braço.
– Hurru! – James comemora e me puxa para um abraço.
Seus braços envolvem minha cintura e ele me levanta um pouco do chão.
Há um barulho, alguém entrou na sala de jogos do hotel.
Nós dois pulamos num choque, e eu me afasto rapidamente do James. Viro-me e olho sem graça para Adam, Sarah, Mitch e Harry que me encaram de volta.
– É um treino fechado ou podemos entrar? – Adam ri e Sarah dá um tapinha de reprovação em seu ombro.
– Fiquem a vontade. – James se ajeita e dá espaço para que eles cheguem à mesa.
– Que tal uma partida amigável? – Sarah sugere. – Assim já treinamos.
– Vamos, Harry? – Mitch pergunta.
– Não, estou guardando minhas habilidades para surpreender vocês.
– Eu jogo com você. – James se oferece. – Se você não se importar, Liv.
– Não me importo – respondo. – Afinal, depois do susto com o braço, acho que irei cuidar melhor dele.
Sarah e Adam se posicionam de um lado da mesa de ping-pong e Mitch e James do outro. Eles começam uma partida, e parecem se divertir.
Harry está sentado num sofá, caminho até ele e jogo meu corpo de forma pesada.
– O que houve com seu braço? - pergunta.
– Ficou preso. – digo. James marca um ponto, vira para mim e comemora. – Isso aí, Jay! – bato palmas enquanto ele se exibi.
– Jay?
– É... É James, mas gosto de Jay – comento, dando ligeiramente de ombros.
– Então, ele vai acompanhar a turnê com você?
– Sim! Ele está viajando pelo país, então só vai inverter uma cidade por outra para me acompanhar no torneio.
– Legal – diz sem a menor empolgação. – Sabe porque eu toco Olívia antes de todos os shows?
– Porque a piada nunca sai de moda? – reviro os olhos.
– Não! – ele ri. – Apesar de ser uma boa piada...
– Harry...
– Desculpa. Mas não é por isso, okay?!
– Então... Por qual razão?
– Desde que a Tess nos apresentou... – ele começa a desenhar círculos imaginários com o dedo indicador no meu joelho. – Olívia soou diferente para mim.
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Social Network [short] + hs
Teen FictionEu tenho o melhor e o pior emprego do mundo. Isso mesmo! O melhor e o pior, ao mesmo tempo. O que eu faço? Sou a gestora de mídias sociais. Meu cliente? Harry Styles. Como isso pode ser a pior e a melhor coisa do mundo ao mesmo tempo? Bem, eu amo me...