54°

4.8K 297 46
                                    

- Mama, você tá bem? - perguntou Lari e eu assenti. - Por que tá fazendo careta?

- Por nada, Lari. - respondi pegando no meu braço.

- Você parece tá com dor. - falou e eu neguei.

- Não tô. - falei sentindo uma pontada.

Saí da cozinha sentindo aquela dor aumentar cada vez mais. Peguei no meu braço e me segurei em um móvel com a outra mão.

- Você tá bem? - Digory perguntou parando na minha frente. A voz dele parecia distante, mas ele tá na minha frente, como assim, mano?

>>>

Abri meus olhos e encarei a claridade a minha frente. Eu desmaiei?

Cara, o que aconteceu comigo?

Olho ao redor e vejo Soph em uma cadeira.

- Soph? - chamo ela que me olha.

- Meu Deus, você tá bem? - perguntou me abraçando. - Ontem você me falou que foi só um tiro de raspão, por que não me falou que fez um corte fundo? Ou que tava se sentindo mal? - perguntou e eu a olhei.

- Porque eu comecei a sentir hoje. - respondo tentando tirar o curativo para ver.

- Deixa essa coisa aí, tá tampando os pontos. - falou pegando minha mão.

- O que? - perguntei e ela me olhou.

- Pegou quatro pontos. - respondeu e eu a olhei.

- Como assim, cara? Eu tava bem. - respondo olhando ela.

- Não, você não tava sentindo nada porque tomou remédio. - respondeu me olhando.

- Tá, e cadê a Lari? E onde eu tô? - pergunto olhando ao redor.

- Lari tá lá fora com o Digory, e você tá no postinho. - respondeu pegando o celular. - Vou chamar a enfermeira. - avisou saindo do quarto.

Suspirei colocando minha cabeça na cama.

- Você já pode liberar ela? - Soph perguntou entrando no quarto com um homem de jaleco.

- Posso, mas vai ter que ficar repouso e tomar alguns remédios. - avisou me olhando e anotou umas coisas em um papel. - Eu não sei como você não percebeu que esse tiro de raspão precisava de pontos. - diz me entregando um papel. - Tomar esse comprimido, duas vezes ao dia. - explica mostrando o nome no papel. - E esse daqui, é de oito em oito horas. - explicou me dando o papel. Assenti.

Me levantei com a ajuda da Soph e calcei meu chinelo.

- Repouso e nada de trabalho. - avisou e eu assenti. Ata que eu não vou fazer nada.

Saímos do quarto e eu olhei para Soph.

- Que foi? - perguntou me olhando.

- Você tá zangada, Soph. - falei e ela negou. - Tá sim.

- Poxa o que custava ligar e me avisar que não tava se sentindo bem? - perguntou e eu a olhei.

Amor Bandido Onde histórias criam vida. Descubra agora