Capítulo quatro - Festa de fraternidade

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    Hoje tem uma festa da fraternidade. Quentin me convidou, e como eu adoro festas, eu vou e quero ser a mais linda de todas. Por isso é que estou usando um vestido preto super sexy e um pouco curto. Esse vestido custou cinquenta mil dólares. Valeu a pena.

     Termino de fazer a maquiagem e pego na minha bolsa clutch para sair de casa. Coloco meu celular, um mini estojo de maquiagem, algum dinheiro, batom e alguns pacotes de camisinhas.

     Eu saio do meu quarto e desço os degraus. Para minha tristeza, encontro Francis na sala, e ele olha para mim de cima a baixo com desprezo. Eu também odeio ele.

     — Onde você vai? — Ele pergunta.

     — Não é da sua conta. — Eu vou até à porta e abro. — Eu não pergunto quando você vai fazer suas merdas, filho da puta! — Eu fecho a porta e vou correndo encontrar o meu carro.

     Francis vem correndo atrás de mim, mas eu acelero o carro e saio pelos grandes portões depois de quase atropelar ele. Se tivesse atropelado, seria um fim para uma parte dos meus problemas.

    Eu começo a rir até que meu celular toca. É ele ligando. Se ele pensa que eu vou atender, está muito enganado. Eu não sou idiota.

    Chego na festa depois de quarenta minutos e desço do carro. Alguns caras estão bebendo e fumando, alguns casais se beijando, outros transando dentro do carro. Posso ouvir a música há quilómetros de distância também. Isso sim é uma festa.

    Eu entro e os homens olham para mim como se eu fosse um pedaço de bife. Sei muito bem que eles querem saber como é estar com alguém como eu. Todos querem ser como eu, exceto eu mesma.

     Eu abraço Quentin assim que o vejo. — Oi! — Digo no seu ouvido por causa da música alta.

    — Oi! — Ele sorri.

    — Você está sozinha?

    — Não. Kathleen está aqui! — Ele aponta para ela. Está usando um vestido azul que eu dei para ela de presente. — Ela está linda, não está?

     — Está.

     Eu procuro alguém na multidão e acho rapidamente. Cabelos loiros desarrumados, olhos azuis claros e sorriso que faz as garotas caírem aos seus pés. Scott Brayson.

     Ele está com uma camiseta de mangas compridas azul, jeans pretas e botas. Eu não posso negar que ele é muito lindo. Talvez até mais do que qualquer homem que eu já vi. E eu já vi muitos, muitos homens.

    Ele parece estar conversando com uma garota, mas ela o dispensa. Tenho a certeza que não tem sido fácil para ele. Principalmente depois de todos saberem de sua falsa doença.

    Ele vai até seus amigos e bebe sua cerveja. Fico observando ele de longe enquanto conversa com Bratt e Sophie. Ele não parece muito feliz.

    — Você não acha que está olhando para ele há demasiado tempo? — Quentin pergunta.

    — O quê? — Olho para ele.

    — Você está olhando para Scott há tempo demais. Você está arrependida, não é?

    — Não. — Olho para ele novamente. Será que ele está arrependido de ter me ajudado naquele dia depois do que eu fiz?

     — Então, você está com pena dele? É que nunca vi você olhando assim para ninguém. — Ele ri.

     — Não estou com pena. Não é o que você está pensando. — Pego na bebida dele e bebo.

     — Está bem. Se acontecer alguma coisa, você vai me contar.

Impiedosamente quebradosOnde histórias criam vida. Descubra agora