Stress. /Gerard/

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# Dedico este capítulo pra uma amiga que me ajudou a me sentir mais segura, obrigado @PoisonousSnakes___  #

Após me sentir enojado em questão desse tal de Frank, fui levado por Luci a uma sala nem um pouco arrumada.

Juro que me senti perturbado com aquela bagunça toda, mas fazer o que? Eu só queria foder mesmo.

O que com certeza iria causar mais desorganização naquela salinha apertada.

Agora a festa vai começar...

Sorri de canto com o pensamento, me sentando em um sofá pequeno que se encontrava encostado em uma das quatro paredes, posicionado a frente de uma televisão pequena.

- Enfim, como você está? –Ela perguntou sorrindo já sentada no sofá, não muito perto de mim. 

Resolvi que seria melhor quebrar essa distância para tentar conseguir o que desejava, então em um gesto rápido, me aproximei dela, no que ela recuou.

- Ótimo e você? – Disse sorrindo tentando me aproximar novamente, mas dessa vez com sucesso, sem que ela se afastasse novamente.

 Deixei uma das mãos descerem lentamente até pararem em sua coxa, recebendo um olhar um tanto surpreso da parte dela.

 Agora sim...

Não havia motivo nenhum para ela ter retrocedido antes, confesso que isso já estava me dando certos nervos...

Ser rejeitado não era muito o que estava acostumado e isso muito menos me agradava.

- Uh...bem – Ela disse olhando um tanto assustada para minha mão que deixei descansando em sua coxa.

Era normal que algumas mulheres se comportassem assim comigo no começo.

Mas claro que de acordo que o tempo passava eu dava um jeito de esquentar as coisas. 

Sabia que seria mais um desses desafios bobos de garotas, de sempre se fazerem de difíceis e no final, acabarem se rendendo.

- Que bom baby... - Respondi me inclinando na tentativa de beija-la.

 Mas bem... as coisas mudaram um pouco quando levei um belo tapa na cara com um lindo:

–MAS QUE PORRA – saindo dos lábios da mesma.

Olhei para ela, podendo sentir a raiva começar a correr por meu sangue, em que apenas uma pergunta não saia de minha mente.

 Por que as coisas simplesmente não podiam ser como eu queria?  

Continuava a me questionar enquanto me levantava em direção a porta, desejando ao máximo sair dali o mais rápido possível.

 Okay, grandes chances que nunca mais iria olhar para cara dessa vadia.

- Tomara que morra virgem – Cuspi olhando com raiva para ela, que me encarava com uma mistura de curiosidade e nojo. 

Foi a última coisa que disse antes de bater a porta atrás de mim, querendo sair logo daquela merda.

Passei realmente puto por aquele pequeno trajeto que ligava os cômodos, sendo interrompido pela porra de um idiota anão que agora, além de tudo, era cego.

- D-desculpa - Ele disse tentando se recompor, me observando com aqueles olhos cor de bosta como se estivesse implorando piedade.

- Vai se foder – Disse áspero, o empurrando para que ele fosse de encontro com as costas na parede.

Mantive meus olhos firmes nele enquanto ainda estava queimando de raiva em meu interior por ter sido rejeitado daquela maneira.

O filho da puta me encarava com certa indignação, como se eu realmente tivesse feito algo muito errado.

 Eu não sabia como, mas só de ter os olhos desse vagabundo em mim, me proporcionava uma vontade imensa de esmagar a cabeça dele contra a parede.

Continuei marchando até a saída o deixando ali, que agora estava totalmente quieto.

 Mas mesmo assim, naquele tempo que ele se esbarrou em mim e o joguei em direção a parede, ele não deixou de manter o contato visual, o que fez meu estômago revirar.

Imbecil.

Pensei quando finalmente cheguei na porta principal sem nem mesmo olhar para trás mais uma vez, bati esta com força atrás de mim deixando o local.

Me sentia derrotado e irritado ao mesmo tempo e ainda, com aquele sentimento estranho de...nojo?

Yeah, nojo mesmo.

Talvez ter tido uma tarde entediante trancado no quarto fosse bem melhor do que tomar um fora e ter que lidar com um trabalhador incompetente.

Quando percebi, fazia o caminho para casa de Ray, que além de não ser longe, poderia servir como um refúgio em um momento desses.

Aquele garoto cabeludo era o amigo que sempre estava ali para me ouvir quando tinha algo para reclamar, então... 

Se não podia transar, talvez conversar fosse ser uma boa ideia para ocupar tempo.

Pelo menos realmente parecia bom.

Caminhei lentamente por meio das ruas de Jersey, bem movimentadas nesse começo de tarde.

Confesso que me sentia estranho por tudo que havia acontecido, realmente não estava em meus planos levar um pé na bunda.

Entre um passo e outro,prestava atenção no trajeto a casa de Ray,em como o céu estava azul e limpo, com algumas folhas verdes das árvores que ganhavam destaque na estação. 

Uma das crianças que brincava ali por perto, fez-me distrair daquela imensidão de detalhes a minha volta no caminho, em que a mesma acabara de derrubar um pirulito no chão. 

E Deus, me desculpe, era inevitável não rir da cara do pirralho.

Direto para o inferno Gerard Way, direto. 

Comecei a rir sozinho no meio da rua, pouco me fodendo para os olhares desconfiados que muitos me dirigiam, ao que apenas notava o quão idiota era.

E bom, eu não iria mudar quem era, não mesmo.

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ps: Não matem o Gee por ser tão chato. 

xoxo 

(twitter: space_unicornia)

Just For Money / FrerardWhere stories live. Discover now