Amante obsessivo

Nosso almoço (Parte 1)

Meu Deus... O que esse homem quer comigo - pensei.
Olhei de novo para a mensagem dele, indignada com o que estava acontecendo.
Enquanto meus pensamentos estavam a mil, chegou outra mensagem:

"Te pego as 12h princesa"

Nossa que raiva! Quem ele pensa que é? Que vontade de responder estas mensagens com um monte de palavrão e falar um monte pra ele, afinal, ele merece!
Mas parei... Pensei bem... Não! Vou ver ele pessoalmente e dizer na cara tudo que tenho vontade.
Me segurei e não respondi as mensagens, simplesmente ignorei e deixei ele pensar o que quisesse.
No outro dia acordei cedo já pensando no encontro que teria com o Marcos, se é que este é o nome dele mesmo né!
Preciso caminhar, colocar o pensamento em ordem, respirar um pouco... Ficar aqui neste apartamento pensando só neste homem misterioso vai me fazer passar mal.
Vesti uma roupa confortável e saí caminhar e dar uma corrida de leve.

Enquanto caminhava encontrei o Gustavo, um amigo desde a adolescência.
Sempre que encontro com ele fico feliz, ele me faz rir com suas histórias. Por alguns minutos esqueço os problemas.
Paramos em uma praça e ficamos conversando. Quando olhei para o relógio já passava das 11h.
Me despedi e saí correndo para casa, tomei um banho e me vesti com um vestidinho leve. Estava um dia muito quente.
Enquanto penteava meus cabelos recebi uma mensagem do Marcos:

"Está pronta minha princesa?
Já estou aqui em baixo.
PS: ansioso para te ver."

Fingi que nem li a mensagem e continuei penteando meus cabelos.
Ele que espere! -pensei.
Uma ultima olhada no espelho e saí. O coração parecia que batia na garganta. Fiquei torcendo para que ele não notasse meu nervosismo.
Quando cheguei ao portão do prédio notei um carro preto parado logo adiante.
Quando ele me viu, desceu do carro, deu a volta e me esperou já com a porta aberta do lado da carona.
Jesus, que homem lindo! Qualquer mulher cairia a seus pés facinho.
- Olá princesa... você está linda! - me olhou de cima a baixo.
A voz dele me deixa com arrepios, não sei se bom ou ruim... Só sei que não gosto de sentir.