Voltando a capital

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Ele desligou e a vontade de chorar me invadiu. Me segurei pois eu estava na rodoviária e nao queria ser o centro das atençoes ali.

Nao via a hora de chegar na casa da Karen e poder relaxar um pouco, de mente e corpo. precisava me sentir segura em algum lugar e lá parecia ser um bom lugar.

Olhei para os lados procurando algum lugar para comer. encontrei uma lanchonete e entrei nela. pedi um lanche e enquanto estava esperando a mulher preparar, olhei para baixo, mexendo meu suco com a colher, perdida em meus pensamentos.

- Se eu disser que pago seu lanche, ganho um sorriso seu?

Levantei a cabeça assustada e busquei o dono daquela voz tão bonita. Dei de encontro com um par de olhos cinzas intenso, um rapaz muito bonito que sorria para mim.

- Obrigada, mas eu... tenho dinheiro. - Voltei meu olhar para meu suco. Eu nao estava afim de conversar naquele momento, muito menos com alguem que percebi que estava me paquerando.

- Desculpe te atrapalhar, mas é que te vi tão tristinha aqui que decidi que eu deveria vim falar com você. Não sei muito puxar assunto, desculpe se te incomodei,

Senti que eu precisava me desculpar, as pessoas nao mereciam sofrer com meu mau humor.

- Eu que peço desculpas, realmente nao estou muito bem mesmo, mas agradeço pela sua intençao em vir até aqui falar comigo.

Decidi dar uma chance em conhecer um novo amigo, e o convidei a comer algo ali comigo.

- Qual seu nome? - perguntei.

- Lucas e o seu?

Eu ia responder a ele quando meu cel vibrou e recebi uma mensagem. Era do Marcos:

"Você é minha Julia, Minha! Não se esqueça disso."

Coicidencia ele mandar uma mensagem assim bem quando eu estou conversando com um homem? Coicidencia ou nao, só sei que senti um arrepio no corpo inteiro. Olhei para os lados e só via pessoas que nao conhecia. Um medo me invadiu.

- Oi? Você está bem? - disse ele.

- O que? - Voltei os pensamentos para aquele desconhecido. - Desculpe, preciso ir. Lucas né? desculpe Lucas!

Peguei um dinheiro da bolsa e coloquei no balcão junto com meu prato e meu copo vazios. Vi o olhar daquele pobre homem sem entender o que havia acontecido comigo. e realmente nem eu sabia o que estava acontecendo. Saí de lá atordoada.

Procurei pelo onibus que eu iria e dei graças a Deus por ele já ter chego e estava ali parado esperando os passageiros entrarem. Corri até ele e entrei. Sentei e fechei meus olhos. Meu coração a mil.

Cheguei na capital em poucas horas. a Karen estava me esperando na estação.

- Amiga, por onde esteve todo esse tempo? fiquei tao preocupada com você. Achei até que eu tinha feito algo pra você, por isso nao falou mais comigo.

- Karen, sem perguntas, por favor. Irei te explicar tudo quando chegar na sua casa. A história é longa minha amiga. 

Nos abraçamos e depois seguimos em direção a casa dela.

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- Como é que é? - Karen pergunta indignada com o que acabara de ouvir. - Deixa eu ver se eu entendi bem... resumindo tudo, você foi forçada a casar, fugiu dele e agora ele está atrás de você?

- Basicamente isso mesmo. - peguei mais um pouco de café da garrafa e adocei.

- Meu Deus!!! Reamente é coisa de louco isso. Se realmente o que você me contou é verdade, então você está frita, minha amiga. Logo ele irá te encontrar.

- Você acha que eu estou mentindo Karen!!! Por Deus!!! parece que nem é minha amiga.

- Desculpe, mas você sabe que essa história é um tanto bizarra, não é?

- Sim. Essa história pode ser tudo, menos mentira. Tudo é verdade que te contei. TUDO!

- E você está se escondendo na minha casa??? Ai meu Jesuszinho!!! Sou nova pra morrer amiga! - disse brincando mas com um fundinho de verdade.

- Credo Karen, pare com isso. Ele nunca vai me achar aqui. Ele pensa que eu estou no interior ainda.

- Como você sabe disso? Ele deve ter um monte de investigadores atrás de você. Você disse que ele é muito rico nao é?

- Sim. muito! Mas o que posso fazer é rezar, para que meu plano dê certo e ele nao me ache aqui na sua casa.

- Deus te ouça minha amiga.

Terminamos nosso café e fomos assistir novela. Eu detestava novela! Mas como eu sabia que a Karen adorava, sentei com ela no sofá, mas minha mente nem estava na tela a minha frente, mas sim no Marcos. Onde será que ele estava? Será que ainda estava no interior? Ou teria voltado aqui pra capital?

Foi como se meu pensamento o tivesse atraido, pois havia acabado de receber uma mensagem dele.

" Atenda o telefone Julia! Agora! " 

Amante obsessivoWhere stories live. Discover now