#3 - 2008

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Araceli aos 17 anos não queria acreditar no que ouviu na escola! A professora Jules avisava:

- Meus alunos estimados! A nossa escola foi convidada para a celebração anual de Oberon. Vamos estar presentes no início de treinamento dos Guerreiros. Vai ser histórico! É a primeira vez que Oberon convidou gente da nossa Terra para visitá-lo. Não vos vou mentir: estou muito ansiosa e entusiasmada. É a viagem perfeita para concluir o secundário, afinal vocês são finalistas!

...

Ao chegar a casa, a jovem sorriu para os pais:

- Tenho uma novidade fantástica! Se assinarem a minha permissão... Poderei visitar Oberon.

Cosmo não mostrou um sorriso, antes franziu a sobrancelha. Kira sorriu para a menina:

- Filha, é uma viagem cansativa e desgastante. Não sabemos se é boa ideia!

- Mãe, por favor! Eu amo Oberon! Sempre quis visitá-lo e pela primeira vez na história dos dois planetas, humanos da Terra foram convidados a fazer isso mesmo. Porque não posso ir?

Cosmo suspirou:

- Sabes que queremos o teu melhor, Araceli. Jamais impediríamos alguma coisa que fosse boa para ti. No entanto, a viagem será desgastante, como disse a tua mãe. Não podemos ir buscar-te se alguma coisa acontecer. Será muito perigoso.

A jovem ficou desiludida e tentou mudar a opinião dos pais o máximo de vezes que pôde, mas nem um, nem o outro cederam. Então, pela primeira vez na vida, Araceli foi desobediente e falsificou a assinatura do pai para ter autorização para ir visitar o seu planeta favorito.

...

No dia da viagem, Araceli deixou um bilhete aos pais e explicou que os amava, mas tinha um sonho que queria cumprir! Não sabia se algum dia haveria de novo a possibilidade de visitar aquele planeta. Na sua mochila levou o que era mais essencial e não chamou atenção indevida para si mesma devido a ser normal ir para a escola com aquele objeto. A professora achou estranho que os pais não a fossem levar, mas não pensou que isso fosse sinal de desobediência de Araceli. A jovem escapou!

Da Cidade Imperial, facilmente viajaram até Lucra e encontraram o maior laboratório do Distrito. Era algo espantoso para os olhos curiosos de Araceli. Não havia nada que lhe fosse indiferente, tudo parecia vindo do futuro! Era tão belo!

Um homem de óculos grossos recebeu-os e parecia tão ansioso e entusiasmado como eles. Algumas pessoas de todo o país tinham sido convidados a fazer a visita e encontravam-se ali no laboratório em pequenos grupos. Araceli estava com a sua escola e mal podia esperar por saber como seria o planeta dos seus sonhos.

- Vamos viajar de tele-transportador! A nossa mais recente invenção em conjunto com o planeta para onde vamos viajar. Foi testado e é seguro. No entanto, quando chegarmos... vamos precisar dormir muito. - Sorriu o homem.

E as pessoas foram entrando na máquina e desaparecendo, ao chegar a vez de Araceli, ela fechou os olhos, sentiu uma sensação estranha na barriga e ao abri-los estava num corredor grande com vários quartos para que os visitantes descansassem. Dirigiram-na a um deles e ela facilmente adormeceu.

...

Algumas horas depois, a jovem ouviu um género de música que a acordou. Araceli percebe que está em Oberon e salta da cama. Olha-se ao espelho e faz uma trança que cai de lado e mostra o seu cabelo dourado e brilhante. Coloca um pouco de lápis preto nos olhos que fazem os seus olhos mais sedutores e claros. Coloca um batom discreto e sai do quarto para explorar.

O corredor tem grandes janelas que cobrem toda a parede e Araceli vê um mundo totalmente diferente do que está acostumada. Consegue ver duas luas que parecem beijar-se.

Sorri. Pede à professora para passear e a senhora diz-lhe que tem de arranjar mais amigos para irem juntos. Todos os colegas de Araceli estão preocupados em tirar fotografias, então ela parece um pouco aborrecida. Vê que tem seis mensagens dos seus pais e telefona-lhes.

- Araceli? Porque nos desobedeceste?

- Peço muitas desculpas, mãe. Mas é um sonho que tenho de cumprir! Nunca me iria perdoar se não aproveitasse a oportunidade.

- O teu pai está mais do que nervoso, a tensão subiu demasiado e quase ficou no hospital.

- O quê? Lamento muito ouvir isso. Só ficarei por uma semana. E entendo se tiver de ficar de castigo por meses inteiros! Mas... porque ficam tão nervosos por eu querer conhecer Oberon?

- É uma história complicada...

- Mas talvez se me contarem a história, será mais fácil obedecer!

- Araceli... por favor... suplico-te que te mantenhas afastada do palácio Auberon. E afastada dos Guerreiros do planeta. Evita ao máximo a realeza, ouviste bem?

- O pai não quer falar comigo?

- Ele está muito enervado! Será melhor falarem quando chegares. Não te afastes do teu grupo e não te isoles para não ficares perdida.

- Sim, está bem. Desculpem o que fiz, por favor.

- Depois falamos, minha filha. Cuida-te.

Desligaram a chamada e Araceli parecia muito contristada.

...

No grande palácio, a jovem 16 corre feliz por não estar rodeada de rapazes ignorantes e parvos. Consegue desviar-se de várias senhoras que querem voltar a colocá-la no seu "devido lugar" que raio de lugar era esse? Consegue esgueirar-se até ao local dos visitantes. Ela não pode acreditar que à sua frente existem humanos da Terra! Ao longe vê uma rapariga que aparenta ter a sua idade e parece triste. Vai até ela com um sorriso contagiante:

- Olá!

- Olá! - A jovem visitante parece ficar curiosa com 16.

- O meu nome é 16. E tu, quem és?

- Sou a Araceli. Porque vocês têm números como nome? - Perguntou ela de sobrolho franzido.

- Essa é uma pergunta interessante, certo? A verdade é que temos nomes "normais" mas só os revelamos às pessoas que têm a nossa confiança eterna.

- Certo! Compreendo. É uma honra estar em Oberon.

- Mesmo?? Eu amava visitar a Terra! E fugir dos meus irmãos terroristas! - Troçou 16.

- Eu amava conhecer o teu planeta, podes fazer-me a visita guiada? - Araceli aproveitou a oportunidade.

A jovem ficou muito feliz por encontrar aquela curiosa humana terrestre e dirigiu-a pelos intermináveis corredores.

...

Zero estava junto ao seu melhor amigo. Os rapazes divertiam-se como duas crianças. Ambos tinham 18 anos, mas eram muito infantis. Gozavam com tudo e era muito alegres! Iam graduar-se como Guerreiros de Oberon dali a uns dias. A maior parte dos Oberianos tinham cabelos loiros platinados e olhos muito vivos. Mas, 17 tinha o cabelo loiro escuro que fazia o contraste com as suas pestanas negras, espessas e compridas. Os seus olhos não fugiam à regra, à medida que a cor se afastava da pupila a cor ficava mais intensa de um claro mel a intenso verde. Notava-se à distância! As jovens do seu Distritos eram doidas por ele. Zero era como todos os outros rapazes. Cabelo platinado e olhos azuis claros que na parte mais afastada da pupila eram azuis intensos. Era divertido andarem pelo palácio a pregarem partidas a todos.

...

O Rei Zeff ou comummente conhecido como Rei 17.zero parecia nervoso com a graduação daquela turma específica de Guerreiros. Ordenava que todos os pormenores fossem tratados com cuidado e não queria que ninguém interrompesse o momento em que os rapazes iam ser apresentados ao planeta.

*****

O cenário está montado!

17.17 (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora