CAPÍTULO 22

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Aurora

- Céus... aconteceu outra vez...

Olho para tela do computador em estado de choque, seja quem for o responsável por esses roubos, dessa vez resolveu apertar o botão do foda-se e desapareceu com dez milhões da conta da BKS. Me levanto apressada, pego meu celular e envio uma mensagem para Ema, "aconteceu de novo". Saio correndo pelo corredor a procura do Theodore, mas acabo esbarrando em alguém e por pouco não vou ao chão.

- Com pressa? - Um calafrio percorre todo o meu corpo ao ouvir a voz de David.

- Desculpa, eu não vi você.

- Não seria a primeira vez que você não me nota. - Mais uma vez sua voz carrega um sarcasmo macabro. - Quem diria, conseguiu laçar o último sócio da empresa, usando o velho golpe da barriga. Pensei que não fosse uma vadia completa. - Sem pensar duas vezes, estalo um tapa em seu rosto com toda a minha força.

- Nunca mais ouse falar assim comigo novamente. - Começo a me afastar mas sua mão agarra meu pulso com força.

- Você não passa de uma puta que na primeira oportunidade, abriu as pernas para conseguir vantagem. Não finja se ofender por escutar a verdade. - Rosna parecendo transtornado.

- Me solta, agora!

Pouquíssimas pessoas trabalham nesse andar e no momento, me encontro em um corredor completamente deserto. Sinto seus dedos afundarem cada vez mais em minha carne e meus olhos ficarem marejados. Consigo me defender sozinha, mas agora também tenho que me preocupar com o pequeno ser em meu ventre e não sei do que esse lunático é capaz.

- David, me solta. - Peço com a voz um pouco mais controlada.

- Porque? Estamos nos divertindo tanto, acho até que podemos dar um pequeno passeio. - Um sorriso sádico se abre em seu rosto e antes que eu possa gritar, sinto uma forte pancada na cabeça e tudo escurecer.

[...]

Acordo sentindo uma dor dos infernos na cabeça, tento me mexer mas sinto minhas mãos e pernas presas. Abro os olhos com um pouco de dificuldade e leva alguns segundos até minha visão entrar em foco novamente e as imagens do que aconteceu virem á tona. Com a pouca claridade que entra pela pequena janela, vejo que estou amarrada e amordaçada dentro de uma banheira suja e mal cheirosa.

A porta se abre e a luz é acesa, David entra trazendo uma bandeja, com um copo de suco e um sanduíche. Meu estômago revira, o banheiro é ainda pior do que imaginei. O chão e as paredes estão imundas e um cheiro horrível de urina esta impregnado em todo o cômodo.

- Estava vindo te acordar. - Diz com uma voz mansa, enquanto retira o pano da minha boca.

- O que você fez, seu desgraçado?

- Shhh, você não pode ficar nervosa, pense no bebê. - Meu sangue gela. - Não queremos que nada de mal aconteça com o precioso filho do Theodore Sawyer. - Ameaça e eu sinto o pânico crescer.

- Você é doente, me solta!

- Eu acho que não. Veja bem, esse tempo todo tive que me fazer de bom moço, até tentei te convidar pra sair como um cara legal. Mas, você me rejeitou repetidas vezes, deu o golpe do baú no Sawyer e ainda saiu de puritana. Agora, vou usar você para conseguir o que eu quero.

Rendição - Série Domados ▪ Livro 3 (+18) Onde histórias criam vida. Descubra agora