Longos anos já lá vão, na verdade?
Mas permanece a interrogação?
Bem sei da questão da sua idade?
Mas isso não nos pára a imaginação
Quase noventa anos, que bonito!
Tanto que aconteceu desde o dia
Tantas lembraças, amor tão infinito
E o que não foi feito, que nos fugia
De facto, é de um mérito gigante
Partir e deixar um tão belo rasto
Quando até a infanta ou o infante
Conhecem o tempo nunca gasto
Se isto é a santidade, talvez não
Mas que é bem viver, estou certo
Que o tempo aqui não foi em vão
E que nos deixa um caminho aberto
Mais do que um nome ou uma cara
Falo dessa personalidade irrepetível
O tempo parou, avançou e não pára
Mas o brilho no olhar, esse é incrível
Não apenas aquele que ficou cunhado
Mas aquele que agora é testemunhado!
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Apenas alguma poesia
PoetryDiversos poemas que vou escrevendo. Falo um pouco de tudo, acima de tudo sobre a vida e as estradas dela. Não tenho pretensão de ser rígido na métrica, mas aposto na rima.