Capítulo XIII - Rebeldes.

292 59 376
                                    

"O mundo está em pé de guerra. Todas as peças caindo aos pedaços. Tenho que sair enquanto puder. Eu vou nadar, vou me afundar? Eu vou sair vivo? Consigo sair vivo? "

 Eu vou nadar, vou me afundar? Eu vou sair vivo? Consigo sair vivo? "

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

- Feliz aniversário! – Philip e eu gritamos em conjunto ao abrir bruscamente a porta do quarto de Peter e ascender às luzes. Em minhas mãos está um cupcake de chocolate com uma vela de aniversário. Já nas mãos de Philip está um balão do Peter Pan. – Faça um pedido.

A expressão para descrever o cabelo de Peter é ninho de rato. Ainda um tanto sonolento, ele se senta na cama e sorri para nós. Sento-me ao seu lado e ele assopra a pequena vela, que se apaga rapidamente.

No decorrer do caminho para o castelo, não falamos sobre o que havíamos acabado de vivenciar, apenas trocamos poucas palavras. Acredito que seja por causa do choque que sofremos ao voltar para a realidade. Como me odeio por tê-lo envolvido nesse pesadelo, que está longe de acabar.

Foi difícil me despedir de Oliver sem trocar nenhuma palavra, afinal, ninguém poderia saber sobre nós. Nossos olhares se cruzaram antes de partimos em direções opostas, como se suplicassem para nos unirmos em um abraço. Oliver segurou minha mão disfarçadamente e desapareceu na floresta densa.

Notei o olhar de Peter acompanhar Oliver e não faço a mínima ideia do que pode ter se passado na sua mente, mas não ousei tocar no assunto. Quando chegamos ao castelo, consegui convencer Peter há ir descansar, enquanto eu iria cuidar dos assuntos do pergaminho.

Os caçadores reais se prontificaram em descobrir o que era aquele pergaminho e o que ele continha por trás de suas escrituras. O pergaminho foi escrito em uma língua que eu nunca havia visto. Não era latim ou alguma outra familiar para mim.

Deixando o pergaminho no domínio dos caçadores, onde ele ficará seguro, me dirigi ao quarto de Philip. O mesmo me confirmou que a meia-noite seria o aniversário do Peter. Isso mostra como o tempo criado por Bakhel era diferente do nosso. Ainda faltavam minutos para a meia-noite e iríamos celebrar o aniversário de Peter, mesmo em cima da hora. Nenhum aniversário passa em branco quando se tem a Wendy!

Não preciso dizer que a ideia do balão do Peter Pan foi dele. Não tínhamos tempo para acordar os cozinheiros ou tentar fazer um bolo simples, por isso, pegamos o primeiro doce que encontramos na cozinha e improvisamos uma vela.

- Não precisava de tudo isso, herdeiros. – Peter parece tão contente com a pequena surpresa que fizemos e isso com certeza me deixa mais feliz. Meu coração se aperta quando lembro que não compramos presentes. Ops!

- O que você pediu? – Naquele exato momento, Philip prende o balão em cima da cabeceira da cama de Peter.

- Não pode falar! – Empurro Philip para o outro lado da cama. Confesso que estou um pouco curiosa para saber qual foi o pedido de Peter. – Você já fez muito por nós, Peter. Isso é só uma pequena parte da nossa retribuição.

Lua PrateadaWhere stories live. Discover now