[14]

11 4 0
                                    

Eram apenas cinco da manhã quando alguém batia as portas da escola de feiticeiros. Todos adormeciam e descansavam mas a mão insensante e desesperada insistia na madeira daquele local.

Não demorou para Raven pegar seu roupão de cetim e coloca-lo para ir mais apresentável até a porta. Como prevenção pegou uma adaga que estava em cima de seu criado mudo e escondeu dentro de seu roupão, próximo a cintura.

A instituição, assim como todos os locais protegidos por feitiços, era invisível mediante olhos humanos, então somente um ser sobrenatural poderia estar as portas.

Raven chegou até a madeira e abriu a mesma apenas o suficiente para que sua cabeça saísse.

A pessoa do lado de fora levou um pequeno susto pela repentina abertura.

- Olá, esta é a escola de feiticeiros que abriga as filhas de Stefan?

Raven assentiu.

— Eu sou um Elementar — O garoto retirou o capuz do moletom cinza e seu rosto ficou visível. Pele branca, rosto fino, cabelos escuros, olhos cinzas. — Meu nome é Louis e vim em nome de toda Praetor, pedir ajuda. Nosso povo está passando por um momento de dificuldade tremenda, o reino sufoca a todos e nada mais pertence a nós, soubemos que as filhas de Stefan ainda estavam vivas e comemoramos por achar que elas nos ajudariam mas nada ainda aconteceu e o povo precisa de ajuda. A seca está batendo na porta, as terras estão morrendo e não temos conexão com nenhum outro país mundano para pedir ajuda.

Raven segurou no tecido do moletom do rapaz e o puxou para dentro da instituição, fechando a porta do local em seguida.

— Está tão crítica a situação lá? — Perguntou retirando a adaga da roupa e colocando sobre uma mesinha que segurava um jarro próximo a porta.

O garoto assentiu e olhou desconfiado para a arma. Raven foi do olhar do jovem até a adaga e deu de ombros.

— Estava apenas me precavendo, nunca sabemos se é o inimigo batendo a porta.

O jovem assentiu e abaixou a cabeça.

— Você já comeu alguma coisa hoje?

O rapaz negou.

— Venha, siga-me. — Pediu a mulher enquanto ia andando pelo corredor.

O garoto ficou momentaneamente parado admirando o corpo da mesma, porém sacudiu a cabeça e a seguiu assim que saiu do transe.

[•••]

As coisas estavam um pouco quentes no quarto de Alicia. Ela é Kissya haviam acordado no meio da noite apenas por estarem sem sono e conversavam normalmente, como sempre faziam em suas madrugadas de insônia, porém a conversa foi a outros rumos mais quentes e então as duas começaram beijos agitados e repletos de desejos.

Os corpos se friccionavam e se conectavam perfeitamente. Mesmo com toda roupa já era possível ouvir arfares entre beijos e as mãos já estavam inquietas demais.

Kissya segurava firme a camisa de Alicia enquanto Alicia, por sua vez, apertava com vontade as nádegas de Kissya. Ambas desejavam aquilo a tempo demais para demorarem muito, então logo as mãos estavam lutando desengonçadas para arracarem as peças de roupas. Mas como já estava sendo corriqueiro, alguém bateu na porta.

Kissya arregalou os olhos e se afastou de Alicia, um pouco ofegante.

— Não é possível, meu Deus — Alicia suspirou exasperada e repousou a cabeça no peito de Kissya.

Os Elementares: Perdidos Where stories live. Discover now