CAPITULO CINCO

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—CHER—


Nunca imaginei que diria isso, mas, até o fim do curso eu vou enlouquecer! Não imaginei que era tanta coisa, minha primeira aula do dia foi sobre direção, o professor Norton, fez com que fizéssemos muitas anotações no livro, e pediu para que a gente assistisse filmes com versões apenas do diretor, para termos uma ideia sobre como dirigir, foi a hora em que mais me animei sobre direção. Minha segunda aula foi de produção pratica e foi bem legal saber mais um pouco sobre essa aérea, que é algo que eu sempre gostei muito, produzir infinitas coisas.

Mais tarde tive aula de roteirização, e pelo visto eu era de longe a pessoa mais animada, porque fui a primeira aluna a chegar na sala. Me sentei em uma das cadeiras vazias do lado esquerdo mais a frente, e coloquei minha bolsa no chão. Coloquei meu material em cima da carteira, enquanto um outro aluno entrava na sala, e eu colocava meus óculos de grau.

— Tem alguém sentado aqui? — Ele aponta para a cadeira ao meu lado, e respondo que não com a cabeça. — Posso me sentar do seu lado?

— Fique à vontade. — Respondo com um sorriso. —Acho que somos os mais ansiosos por essa aula. — Digo assim que se senta ao meu lado.

Ele sorri.

— Provavelmente. — Coloca sua mochila no chão. — Me chamo Angus. — Diz esticando a mão para que eu a pegue.

— Cherilyn... Mas pode me chamar de Cher. — Damos um aperto de mão. — Acho que provavelmente essa será uma das minhas aulas favoritas, adoro escrever. — Ele se vira para mim.

— Serio? — Afirmo com a cabeça. — Eu gosto mais da parte de direção e fotografia.

— Gosto de fotografia também. — Digo a ele. — Acho simplesmente fascinante conseguir captar cores e sentimentos com imagens.

— Você tem uma câmera? — Balanço a cabeça em negativa. — Você vai precisar.

— Tudo bem, eu vou tentar comprar uma. — Bufo. — Eu só não sei mexer.

— Não tem muito mistério. E relaxa que você vai aprender rápido.

A sala vai se enchendo pouco a pouco, até que a professor entra na sala de aula.

— Ei gente, me sou a professor Williams, e vou ensina-los a roteirizar um filme. — Diz colocando sua bolsa em cima da mesa. — Antes de tudo, queria perguntar aqui, quem já escreve ou já escreveu alguma história? Seja ela um conto ou não.

Levanto a mão.

— Senhorita...?

— Mendes. Cherilyn Mendes.

— Então você já escreve? — Concordo com a cabeça. — Você explicar como é seu processo criativo? Como surgem as suas ideias?

Limpo a garganta.

— Em sonho. — E vejo todo mundo cair na gargalhada.

O interesse nos olhos do professor Williams, é visível, e ele pede que a sala fique em silencio, apenas fazendo gestos com as mãos.

— Pode explicar como acontece? — Mexe seus óculos de grau, fazendo com que eu mexa os meus.

— Eu tenho um sonho, não sei quem são as pessoas, nunca as vi na verdade. — Respiro fundo me sentindo desconfortável por instante. — E aí acontecem algumas coisas no sonho, e quando acordo, a história fica minha cabeça, e geralmente eu começo a escrever um prologo, e então quando vejo, escrevi toda uma história. — Dou de ombros.

Sob o céu de Manhattan: Preciso dizer que te amo || LIVRO1Where stories live. Discover now