Sob o céu de Manhattan: Preciso dizer que te amo || LIVRO1

CAPITULO TRINTA

— CHER—

Depois do que tinha acontecido entre mim e Lucas ontem, algumas lacunas haviam sido preenchidas, mas muitas outras haviam se formado, mas não queria pensar muito nisso, quero tê-lo do meu lado, esses últimos dias sem ele, me deixaram doentes, eu mal comi, e se tem algo nessa vida que eu amo, é comer.

Lucas roncava baixinho, estava apenas com sua cueca box preta, e a coberta mal cobrindo suas coxas grossas, não queria acorda-lo, mas o impulso incontrolável de toca-lo era maior, e então levei minha mão direita em suas costas nuas, e fiz leves círculos com os dedos, e para apreciar suas costas largas, era uma visão maravilhosa, haviam alguns arranhões recentes, culpa do nosso sexo de reconciliação, sigo meus dedos em seu braço seguindo sua veia grossa até a tatuagem de andorinha, ele era uma tentação quando estava vestido, e ainda mais nu, tive que me segurar para não acorda-lo e transar com ele, porque tinha alguns planos agora de manhã, levo minha mão em seu rosto e afasto seus cachinhos de seu cabelo castanho que cobriam sua testa e acaricio seu rosto com os dedos, e vejo que sua expressão facial muda para um sorriso. Ele está acordado? Me aproximo dele e beijo sua testa, e ele sorri de novo, mas volta a roncar baixinho. Não, está dormindo. Me levanto devagar da cama sem fazer barulho e visto minha calça jeans, e coloco minhas botas, procuro meu sutiã e o acho caído perto da caixa cheia de coisas quebradas, e engulo seco me sentindo culpada por ele ter quebrado seu violão. Visto meu sutiã, e decido usar a camisa branca que ele estava ontem, vou até ele, e beijo sua boca de leve, rezando para que ele não acorde, o que para minha sorte acontece e ele continua dormindo.

— Eu volto logo, meu amor. — Sussurro e beijo sua testa.

Saio de seu quarto decidida, e vou até o meu quarto abro a porta devagar e percebo que bob está dormindo, e que há alguém com ela, mas não vejo quem é apenas pego minhas chaves do Comet e desço. Era uma manhã agradável de sábado, o sol estava tímido, mas não fazia frio em Manhattan, estava um clima agradável, o que era bom, já que o teto do Comet estava abaixado. Movida pela culpa, e porque amava ver meu lindo menino de olhos dourados tocar, estaciono meu carro um pouco antes da Pizzaria Domino's, e sigo a pé até a loja de instrumentos musicais, entro e um atendente de olhos azuis me cumprimenta com um sorriso no rosto.

— Bom dia, no que posso ajuda-la?

— Bom dia. — respondo com um sorriso. — Eu quero comprar uma guitarra.

— Você tem preferência em algum estilo? — Tento me lembrar sobre uma conversa que Lucas e eu tivemos sobre instrumentos musicais que gostaríamos de ter, e me lembro dele falando que gostaria muito de comprar uma guitarra stratocaster, das que o John Mayer usava.

Levo meu indicador a minha boca.

— Você por um acaso teria alguma stratocaster? — Ele concorda com a cabeça e eu continuo. — Digo, a signature stratocaster do John Mayer... — Ele olha para mim com dúvida. — É para o meu namorado. — Ele abre a boca num "Ah".

— Você tem preferência por cor?

— Traz a clássica, preta com sombreados laranja e vermelho.

Ele some para dentro de uma porta, e eu mantenho minha atenção nos instrumentos expostos e um piano de parede me chama atenção, me sento nele, e começo a tocar consequences de Camila Cabello, e não percebo que já estou cantando.

— Loving you was dumb, dark and cheap, — essa música dizia tanta coisa... — Loving you still takes shots at me — tento segurar minhas emoções. — Found loving you was sunshine, but then it poured and I lost so much more than my senses — respiro fundo. —'Cause loving you had consequences...Loving you... — Finalizo e sou aplaudida por algumas pessoas que estavam na loja, me deixando totalmente constrangida.