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Emanuely ♊

Jogava todas minhas roupas com raiva naquela mala preta. Quem ele pensa que é pra chegar na minha casa e querer por moral? Que fique bem claro que eu só tô indo porque eu não tenho escolha nenhuma. A verdade é que eu já tinha medo antes e agora tô com mais medo ainda. Todo mundo sabe que o Muralha é capaz de tudo, tenho medo de algum dia ele chegar a me bater e prejudicar meu filho. Termino de arrumar minhas coisas pego a mala colocando ela na mão, já que fazia muito tempo que eu tinha ela e suas rodinhas não rodavam mais . Ando lentamente em direção a sala e vejo Muralha sentado no sofá fumando um cigarro que acredito que seja de maconha

- Credo, deixa pra fumar isso em outro lugar  - faço cara de nojo. Ele apenas me encara jogando o cigarro pela a janela.

- Tu demorou pra uma porra - Fala impaciente.

- Tava incomodado? Ia embora sozinho

- Eu vou fingir que não escutei isso. - Diz calmo-  Me dá a mala - estica a mão em minha direção.

- Eu posso muito bem levar ela sozinha- quando termino de falar a mala escorrega na minha mão quase caindo, mas eu consigo segura-la

- Tô vendo - diz irônico- Anda me dá logo essa mala - olho pra ele com raiva e jogo a mala em cima dele, o mesmo que a segura com facilidade, reviro os olhos e saiu de casa deixando a porta aberta pra ele sair.

- Tu tá de moto? - pergunto

- De avião é que não tô

- Nossa como você é engraçado, nunca pensou em trabalhar em circo não?

- Até ja, mas não queria acabar com a graça dos outros palhaços. - reviro os olhos e espero ele ligar a moto. Ele coloca a mala no chão e sobe em cima da moto, depois pega a mala novamente e liga a moto, mas, fica parado - Da pra bela madame subir logo ou tá difícil? - Não falo nada e subo em cima da moto com um pouco de dificuldade, já que ela era meia alta.

Ele da partida e corre sobre as ladeiras do morro, eu já não considero isso como velocidade e sim como tentativa de assassinato. Me seguro forte nele, tava com muito medo de morrer, na velocidade que ele tava correndo não duvido nada da moto sair rolando por ladeira abaixo. Chegamos em frente à casa dele e eu já tava agradecendo ao Senhor por ta viva. Desco da moto junto com Muralha que vai na frente carregando a mala nos bracos.

Olho ao em volta da casa e era perfeitamente linda a vista daqui (Já que da última vez que vim aqui não deu pra reparar tanto), dava pra ver a favela toda junto com o por do sol que estava meio rosa com laranja. Era perfeito! Acabo sorrindo com aquilo

- Ou vai ficar parada e sorrindo do nada ai como uma retardada? - uma voz grossa me tira do meu transe. Olho pra ele que estava no pé da porta me encarando e negando com a cabeça. Ele entra na casa e eu o acompanho. Olho pro sofá e faço careta lembrando daquele dia

- Tá querendo usar o sofá novamente safada? - Fala irônico

- Eu já te falei o quanto eu não te suporto - ele se aproxima de mim largando a mala no sofá.

- E eu já te falei o quão tu fica gostosa quando tá com raiva? - Ele se aproxima do meu rosto, fazendo a gente ficar centímetros de distância. Ele me encara e vira pro lado. - Me acompanha - Pega a mala do sofá e vai subindo as escadas em passos largos

- Babaca - sussurro

- Eu ouvi isso em - subo as escadas acompanhando ele que já estava lá em cima seguindo aquele enorme corredor. Ele para em frente uma porta preta e abre entrando no quarto que havia lá

- É o seguinte é aqui que tu vai dormir belê? - adentro no quarto e puta que pariu o quarto se brincar era maior que minha casa toda.

- Eu vou dormir só né?

- Claro, eu não vou vim te atacar a noite não, só se você pedi - Fala malicioso e eu do dedo pra ele

- Nem nos meus piores pesadelos eu vou pedir pra dormir contigo

- Então quando a gente fez esse bacuri ai tu tava sonhando?

- Claro que não, ai, seu idiota

- Fica a vontade ai, vou terminar de resolver umas coisas na boca e depois volto.

- Agora? Mas já tá anoitecendo.

- Tenho hora pra largar o trampo não. Se cuida aí - apenas assinto. Olho ao redor do quarto, olhando cada detalhe que havia ali. Tiro meu celular do bolso, tento ligar mas ele tinha descarregado totalmente. Pego minha mala que tava do lado da porta e a coloco em cima da cama de casal que tinha ali.

Abro a porta do guarda roupa branco que estava do lado da cama mas em uma distância boa. Era um guarda roupa branco, mas que tava quase marrom, parece que não via um espanador a um bom tempo. Abro a mala retirando todas minhas roupas apenas deixado uma calcinha e pijama azul e coloco o resto dentro do guarda-roupa, eu não tinha muitas roupas então foi fácil pra arrumar. Tiro meu carregador do bolzinho da mala e coloco meu celular pra carregar em uma tomada do lado da cama.

Colco o celular em cima do criado mudo e pego minha calcinha e meu pijama azul e vou até uma porta que suponho que seja o banheiro. Abro a porta e Bingo!. O banheiro era um pouco grande, com cerâmicas beges nas paredes e pisos. O box preto e largo estava meio aberto. Retiro minha roupa jogando em um sextinho cinza que havia do lado da privada. Entro na parte do chuveiro e lá tinha, shampoo, condicionar e vários sabonetes tanto líquido como em barra.

Ajusto a temperatura do chuveiro pra médio, já que estava fazendo um pouco de frio. Tomo um banho demorado e depois coloco meu pijama e calço meus chinelos, enrolo meus cabelos na toalha e saiu do banheiro. Tomo um susto quando vejo Muralha deitado na cama comendo um salgadinho junto com pipoca, e assistindo TV

- Que susto menino - coloco a mão no coração - ele me encara, mas depois volta o deu olhar pra televisão onde tava passando Thor Ragnarok

- Tá devendo e fia? - Coloca um salgadinho na boca e não tira os olhos da televisão.

- Tu não ia só chegar "mais tarde" - faço aspas

- I fia essa eu chego a hora que eu quiser a casa é minha ruiva

- Não tá mais aqui quem falou - faço sinal de rendição. Abro minha mala novamente e retiro meus cremes de lá. Pego meu creme pras pernas e passo em forma de uma massagem. Guardo os cremes dentro do guarda roupa e fico encarando muralha que parecia uma criança encarando a Televisão

- Que foi?

- Nada ue, tá tão calmo prestando atenção, que  nem parece que é um ogro e que tem um morro pra comandar

- La vem com as noias. - revira os olhos - Vem deita aqui- Fala dando espaço na cama

- Eu? - arregalo os olhos

- Tá vendo outra pessoa aqui no quarto Karalho

- Tô

- Quem? - pergunta confuso

- Você- faço cara de deboche

- Bem engraçadinha você né - Dou um sorriso - Vem deita logo aqui antes que eu perca a paciência Karalho

- Pedindo desse jeito não tem como rejeitar né- Descruzo os braços e me deito do lado dele.

Desejo de posse (Morro) {Concluída}Where stories live. Discover now