Ano 3.000

Capítulo I

- Aqui é o Capitão Flavio para nave, requisitando materialização em 3, 2, 1... - as luzes da nave oscilaram, e um robótico som abafado ecoou pelos longos corredores.

Passando por um corredor largo, onde três listras luminescentes guiavam à uma sala repleta por cápsulas apoiadas nas paredes. De uma delas uma densa luz começou a brilhar materializando o corpo de um homem negro de barba e cabelos raspados, trajando uma robusta armadura branca com uma medalha dourada gravada sobre o peito direito. A cápsula abriu no momento que os pulmões se encheram de ar e os olhos abriram. Uma bela mulher negra, vestida com um macacão azul e branco, o esperava logo em frente da cápsula com o holograma de uma tela em sua frente mostrando os dados do Comandante Flavio, que enfim se levanta da maquina retirando o capacete.

- Olá Lucy, relatório. - o comandante cumprimentou.

- O planeta parece estável, forma de vida complexa, ainda sem tribos ou qualquer forma de civilização. Vírus e bactérias são as maiores ameaças para habitação humana. - Diz Lucy enquanto faz a leitura dos dados transmitidos pela tela.

Lucy faz parte do sistema de inteligência artificial da nave, transmitida por holograma de alta definição; Flavio a fez com a imagem de sua esposa, que morreu a pouco mais de cem anos.

Comandante Flavio caminhou para fora da sala de transporte, passando por alguns corredores até chegar à ponte de comando. Sentou-se na aconchegante poltrona no centro, tentou admirar as estrelas através de um janelão que abrangia cento e oitenta graus da arredondada sala, mas a visão externa era impedida por painéis metálicos. Em frente a poltrona do comandante, em um nível mais baixo, havia mais cadeiras, estas reservadas aos auxiliares.

Flavio estava tremendamente feliz em estar de volta.