XXXVI -Alícia

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Ela não estava nervosa. Não conhecia ninguém, não conhecia terminologia nenhuma e mal conhecia o mapa da província de Tâmara, mas sentia-se confiante. Alícia conseguia dar ordens para alguns batalhões. Ou sabia tentar. Faria pela segurança de Tâmara, a proteção da província e por seu irmão. Riley acreditava nela. Não na profecia da rainha, nem em Isabelle DiPrata, mas em Alícia Weis, sua gêmea baixinha. Ela estava impaciente, esperando que todos ficassem em silêncio. Por mais que, vestindo aquele macacão verde escuro desenhado pela princesa esecialemtne para ela a fizesse sentir importante, ela não conseguia impor-se.

A sala de reunião que costumava a pertencer a Gary DiPrata lembrava muito a diretoria da Escola Preparatória da Província de Tâmara. Tinha plantas suculentas em vasos pendurados, escrivaninhas muito bem organizada e tons brancos na parede. A mesa no meio da sala tinha um mapa e quatro pessoas em volta dela. Três soldados e Ana Vitória Alberton. Um dos soldados Alícia conhecia pois era chfe da guarda pessoal da princesa. O mais velho era o coronel favorito de Gary, e o mais novo um sargento. Eles não estava entendendo a mudança súbita na chefia do exército da terra, e tudo o que Ana Vitória havia dito era que eram ordens da rainha. Estavam preocupados por não confiarem tanto em uma adolescente, por mais que conhecessem seus feitos e sua lealdade à princesa. Tâmara havia expressado seu medo de que seus homens se rebelassem e deixassem-a desprotegida. Mas Alícia acreditava na lealdade deles também. E sabia que, se preciso, a rainha emprestaria soldados ou os faria voltar para sua irmã. Quando todos finalmente acalmaram-se, ela pôde falar.

-Argia precisa de ajuda na província dos elfos. O general Simão e eu prometemos ajuda. Alguém que os guie, é só isso. Quero que o Sargento vá –ela apontou para o mais novo. O homem deu de ombros e anuiu.

-E já devem estar sabendo dos ataques em Tamires –disse Vitória, ajudando a menina. –Vamos precisar de mais homens e mais armas nas cidades grandes.

-Afinal de contas, o que são esses ataques? –o mais velho perguntou. –É mesmo o que estão dizendo? A guerra, os confrontos...

-Não sabemos, mas eu acho que não –respondeu Alícia. –Temos uma prisioneira com a rainha e esperamos pegar alguma informação com ela.

-E por que acha que não? –ele desafiou, apoiando-se na mesa que separava a menina dos soldados. –O que Tabata está esperando, afinal? Será que ainda não tem gente aterrorizada o suficiente do seu lado?

-Vida –a menina disse simplesmente. –Ela está esperando estar viva o suficiente para pegar a coroa de sua irmã. E pelo jeito está perto. O que importa é proteger Tâmara, não exatamente lutar contra Tabata. Quando tivermos que enfrenta-la verdadeiramente, o faremos.

A porta daquela sala foi chutada por fora, e a princesa da terra, furiosa, irrompeu por ali aos gritos.

-Ela está aqui, no interior! Em minha provícnica, aquela cobra –a princesa gritou. –Alguém faça alguma coisa antes que eu mesma vá até lá amassar algums pessoas vestidas de negro.

-Vá até os elfos antes que sejam atacados e morram todos por falta de proteção. Procure por Reycaryn, ou Ellie –Alícia agitou-se e arrumou suas facas no bolso, referindo-se ao sargento. –O coronel vem comigo e os outros tomem conta da princesa.

-Onde você vai, Alícia? –Tâmara perguntou, com as sobrancelhas fanzidas.

-Eu quero ver –ela respondeu.

A marca no braço da menina capitava insegurança vinda da princesa, e ela pegou-se hesitando sua decisão de sair do castelo. Ela nunca vira Dave realmente lutando contra a marca com Thaila quando ainda a tinha no braço, antes de morrer por Bia. Tudo o que ele fazia antes de deixa-la soinha no Castelo de Vidro e ir enfrentar alguma coisa era beijar-lhe a testa. Mas Alícia não estava confortável em fazer o mesmo com Tâmara. Ela segurou a mão dela, ao invés disso, e prometeu que voltaria logo com o olhar.

Érestha -Castelo de Ilusões [LIVRO 5]Donde viven las historias. Descúbrelo ahora