breathe

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Resolvi chamar Kim Taehyung de novo para um interrogatório, tínhamos muito o que esclarecer depois de tudo que Chanyeol havia dito e mostrado.


O melhor amigo da vítima chegou por volta das 7:30, e logo comecei a fazer perguntas a ele e explicar o que estava acontecendo.

- Antes que você possa falar qualquer coisa, preciso te dizer que eu conversei com Park Chanyeol, ele me disse que você fazia coisas ruins para Minyoung, como dar em cima dela, mandar nela ou até gritar, e que você costuma frequentar muito o Ellui. Além disso, consegui confirmar o álibi dele, e o seu não. Na lista de entrada do Ellui tinha o seu nome, mas com horário de saída as 23h, sendo que o assassinato ocorreu 30 minutos depois disso. Ainda não temos nenhuma prova concreta de que foi você, mas se encontrarmos, você será preso.

- Ai meu Deus - ele falou pausadamente - como isso foi acontecer comigo? Como ele pode dizer uma coisa dessas de mim? Ele não passa de um mentiroso, sabia? E agora é um mentiroso que vai arruinar a minha vida com algo que eu não fiz.

Lágrimas escorriam em seu rosto, e ele realmente parecia estar indignado, ainda não acho que tenha sido ele, mesmo que tudo indique ao contrário.

Ele começou a respirar fundo e fazer gestos com as mãos sem parar e bater os pés no chão, que eu não entendia o por que, mas logo tudo fez sentido: ele tinha ansiedade.

- Tudo bem, respire fundo e se acalme. Me conte por que ele é um mentiroso e diga por que devo acreditar que você não a matou, e eu tentarei lhe ajudar.

- Park Chanyeol era um inferno para Minyoung, na frente dos outros ele era um anjo e sempre que ficavam sozinhos em casa ele batia nela e falava coisas ruins. Era um relacionamento abusivo, mas eu nunca pude fazer nada. Ele quase a matou um dia, quer dizer, agora ele conseguiu o que queria, mas ele mal deixava ela ir me visitar, e quando ela conseguia, podia ficar pouco tempo,mas me contava tudo que ele fazia. Eu ficava com remorso por ela, tinha vontade de bater naquele cara ou até mesmo denunciá-lo, mas ele não deixava.

- Tudo bem, espere...a autópsia do corpo não saiu ainda, mas ela tinha hematomas?

- Sim, ela sempre ficava cheia deles, pelo corpo todo.

- Se conseguirmos provar o que ele fez, e mostrar os hematomas logo que sair a autópsia, você provavelmente vai se safar, isso se realmente você estiver me contando a verdade.

- Pode acreditar em mim, de verdade. Eu conhecia Minyoung desde pequeno, sempre fomos melhores amigos. E dar em cima dela? Cara, eu sou gay.

- Tudo bem, mas você vai precisar de um advogado - falei rindo da empolgação de Taehyung, ao descobrir que tinha uma chance de dar tudo certo.

- Obrigada, de verdade, muito obrigada! Acho que você é o policial mais legal que eu já conheci - ele falou rindo e me abraçando.

Eu não podia estar abraçando um suspeito de assassinato, era contra as leis. Mas eu não queria parar, e muito menos estragar sua felicidade.

Era um sentimento estranho que surgiu do nada, logo que ele deu o primeiro sorriso. Seu sorriso quadricular era angelical, não sabia dizer se ele não era um anjo mesmo.

the killer | taekookWhere stories live. Discover now