O início do fim

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POV Lotte

Tenho um pressentimento de que hoje será diferente, acordei agitada e ouvindo sussurros, vários nomes sussurrados em meu ouvido e muito deles conhecidos. Sei que as coisas estão prestes a mudar drasticamente, mas tenho que continuar com o meu dia. Tomar conta de Teddy, passar um tempo com os gêmeos e as meninas, vê-los rir e tentar rir junto, ninguém pode saber o que realmente está acontecendo.

— Você está bem? – pergunta Fred sentando-se ao meu lado.

Era o inicio da noite, eu estava sentada na sala sozinha, encarando a lareira e esperando por um sinal, um sinal de que estava na hora de agir.

— Não – respondo honestamente – Mas vou ficar, sempre fico – falo soltando um suspiro cansado.

— Algo vai acontecer, não é? – ele pergunta – Você está agitada desde que acordou, percebi isso.

— De amanhã não passa – afirmo – Amanhã, ou ganhamos ou morremos.

— Posso te pedir um favor? – ele pergunta após uns segundos de silencio.

— Claro – falo segurando a sua mão.

— Se eu morrer – ele diz respirando fundo – Prometa que cuidará de Jorge e Rony, eu sei que eles vão sofrer e chorar, sei que será difícil para todos eles, mas Jorge e Rony são mais próximos a você e precisarão de colo. Prometa que cuidará dele e que irá lembra-los o quanto eu os amo e que ficarei de olho neles.

— Por que quer que eu prometa isso? Por que agora? – pergunto com lagrimas nos olhos;

— Porque é como você disse, de amanhã não passa – fala – E eu sei que posso muito bem morrer amanhã, sei que não vai me dizer se vou morrer ou não, então eu preciso de alguém que me prometa isso, assim, se eu morrer, morrerei em paz.

As lagrimas desciam descontroladamente, abraço o ruivo ao meu lado com todas as forças, sabendo que de certa forma deixei claro que ele não sobreviveria. Fred corresponde o abraço e começa a chorar, finalmente percebendo que estava certo.

— Eu prometo – respondo quando consigo controlar o choro – Vou cuidar deles e os lembrar o quanto você os ama.

— Obrigado – fala voltando a me abraçar.

*** 

Quando todos estavam indo dormir, me deixando na sala sozinha, iluminada apenas pela luz da lareira, um patrono em forma de corça aparece na minha frente. Estava na hora, Harry já estava no castelo, eu poderia aparatar e encontrar o meu padrinho. Rapidamente escrevo uma nota dizendo que tinha uma missão e aparatei.

A sala da direção continuava a mesma, a única diferença era o quadro de Dumbledore na parede. Meu pardinho encontrava-se em frente à mesa conversando com o quadro.

— Severo – falo correndo ao seu encontro.

O abraço com todas as minhas forças e ele, inesperadamente, me abraça de volta com a mesma intensidade.

— Potter já está no castelo e o Lorde das Trevas já foi avisado – ele me diz se afastando – Precisarei entrar em ação logo para não criar suspeitas, fique aqui e apenas saia quando tiver certeza de que fomos expulsos, entendeu?

— Sim – falo assentindo.

— Antes que eu vá, eu só preciso saber, saber se... seu eu irei... – vejo medo em seus olhos.

— Você irá – falo tentando não chorar – Mas antes, você precisa saber que foi perdoado por seus erros, que Lily te perdoa, ele realmente te perdoa – falo.

La bataille finaleWhere stories live. Discover now