Um mundo melhor

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Pov Autora

Harry Potter estava morto.

Morreu em batalha, dando a sua vida para salvar outras. Morreu como o herói que foi a sua vida inteira.

Harry Potter não foi o único a morrer para que o Lorde das Trevas fosse derrotado. James e Lilian Potter morreram para que o seu filho tivesse a chance de salvar o mundo. Sirius Black morreu para salvar o menino que sobreviveu. Remo Lupin morreu lutando por um mundo melhor para o seu filho, Tonks, sua esposa, morreu com o mesmo objetivo. Fred Weasley morreu lutando por sua família. Allison Argent morreu para salvar seus amigos. Maya Benoist sacrificou-se por um mundo melhor. Severo Snape doou sua vida para acabar com Voldemort e no final, estava morto. Todos morreram para derrotar aquele-que-não-deve-ser-nomeado, morreram por um mundo melhor.

— Harry Potter está morto. Foi abatido em plena fuga, tentando se salvar enquanto vocês ofereciam as vidas por ele. Trazemos aqui o seu cadáver como prova de que o seu herói deixou de existir. – a voz de Tom Riddle ecoava na cabeça de todos – A batalha está ganha. Vocês perderam metade dos seus combatentes. Os meus Comensais da Morte são mais numerosos que vocês, e O-Menino-Que-Sobreviveu está liquidado. A guerra deve cessar. Quem continuar a resistir, homem, mulher ou criança, será exterminado, bem como todos os membros de sua família. Saiam do castelo agora, ajoelhem-se diante de mim e serão poupados. Seus pais e filhos, seus irmãos e irmãs viverão e serão perdoados, e vocês se unirão a mim no novo mundo que construiremos juntos.

Aquilo só havia deixado a garota, que antes chorava a perda de seus amigos, furiosa. Ela levantou-se em um pulo, assustando o moreno que a abraçava, e seguiu para a entrada do colégio, sendo capaz de ver a chegada de Lord Voldemort e seus comensais, junto a eles vinha Hagrid, que carregava um Harry desacordado em seus braços. A ruiva nada fez, apenas encarou o corpo do homem que amava, incapaz de chorar, era como já tivesse esgotado todas as suas lagrimas.

Mas Harry estava ali, vivo, ciente de tudo o que estava acontecendo, ciente de que a mulher que ama estava o encarando. Parte dele esperava que ela soubesse que ele estava vivo, que não tivesse sentido a morte dele, que estivesse esperando-o acordar e fazer algo.

— NÃO!

O grito foi terrível porque jamais esperara ou sonhara que a professora McGonagall pudesse emitir tal som. Ouviu uma risada de mulher ali perto, e percebeu que Belatriz exultava com o desespero de McGonagall. Ele tornou a espreitar por um segundo, e viu a entrada começar a se encher de gente, à medida que os sobreviventes da batalha saíam aos degraus, para encarar os seus vencedores, e constatar, com os próprios olhos, a realidade da morte de Harry. Viu Voldemort parado um pouco à frente dele, acariciando a cabeça de Nagini com um dedo branco. Ele fechou os olhos outra vez.

— Não!

– Não!

– Harry! HARRY!

As vozes de Rony, Hermione e Malia foram piores que as de McGonagall; tudo que Harry queria era gritar em resposta, manteve-se, porém, deitado e calado, e os gritos dos amigos tiveram o efeito de um gatilho, a multidão de sobreviventes se uniu a eles, gritando e berrando insultos para os Comensais da Morte até...

— SILÊNCIO! – exclamou Voldemort. Em seguida, um estampido, um forte clarão, e o silêncio se impôs a todos. – Acabou! Ponha-o no chão, Hagrid, aos meus pés, que é o lugar dele!

Harry sentiu que Hagrid o pousava na grama.

— Estão vendo? – disse Voldemort, e Harry sentiu-o andando de um lado para outro, paralelamente ao lugar em que ele jazia. – Harry Potter está morto! Entenderam agora, seus iludidos? Ele não era nada, jamais foi, era apenas um garoto, confiante de que os outros se sacrificariam por ele!

La bataille finaleWhere stories live. Discover now