17º Capítulo

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ELLIE

Começamos nossa jornada rumo a próxima cidade, Danilo diz que chegaremos em mais ou menos 2 semanas. Cristian está muito calado desde a cachoeira, será que ele me ouviu falando com Danilo?

-o que você está pensando? ouço a voz de Danilo e olho em sua direção.

-nada.digo. -só estou olhando a vista.

-sei. a vista das costas do Cris. ele soa irônico e divertido.

-xiii. o repreendo. -ele vai ouvir. e não estou olhando pra ele. digo dando um tapa em seu braço.

-pelo amor Ellie, você não tira os olhos dele. ele fala soando desinteressado.

olho para ele e paro bruscamente.

-uau. o demônio mostrando seu lado sarcástico.  digo entre risos.-ou será ciúmes?

-eu não sinto ciúmes Ellie. ele fala rapidamente.

tropeço em um galho no caminho e ele me segura.

-o grande Danilo não consegue falar o que sente.  digo irônica. -mesmo que isso afaste quem você ama.

ele me olha e para de caminhar por um instante.

-e você? você sabe o que sente? ele pergunta e começa a andar.

penso em algo pra dizer, mais todas as respostas espertinhas que tenho parecem bobas. olho e noto que fiquei um pouco atrás.

caminho mais rápido e alcanço Danilo novamente.

-eu não sei o que sinto. lhe digo timidamente. -nunca senti isso e tenho medo.

-o medo faz parte do amor Ellie. ele responde sem olhar pra mim.-só não confunda os dois.

-agora vai lá e diz o que sente. ele me empurra pra frente. -anda logo.

-esse é o problema. eu falo.-eu não sei se o que sinto é por ele.

-Ellie para com esse joguinho.ele fala com raiva. -vai lá e fala com ele. você o ama, não é?

penso um pouco e respondo.

-para de fingir que você não se importa, para de fingir que tá tudo bem. falo baixinho. -para de fingir que o que aconteceu não te afeta.

-me afeta sim, só que não posso competir com a humanidade dele. mesmo amaldiçoado, ainda pode ser revertido. ele pausa e suspira. -eu não posso ser consertado, não existe maldição em mim.

-isso não importa, eu só não consigo entender o que sinto.digo- só não sei quem eu amo.

-ele te salvou do inferno que você vivia. eu não posso te condenar a outro.-ele diz e pega na minha mão. -não seria justo te prender novamente.

-eu só preciso saber o que você sente Dan. falo carinhosamente.

-o que importa?  voe borboleta. ele aponta pro céu.  -antes que eu arranque suas asas.

fico em silêncio e depois de um minuto, solto sua mão e caminho na frente dele.

-talvez eu não precise de asas pra voar.  falo sem olhar pra trás.

ando rápido para acompanhar Cristian, estou com tanta raiva que não percebo que ele parou e acabo tropeçando nele.

-desculpa Cris. quer dizer Cristian.  digo me desculpando.

Amor Doentio 1Where stories live. Discover now