Entre Bruxos e Vampiros

Capítulo 11

  Minha cabeça pensava em milhares de coisas parecia que ia explodir. Me levantei e fui me arrumar, troquei de roupa, arrumei o cabelo, passei uma maquiagem, usei até um perfume que não usava a muito tempo. 

   Enquanto me arrumava senti um vento frio no pescoço.

—Estão debaixo da cama.

Me virei e vi Damian se abaixando para pegar as malas.

—Você acha que estou fazendo a coisa certa? -Olhei para ele.

—Eu não sei Lucy, mas entendo o que você está sentindo. Tem que tentar.

Balancei a cabeça.

—Pode levar, eu vou fazer a janta e servir acho que Caroline logo estará aqui.

Então ele saiu com as duas malas na mão. Eu estava ansiosa e com medo.

Desci as escadas e fui em direção a cozinha, comecei a preparar uma uma receita que anos atrás minha mãe me ensinou.

—Huum, mas que cheirosa. -Tamara entrou na cozinha.

—Eu quis me arrumar hoje, estava inspirada.

—Quer ajuda?

—Não precisa.

Ela passou as mãos no meu cabelo e veio ao meu lado.

—Eu sei que você está triste e tentando alegrar a todos, mas vai ficar tudo bem, não vai ter guerra nenhum e vamos viver em paz de novo.

Olhei para ela e a abracei.

—O que seria de mim sem minha tia boa.

—Eu sou a tia boa? -Ela riu.

—Sim você é.

—Agnes não é uma tia ruim, ela só é cabeça dura.

—Eu sei. 

Soltei me dela.

—Eu vou deixar você terminar sua comida.

Se retirou da cozinha.

    Voltei minha concentração ali no que estava fazendo tentando não pensar muito pra não me distrair, minha mãe diz que emanamos energia em tudo que tocamos e que se fizer uma comida quando estamos triste ela não vai sair boa, então eu estava tentando pensar em algo pra me deixar feliz e satisfeita mas naquele momento estava muito difícil. Alguns minutos depois escutei algumas vozes e conversas paralelas e Caroline adentrou a cozinha.

—Acabei de ver que elas deixaram tudo na sala, está tudo feito.

Minhas tias não guardaram nada do que iria usar no feitiço, alias o pó magico estava pronto só precisava ser assoprado.

Balancei a cabeça.

—O que foi? -Ela me olhou curiosa.

—Não sei, uma sensação ruim de estar mentindo.

—Uau, essa é a primeira vez que você mente na vida?

—Não mas... ah sei lá, você me entendeu.

—Quando todos vierem pra sala de jantar eu selo a porta da frente, quando você subir por seu quarto vou esperar 5 minutos e você liga logo em seguida antes que sua mãe me mate.