Você, O Meu Maior Tesouro - Livro 1 - Romance Gay

Capítulo 3

Assim que terminamos mais um beijo, saímos andando pela areia da praia, até à casa de praia da nossa amiga. De vem em quando a gente se olhava e sorria. Em minha cabeça, uma única pergunta... E agora?

Chegamos e logo fomos motivo de zoação entre os colegas. Levamos todas as brincadeiras de boa e após comer uma comidinha super gostosa, o primeiro dia terminou. No domingo acordamos cedo e após o café da manhã, fomos convidados para passar o dia na praia, pois a casa seria preparada para a festa de aniversário da Diana.

A casa estava cheia, e muitas pessoas convidadas chegaram no finalzinho da tarde enquanto a gente aproveitava o dia na praia. O domingo prometia, já que no dia seguinte seria Feriado Nacional em Laguna Bay. Quando chegamos no bangalô, fomos avisados que logo mais por volta das 20h30 teríamos uma festa temática, alguma coisa a ver com o Hawai. Tomamos banho praticamente juntos, enquanto o quarto era invadido pelos outros amigos do bangalô ao lado, e rapidamente nos vestimos para a tal festa. De uma coisa eu tive plena certeza nesse momento, coisa boa é ter dinheiro. Até banda tinha vindo de Cameron para abrilhantar a festa da nossa amiga Diana.

Bermuda e cueca brancas, camisa de botão com motivo floral azul, tênis da cor das flores da camisa e uma corrente dourada em volta do pescoço, assim estava vestido o meu namorado Kadu. Eu estava de bermuda e cueca pretas, camisa de botão com floral em amarelo, tênis branco, uma corrente cromada no pescoço e um perfume seco muito bom.

Nos olhamos com desejo, e com a certeza de que um havia agradado ao outro. Cara a nossa cumplicidade era algo bem pessoal, mesmo. Assim que passei por Kadu que estava na porta do bangalô ele praticamente sussurrou ao meu ouvido:

_ Você quer me matar de ciumes, é? Aí de quem olhar pra você hoje, vacilão. E deu um soco no meu ombro direito. Eu apenas sorri e emendei...

_ Podem até olhar, mais já tem dono, né vagabundo. Kadu apenas sorriu de puro contentamento e pediu desculpas pelo soco em meu ombro.

Com certeza havia mais de 100 pessoas naquela linda casa de praia. Seus pais, seus avós, e o restante da família estavam todos presentes. Amigos, amigos de colégio, povo da Faculdade onde ela estudava, namorado atual, e quem mais pôde vir. Podem ter certeza que a felicidade tinha sido a convidada de honra, e já estava na casa há muito tempo. Foi muito bom estar presente a esse acontecimento, logo eu que me sentia um intruso no meio daqueles pessoas tão ricas. Tudo foi classificado como perfeito. Fui paquerado e paquerei também, assim como Kadu e todos aqueles de nós que estavam solteiros.

_ Te encontro na praia no mesmo lugar em que nos beijamos hoje, em no máximo 30 minutos. Tô de saída. Essas foram as palavras que Kadu disse, após beber mais um gole da sua cerveja.

_ Mas como eu vou... Ele já tinha virado de costas pra mim, e caminhava lentamente para o portão que havia na lateral da casa.

Eu fiz o percurso maior. Saí pelo portão da frente, e contornei toda a propriedade, até chegar à praia onde ele já me esperava. Kadu estava de costas para mim, olhando o mar. Suas mãos estavam dentro dos bolsos da bermuda que usava, e era visível que ele estava descalço. Me aproximei a passos lentos, e com bastante segurança. Realmente estávamos a sós, e assim que ele se virou ao pressentir a minha chegada, apenas me esperou com um lindo sorriso nos lábios.

_ Puta merda cara, tava louco pra te beijar. Vem cá vem, me deixa saber que eu tô vivo e amando, vacilão. Disse um quase desesperado Vagabundo olhando fixamente pra mim.

Me aproximei dele, e o enlacei com toda a força e carinho que pude demonstrar. Ele baixou a boca de encontro à minha, e começamos a troca de vários beijos, onde nossas línguas exploraram todos os lugares que podiam alcançar dentro de nossas bocas. Kadu sugava minha boca como se esse momento entre nós fosse o último de sua vida. Era muito gostoso saber que alguém necessitava de mim com tanta intensidade e urgência. Eu também intercalava ser chupado avidamente por ele e retribuir com a mesma volúpia e vontade os beijos que recebia. Nossos corpos pareciam se fundir em um só, e nossa sombra ficou desenhada na areia da praia, quando a luz da lua desceu sobre nós.