capítulo I

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Resivado por:  arielyborgesautora


Arian Veiga.

Era uma noite fria e estávamos famintos, dormíamos em frentes as lojas da cidade de Boston.

- Mamãe! Estou com fome.

- Eu sei meu amor. Mais você precisa ser forte por você e pela mamãe.

Confirmo com um pequeno movimento de cabeça, enquanto abraço minha barriga com meus dois bracinhos magros, por causa da fome. Minha mamãe se abaixa e fica da minha altura e limpa meu rosto por causa das lágrimas que caem.

Ela me pega em seu colo e saiamos andando pelas ruas noturnas de Boston. Ao longo do caminho minha mamãe me conta historinhas para a fome passar. Repouso minha cabeça em seu ombro e sinto o leve movimento de seu corpo. Paramos em frente de um portão de ferro. Sou colocado no chão e minha mamãe aperta a campainha, não demora muito e uma senhora gordinha nos atende.

Mamãe conversa com a senhora e algumas vezes seus olhares eram direcionados para mim. A senhora abraça minha mamãe e pela primeira vez vejo minha mamãe chorar e soluçar.

Minha mamãe se abaixa na minha frente e passa suas mãos em meu rosto e cabelo, depois me abraça.

- Arian essa senhora vai lhe dar um prato de comida. - Olho para a senhora com meus olhos arregalados e ela me devolve um sorriso.

- Meu amor você vai dormir em uma cama quentinha, quero que você obedeça a senhora. Ok?

- Você não vem mamãe? - pergunto com medo. Mamãe olha para a senhora e depois volta olhar pra mim.

- Eu tenho que buscar um cobertor que mamãe esqueceu meu amor. Não há coberto para todo mundo.

Dou um sorriso alegre por que não iriamos mais precisar dormir no chão e nem passar fome. A senhora me estende a mão, quando eu ia segurar a mão dela minha mamãe me puxa de uma vez e me abraça.

- Mamãe te ama meu amor, nunca se esqueça disso.

Só não contava que aquela noite seria a última vez que iria vê-la, e a última vez que ouvira ela me dizer um eu te amo.

- Arian! Você esta bem?

Olho para Donatello que repousa uma mão em meu ombro direito. Diogo esta preparando um lanche para gente, quando ia responder sua pergunta a campainha toca e Don vai atender.

- Não liga para ele, sabe que Donatello é esquecido. - confirmo com um sorriso sem graça.

Diogo coloca a bandeja de lanche na mesa da cozinha e não sei pra quer ele preparou tanto lanche.

- Olha quem apareceu.

Eu e Diogo olhamos para Donatello e tamanha minha surpresa por ver Brian ali, em pé com o seu grande sorriso sempre que nos ver. Levantamos de uma vez e abraçamos todos juntos. Devo dizer que senti um misto de alegria e surpresa.

- Acha mesma que em um momento como esse deixaria meu irmão sozinho.

Sentamo-nos à mesa e Don foi pegar a jarra de suco na geladeira. Quando Donatello se senta meu celular toca e um sorriso bobo aparece em meu rosto. Coloco a chamada na viva voz para todos ouvir o doce prazer da voz de nossa irmã Roseli.

- Primeiro quero dizer que estou louca de saudade dos meus homens. Segundo Arian eu te amo. Terceiro achou mesmo que deixaria você sozinho no momento como esse. Sou doida irmãos, mais não sou relapsa.... e não Donatello, não estou indo a festa nenhuma. - Roseli corta Donatello muitos antes dele abri a boca. E sim, ele já estava com a boca aberta para interrogá-la.

- Eu não disse nada Roseta.

- SUA BUNDA SEU FRESCO.

Caiamos na gargalhada, sentia falta dessa cacofonia dos meus irmãos. Olho para Brian que me olha com carinho e é nessa hora que sei, que tenho uma família e que sou amado impendente do que já passei.

- Irmãos no abandono, no sofrimento e na superação. - Roseli pronúncia nosso pacto.

- Irmãos. - falamos todos juntos.

Hoje faz vinte e três anos que minha mãe me abandonou.  


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@arieleborgesautora é uma leitora e uma escritora,  ela trabalha também com revisão, se alguém precisar de seus serviços me procure no meu pv no wattpad  que lhe colocarei vocês em contato com ela, ou pode procura-lo no próprio perfil dela. 

ADRIAN MONTINNY - Os  Montinn'S - Livro 2 Degustação )Where stories live. Discover now