capítulo II

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Revisado por: 


Adrian Montinny 

Droga acordar em uma segunda-feira com uma ressaca desgraçada não é nada legal. A festa que Raul me convidou durou a noite toda, mas ela foi terminada no meu apartamento com uma morena muito fogosa por sinal. A mulher me destruiu ao ponto de rejeita-la na segunda rodada, até eu me lembrar dele. Ela não me destruiu por eu não aquenta-la, mais sim por que ele veio na minha cabeça. Aquele desgraçado não me quer e não me deixa ter ninguém. Se aparecesse alguém que por um segundo me despertasse pelo menos um pouco o interesse eu faria de tudo para esquecê-lo.

Arian Veiga, já o amei tempo demais, por três anos e o pior foi que eu amei sozinho. Esta na hora de seguir em frente, esta na hora de deixar outra pessoa entra em meu coração. Talvez tenha por ai um Brian para mim, ver Antonny feliz, ver a família que ele construiu me fez pensar que eu também posso ter a minha basta eu me dá uma chance, uma chance para quem me ama de verdade.

Tiro o braço da minha cintura e saio da cama pelado mesmo e vou para o banheiro. Colocar as ideias no lugar, nesses três malditos anos eu nunca me deitei com outro homem por respeito a um homem que não me queria e não me quer. Só ficava com mulheres para não poder usar as mãos, olha que pensei em usa-las durante esses malditos anos. Um garoto meigo de olhos um pouco tristes, um sorriso discreto e um puto de um correto na profissão e na vida pessoal me chamou a atenção. Gostei de Arian assim que meus olhos pousaram nele.

Meu peito disparou, um arrepio subiu minha espinha senti um formigamento nas mãos. Seus olhos sustentavam os meus e não desviaram nem por um segundo se quer, minha boca secou, meus passos tremeram, na hora descobri que ele era meu, ele seria meu. E esperei, esperei e nada. Hoje aqui nesse banheiro eu juro que não o procurarei, não me insinuarei mais para ele. Vou fazer exatamente o que ele me pediu para fazer, trata-lo como simples colega de trabalho, não é isso que somos, mas foi isso que ele me disse, assim que Antonny chegou de viagem de Amsterdã.

Saio do banheiro com uma toalha enrolado no quadril e outra enxugando meus cabelos. A morena ainda esta enrolada na cama, coberta só até suas coxas com as costas toda nua. Vou ao closet e pego um terno Armani sem gravata, um relógio e minha abotoadura com as siglas AM, fecho a porta do quarto e pego meu celular que ficou no sofá. Entro no elevador indo direto para a garagem.

- Bom dia, senhor Montinny! - Muriel é meu segurança, e esta comigo à mais de cinco anos.

- Bom dia, Muriel! Trouxe meu carro? - ele faz que sim, abro a porta da minha BMWi preta. - Há uma morena no meu apartamento, quando ela acordar há leve para casa. - digo e entro no carro arrancando motores.

Hoje será o dia que farei o que ele me pediu, serei o profissional que ele tanto deseja que eu seja. Não demora muito e estaciono na garagem da empresa, saio do carro e vou na direção do elevador, aperto o botão do elevador particular e espero ele descer para o térreo. Cinco muitos depois entro nele, pego a chave e giro para subir direto para o meu andar, aperto o botão do 17ª, quando as portas abrem automaticamente da para ver várias divisórias de mesas de advogados que eu comando. Como eu Arian tem uma sala só para ele, só que a minha é bem maior com direito a sala de descanso, incluindo uma cama, uma televisão, um mine bar para tirar meu estresse, sem contar em um pequeno guarda roupas para um momento... digamos drástico.

Quando passei por umas das pequenas mesas Arian estava auxiliando seu colega, apenas dou bom dia seco sem sequer olha-lo. Percebi seu olhar ficar surpreso, por que todas às vezes eu o chamava direto para minha sala e quando ele ia eu aproveitava e tirava uma casquinha.

Mais não hoje, não mais.

Foi ele que quis.

Foi ele quem pediu.

ADRIAN MONTINNY - Os  Montinn'S - Livro 2 Degustação )Onde histórias criam vida. Descubra agora